A razão é virtude em extinção, neste espaço se tenta preservar essa conquista desprezada, lembrar que a vida não está resumida à frágil visão humana.

PENSE

Seja ambicioso nos seus desejos, busque sempre o que é infinito, eterno, completo e intransferível.

O maior bem que se pode conquistar é a perfeição, seja sábio e não se contente com menos.

A matéria é apenas a mina onde garimpamos nosso conhecimento, cada pedra do nosso caminho é o tesouro que buscamos ainda bruto e aguardando lapidação.
Tenha sempre em mente essa idéia e nada haverá de lhe faltar.
Venha ser alguém que acrescenta algo à existência sem exigir mais do que ela lhe dá.

SALVE O MUNDO, COMECE POR ALGUÉM!


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

LIVRO II - À LUZ DA RAZÃO - 2ª PARTE CAP. III A


CAPÍTULO III

OS EVANGELHOS “PERDIDOS[1]


Como sabemos o mundo sempre foi governado pelo poder, pela perfídia e pela hipocrisia. O poder é fiel companheiro da violência, a perfídia é a encarnação da mentira e da falsidade e a hipocrisia é o espelho do céu sobre o pântano.

Ocorre que governar através da violência custa caro, manter a ordem no seio dos revoltados é extenuante, de forma alguma os motivos de se evitar a brutalidade baseia-se na cidadania ou fraternidade, somente o preço é o seu limite, nada mais! Logo, o mais lógico será, como sempre foi, evitar o massacre por questões práticas e econômicas, longe de se pensar no amor ao próximo, mas.., se inevitável tomar-se o uso da força, esta deve ser arrasadora e o mais breve possível paracustar menos”, quantos mais forem “derrubados” de uma vez, mais barata a investida para conquistar e manter o poder.

A melhor forma encontrada paraconquistar” foi a falsa proteção, o pseudo-apoio aos interesses alheios, e a fraudulenta garantia dos direitos dos conquistados. Assim, se consegue ajuda dos próprios vencidos e isso contabiliza menor custo.
Mas.., manter o poder é outra coisa, pois, mentir implica em permanência, que mentira descoberta gera revolta, nesse ponto, a mais eficiente ferramenta é a hipocrisia. Coloca-se perfume no estrume; pinta-se de rosa o espinheiro; aponta-se um sorriso nos dentes que batem de frio; beija-se bebes que acabam de vomitar e, por afora...

O ser humano é exímio maestro em dominar, desde o mais fraco que usa a força da “fragilidade” e assim, obtém suas vantagens, ao mais forte que bate e pronto, o astuto que engana, outros que roubam, muitos que matam e, por fim, quase nada sobra. A Humanidade é composta de entes que, se não forem dominados, dominam, as exceções, ah..! as exceções, estes são tão poucos que achá-los é proeza. Mas.., nem tudo está perdido, como vimos, o indivíduo, isoladamente, chega mesmo a serbom”. Não é muito, todavia, melhor que nada.

O fato é que as exceções conclamam os indivíduoscoletivamente” e está nesse pormenor a temática questão.

Uma das “exceções” há dois mil anos convocou o homem para que este ingressasse “no reino”, cada um dos chamados o amou com fervor individualmente, porém, em praça pública o crucificaram. Este é o problema que não solvemos, cada um de nós quer o ideal para si, quando pensarmos no melhor para o próximo, o indivíduo deixará de existir, “eu serei tu e tu me serás, então.., seremos um...”.

Esse foi um dos ensinamentos de Jesus, o maior deles afinal! Infelizmente, como vemos um palmo adiante do próprio nariz e, traídos pela ilusão da fortuna terrena, pensamos tê-lo enganado matando-o. E Ele viveu, mas nós continuamos “mortos”!

Entre outras, Jesus foi a maior verdade que conhecemos na civilização, ele foi a síntese evolutiva do Ser Humano e, ao contrário de segui-lo, o adoramos na “cruzainda hoje, se vivo na carne entre nós estivesse seria novamente assassinado, ou muito pior, ridicularizado, execrado e atirado ao descrédito, aliás, com muito mais eficiência quedois milênios, pois hoje, a malícia evoluiu e os leões.., assumiram aparência humana.

A ignorância é a mãe de todas as misérias, Ele não pediu que o adorássemos, nos ensinou, porém, amá-lo e a nós próprios uns aos outros e, dessa forma, a Humanidade seria a mais nobre versão da riqueza. “Riqueza” do espírito e da fartura sem mácula ou ganância. Mas, o homem, como o diamante, precisa da lapidação e esta acontece com cortes e arestas que causam e sofrem dor.

Sob o jugo da vilania, Jesus foi a melhor coisa que se encontrou para gerar riquezas efêmeras, poder, brutalidade, infelicidade e, o pior dos males, atraso evolutivo, que, em seu nome, tudo foi proibido, a cultura, o conhecimento, a verdade, logo, vemos que Ele sabia exatamente o que dizia ao falarnão vim trazer a paz, porém, a discórdia”.

A conveniência dos interesses mesquinhos ensinou aos crédulos que deviam adorá-lo, quando se sabe que, por menor que seja a nobreza de uma alma, a admiração alheia lhe é ofensiva ou simplesmente inócua. Jesus pretendeu nos passar sabedoria, evolução, amor.., jamais, porém, sua imagem, de fato, se isso ele buscasse, seu cabedal de conhecimento teria exercido peso em favor das frivolidades com muito mais eficácia, pois que esta porta é larga e todos passam a um tempo. Com efeito, é muito mais fácil e confortável vestir uma capa púrpura com bainhas douradas do que uma túnica empoeirada e, ao final, uma coroa de espinhos.

Ensinar tomar o que se cobiça encontra muito mais ouvintes do que apontar o caminho de pedras do conhecimento e do amor ao próximo. De forma alguma ele buscou sua própria perpetuidade, até porque, isso ele dispunha dentro de si e, quem se conhece, é dono da eternidade, de que lhe serviria a adoração vil de alguns miseráveis? Ademais, a vaidade é miséria nossa não dele. As únicas coisas que ele quis de verdade que adorássemos, eram o amor e a sabedoria, mas.., com certeza, isso ainda não conseguimos.

Ora..! por que toda essa polêmica se o assunto é sobreevangelhos perdidos”? Porque, é quase certo, ao que tudo indica, que eles foram “escondidos” e não perdidos. Aliás, como seria admissível uma escrita que diz que o templo do homem é o seu interior? O que seria feito de tantas igrejas e fortunas amealhadas em nome de quem não precisa delas? Quais vantagens se extraem de quem não tem nada a perder na matéria?

Se o Espírito se sobressaísse à carne, o poder do desapego teria dominado a “fera humana” e ninguém lucraria com isso! Logo, é de se esperar que lutar contra esse entendimento superior é impossível, portanto, o “alvofraco que adora, ao contrário de amar, é mais lucrativo e menos rebelde. Assim, foi “inventado” o crédulo! Depois de “inventadoeste pela igreja, a ciência se viu na obrigação de “inventar” o cético. Senão, como seria possível avançar o conhecimento? Dessa maneira nos deparamos com os dois extremos da insensatez.

Por tudo isso, hoje a História é falha e incompleta, a Humanidade, principalmente a ocidental, é desinformada e, somente aos poucos, a arqueologia, a antropologia, entre outras, conseguem desvendar as verdades literalmente desenterrando-as. É sobre essas descobertas que vamos tentar escrever.

Vamos buscar as informações e abrir o “diálogo”, procurar saber os motivos originais que redundaram em perda do objeto histórico, observar o que disseram os especialistas de cada fase das descobertas e o que pensam. Por fim, comentaremos alguns trechos das escritas, agora sim, vistas cientificamente como verdadeiras[2].

Por volta de 1947, foram encontrados, acidentalmente, por alguns moradores da região do Mar Morto, documentos aparentemente sem sentido, estes, justamente por serem conscientes de que habitam uma região histórica e arqueológica, comunicaram o fato às autoridades locais, por isso, logo que a comunidade científica tomou conhecimento do ocorrido, tratou de analisar e traduzir o que seria, sem dúvidas, um tesouro inestimável para  a humanidade! Ao fim do ano de 1999, a Biblioteca Huntingdon, de Los Angeles, uma das que detinham uma cópia microfilmada dos pergaminhos, liberou a consulta para estudiosos de todo o mundo e logo essa descoberta tornou-se notória e difundida.

Em nosso trabalho anterior (Cap.28) afirmamos que Jesus, (como toda a Humanidade e o próprio Universo), é umtrecho” de Deus e, além disso, dissemos ser ele um homem (espírito) como qualquer um de nós em estágio evolutivo avançado. Assim, é conveniente transcrever algum material literário que se refere às recentes descobertas arqueológicas, lembramos ainda, que o que vem escrito é hoje de domínio público e fartamente divulgado, particularmente através da Internet:

Assim, principia o texto dos pesquisadores:

“...Os Manuscritos do Mar Morto são agora internacionalmente reconhecidos como leitura essencial na tentativa para compreender Jesus como um ser humano. Eles estão iluminando nossa compreensão de como e em que forma Jesus é diferente ou parecido aos Essênios. Nós temos muito para ponderar, por exemplo, Jesus esteve ou não no Qumran dos essênios vivendo no deserto de Judéia. (grifamos)

Ele anuncia as regras daquele Deus, "o reino de Deus”, está tornando-se poderoso apresentando milagres de cura e parábolas. Seguramente Jesus ter ascendido à cristandade2 pode ser explicada unicamente face ao gênio criativo de Jesus de Nazareth3. Aquela figura histórica misteriosa, Jesus. Aos cristãos que lutam para compreender seu compromisso com Deus através de Jesus.  (grifamos)
Examinar documentos Judaicos, estudar os manuscritos do Mar Morto que são contemporâneos de Jesus, nós encontramos muitos termos, frases, e conceitos até então considerados únicos a Jesus. Esta descoberta pode desapontar os que desejam um Jesus que é único e de nenhuma forma parecido com seus contemporâneos Judaicos ou influenciado por seus pensamentos. Teólogos Cristãos da nossa época, têm avisado que esta linha de raciocínio é perigosa e nega a verdade encapsulada em João Batista 1:14, "E a Palavra se tornou carne e residiu entre nós. . . "  (grifamos)
Como nós compreendemos Jesus dentro de sua cultura Judaica, nós estamos aprendendo a confrontar uma pessoa real em um tempo e lugar específicos.  (grifamos)
Algumas doutrinas negam que Jesus foi ser humano e sofreu. Asseguram que ele teve unicamente uma existência divina. Nós estamos agora, graças à descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, mais realisticamente confrontado com as dinâmicas da vida humana autorizada pela presença temerosa de Deus...”  (grifamos)

De fato, o autor que aqui manifesta seu pensamento, tem muito menos ou nenhuma autoridade científica relativamente aos estudiosos que expõem seus trabalhos ao público, mas, como qualquer pessoa de bom senso, não poderia chegar a outra conclusão, mesmo que não dispondo de provas anteriormente, é certo que a lógica não nos conduz a outro entendimento. Continuando e pedindo ao caro Leitor que, no que segue, note referências a mais de um especialista:
Jesus avaliado como filósofo[3]:
“...Schiffman está falando sobre "cristandade." Eu tenho enfocando em Jesus antes a emergência de "cristandade" depois 70 CE. Pessoalmente, eu tendo concordar com Schiffman, sem fechar a porta em influências1 fortes de Hillel em Jesus.

Yadin concluiu que Jesus soube dos ensinos dos essênios e foi "anti-essênio." isto é parcialmente verdadeiro; algumas das palavras de Jesus indica que ele pode ter gostado de algo do modo de vida dos essênios - estilos e umas dimensões de sua teologia.
Os Manuscritos do Mar Morto são uma fonte inestimável para ajudar-nos a compreender a vida e ensinamentos de Jesus. Eles fornecem alguns contextos ideológicos para seu pensamento, e ilumina o valor social e contexto dos 70 aC da vida judaica na Terra.
Jesus foi influenciado por muitos grupos dentro do judaísmo. Ele foi obviamente influenciado por João Batista e seu grupo, desde que ele foi batizado por ele, e pode bem ter inicialmente liderado um movimento de batista parecido e herdado algum de João Batista e discípulos de Batista. As possibilidades últimas contam com a validade histórica dos capítulos do Evangelho de João Batista2.
Jesus pode ter sido diretamente influenciado por Hillel, que morreu alguns dias antes de seu ministério público. Ele foi certamente influenciado pelos grupos dos judaicos apocalípticos; mas embora alguns pesquisadores entretêm a possibilidade de que ele foi influenciado pelos autores dos Apocalipses de Enoch (1 Enoch), não há evidencia de que ele tenha sido influenciado por qualquer apocalipse existente. Diferente do Mestre da Retidão, Hillel, e Paulo , Jesus não foi um membro de qualquer grupo judaico. As tentativas recentes para defini-lo como um Fariseu não tem convencido muitos pesquisadores. (grifamos)
Jesus foi influenciado por grupos numerosos e correntes de pensamento dentro do judaísmo daquele tempo, que esteve muito criativo e diverso. Mérito contemplado é "O Resumo do Schiffman:
Como vemos nas referências, a assinatura de Jesus é própria, entretanto, várias correntes filosóficas e seguidores de inúmeras idéias o influenciam, segundo os relatos encontrados. Há mais:
"...Contrário do que foi previamente assumido, as Casas de Hillel e Shammai não exerceram muita influência sobre a cristandade, como as várias seitas cuja literatura sobrevive nos manuscritos do Mar Morto e nos apócrifos e pseudoepígrafos...”

Fala-se em relações com os essênios, uma questão polêmica ainda hoje:

Cinco conclusões [com respeito à relação de Jesus e os essênios] são aparentes. Primeiro; Jesus foi, certamente, não um essênio, como alguns autores têm reclamado. Ele também não ensinou ou significativamente influenciou os essênios, a despeito das tentativas de muitos. Segundo; Jesus foi provavelmente influenciado em caminhos menores pelos essênios.
Ele compartilhava sua ternura aos mesmos livros da escritura e por seu pneumatico[4], escatologico[5], e messianica exegese[6]
Ele pode ter herdado dos essênios as idéias de redenção escatologicamente para "o Pobre, compartilhando de posses, e condenação de divórcio; o termo técnico "filhos de luz", e o conceito de "o Espírito Sagrado.”
Em uma tradução baseada no texto de Marvin W.Meyer e na obra de John D. Turner encontramos aspectos interessantes nas escrituras de Nag Hammad e estas não apresentam sincronia com as defendidas pelo clero, a exemplo:

“...Capítulo I

         Ditos secretos que o Salvador Transmitiu a Judas Tomé e eu, Matias. Enquanto caminhávamos eu os ouvia conversar e registrei.

         O Salvador disse: "Irmão Tomé,  enquanto tu ainda tens tempo no mundo, ouve-me e eu esclarecerei as suas preocupações." Dizem que és meu irmão gêmeo e meu verdadeiro amigo; portanto, examina-te e percebe  quem és tu, como vives e o que será de ti."

        “ que é chamado de meu irmão, não é conveniente  que conheças a ti mesmo? Sei que compreendes, porque sabes que sou o conhecimento da Verdade. Enquanto me acompanhas, apesar de ignorar muitas outras coisas, adquiriste algum conhecimento e será visto como aquele que se conhece, pois aquele que não se conhece, nada conhece; mas aquele que se conhece atingiu, pelo conhecimento, o reino de Deus.”

        "Então, meu irmão Tomé, percebas a verdade que está oculta, e que outros tropeçam por ignorar!”...”.

Devemos observar a seguir as referências a transcendência do Ser e a condenação explícita das “verdades ocultas”, conforme se , Jesus afirma que somos nós que não alcançamos a “verdadeainda que esta não se esconda.

“...Capítulo II

         Tomé disse ao Senhor: "Por isso suplico que responda a minha pergunta antes de tua ascensão. Quando eu tiver-te ouvido sobre as coisas ocultas, poderei, então falar sobre elas. Pois está claro para mim que a Verdade é difícil de ser alcançada na frente de todos".

         O Salvador respondeu: "Se o que é visível ainda te é obscuro, como entenderás o que não pode ver? Se encontras dificuldades em te atinar com as manifestações da Verdade visíveis no mundo, como então alcançarás o que é invisível, o que é relacionado com a grandeza louvada e com a plenitude?"

  "Como podereis ser chamados de operários, se sois aprendizes e não chegastes ainda ao auge da perfeição?"

          Tomé respondeu e disse ao senhor:! Fala-nos das coisas que, segundo dizes, não somos capazes de perceber e nos estão ocultas".

         O Salvador disse: Todos os corpos de homens  e animais são [ ....] . No entanto, os seres que estão em cima são invisíveis entre as coisas visíveis. Mas são visíveis em sua própria origem e é o seu fruto que os alimenta.

        "Por outro lado, esses corpos visíveis alimentam-se de criaturas como eles, sujeitos assim à transformação. O que estiver sujeito à transformação perecerá e se perderá e não terá mais esperança de vida, pois é um corpo animal. Assim como os corpos de animais perecem, também essas formações perecerão. Não são eles resultados do coito, como os animais?."

        "Se essa espécie de corpo é também resultado do coito, como produzirá algo diferente dos animais?"

       "Por essa razão, sois crianças até atingirem a perfeição."...”

Nas escrituras descobertas está absolutamente cristalino o caráter evolucionista e o poder de cada um em si mesmo da doutrina pregada por Jesus, note:

“(...)”

 "...Tomé pergunta:"Mestre, por que esta luz visível que brilha sobre nós nasce e se põe1?"

  O Salvador responde: "Bem-aventurado Tomé, esta luz visível brilha sobre ti não para manter-te , mas para ajudar-te a partir. Quando todos os escolhidos perderem a natureza animal, essa luz se retirará para o domínio da essência e será bem vinda, por conta de seu excelente serviço!"2    (grifamos)

       Então o Salvador continuou: "Ó insondável amor da luz! Ó fogo amargo que queima nos corpos dos homens e em sua medula, arde dentro deles, dia e noite, queima nos membros dos homens, embriaga suas mentes e perturba suas almas, movendo-se dentro de homens e mulheres, dia e noite, movendo-se secreta ou visivelmente."

       "Pois os homens estão atiçados e eles atiçam as mulheres e as mulheres atiçam os homens.

       "Por isso se Diz: Quem busca a Verdade na verdadeira sabedoria criará em si asas para voar e fugir da paixão que inflama os espíritos humanos. Quem busca, criará em si asas para escapar de qualquer espírito visível'."...” (grifamos)

Os textos acima são parte do Livro de Tomé, o atleta (Apostolo Dídimo Judas Tomé) texto gnóstico encontrado em Nag Hammad, 1947. Esses textos foram registrados a partir do diálogo que Jesus teve com Tomé. Matias, provavelmente o autor,  não assinou o manuscrito. Os textos são considerados originais, e datam do primeiro século, segundo análise dos especialistas.

mais, um outro estudioso e teólogo especializado em interpretação das escrituras arqueológicas, informa:

“...Atos de João faziam parte das obras usadas pelos maniqueus no fim do século IV. Há indícios de terem sido compostos em Edessa, no final do século II d.C., em conjunto com Atos de Pedro, Paulo, André e Tomé, por um autor de nome Leucius Charinus, que viveu na Síria e teria sido discípulo de João. O texto obedece às linhas mestras do gnosticismo, nele encontramos uma passagem de rara beleza, trata-se do Hino anterior à Paixão(grifamos)

         É interessante antes de ler esse texto que você pegue um exemplar da  Bíblia cristã, em Mateus 26, comece lendo os versículos 26, 27, 28, 29, ao iniciar a leitura do versículo  30, você notará a falta de referencias aos salmos cantados pelos apóstolos. Pois bem, Atos de João nos revela esta fabulosa canção.

Este escrito, (...)[7] foi duplamente condenado tanto pelo papa Leão I (440-461 d.C.) quanto pelo Concílio de Bispo de Nicéia (787 d.C.). Foi proibida sua reprodução e determinada sua destruição pelo fogo.

A redescoberta de Jesus ocorreu em 19452, quando nativos da região de Nag Hammad, no Egito, acharam cinqüenta pergaminhos escritos em copta, língua falada pelos egípcios, nos primeiros anos do cristianismo.

Pesquisadores internacionais, como o egiptólogo francês Jean Doresse e o  teólogo James Charlesworth, da universidade de Princeton, nos EUA, surpreenderam-se com os pergaminhos; neles havia revelações sobre Jesus, atribuídas a um tal de TOMÉ, inexistente nos textos canônicos. (grifamos)

O achado era autêntico - Inclusive alguns especialistas acreditavam estar diante de uma tradução copta do aramaicoidioma mais popular na comunidade judaica em que viveu Jesus. O que não se tinha certeza era se esse TOMÉ, era o mesmo TOMÉ que compartilhou do ministério de Jesus, na Palestina dominada pelos césares de Roma, por volta dos anos de 27 a 30.  

A dúvida gerou polêmica. De um lado a Igreja Católica negava qualquer semelhança entre o TOMÉ apóstolo e o TOMÉ de Nag Hammad. Para o Vaticano tratava-se de um texto apócrifo, isto é, falso, uma vez que ele não reafirmava as verdades das Sagradas Escrituras. E com esse argumento inconsistente, o vaticano ignorou (pelo menos oficialmente) TOMÉ. (destacamos)

Os cristãos gnósticos que  desde muito tempo vinham colecionando os textos Apócrifos, como Atos de João, O Apocalipse de Pedro e os Atos de Felipe, escritos quase à mesma época dos canônicos, entre 70 e 100 anos depois de Cristo, não reconheceram o TOMÉ comum dos doze apóstolos como batizaram o achado de "QUINTO EVANGELHO". E  reconheceram a João, capítulo 21, versículo 25, para justificar esta decisão:

"Muitas coisas fez Jesus. Se todas elas fossem escritas, nem no mundo inteiro caberiam os livros sobre ele."

O teólogo William D. Stocker, autor do ensaio "Palavras Extracanônicas de Jesus", anunciou que os pergaminhos de Nag Hammad na verdade, não eram inéditos: Por volta do 320 depois de Cristo se tinha notícias deste evangelho. Os historiadores Filon e Flavio Josefo, chegaram a afirmar que: o Evangelho de TOMÉ teria sido, durante muito tempo, o Livro sagrado dos essênios, religiosos judeus de rígida conduta moral. Esse é um detalhe significativo, pois, os essênios também acreditavam na vinda de um messias chamado Jesus.

 O Evangelho de TOMÉ é uma raridade histórica. É também uma coleção preciosa de pensamentos de um Jesus profundamente místico[8] que dizia, por exemplo: (grifamos)
"O REINO DE DEUS ESTÁ NO INTERIOR DE CADA UM DE NÓS E NÃO NO CÉU."
E foi por esse e outros ditos esotéricos, que o Evangelho de TOMÉ, naquela época, foi considerado apócrifo. 

Do Evangelho de Madalena
Salvador disse: " Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça." 

Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por ', Pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas." Após dizer tudo isto partiu. (grifamos)

A nossa hipótese é de que Jesus, entre outras influências possíveis, foi iniciado pelos Terapeutas, cuja maior escola se encontrava no Egito, em Alexandria. Vamos enumerar os fatos que nos levam a emitir esta hipótese. É claro que o espaço de um artigo não é suficiente para uma ampla demonstração da plausibilidade de nossa hipótese. Pessoas mais competentes poderão fazer de modo mais adequado; é o nosso voto.


a.                     Jesus era contemporâneo da Escola dos terapeutas pois era contemporâneo de Filon de Alexandria. Filon nasceu entre 20 e 10 antes da nossa era e morreu entre 39 e 40 depois do início da nossa era.

b.                     Os pais de Jesus tinham relações com Judeus do Egito, que é para que se refugiaram com o menino ameaçado de morte pelo governador romano. Seria bastante razoável que, diante das capacidades espirituais e da sabedoria precoce deste menino que surpreendeu os rabinos, os pais tenham sido aconselhados pelos mesmos rabinos a se aperfeiçoar nos Terapeutas.

c.                      Jesus de fato curava e mesmo realizava curas vistas como milagrosas. Uma das sua últimas recomendações para os seus discípulos foi de curar pelas mãos. É o único carisma que ele recomendou desenvolver. Ora sabemos hoje, através da observação de pessoas que possuem o dom de curar, que elas fazem isto em estado de amor; isto é, que o que realmente cura, é a energia amorosa. O artigo 12 do tratado de Filon de Alexandria diz textualmente: "Os que se tornam terapeutas não os fazem movidos pelo hábito nem pela exortação ou solicitação de outrem, mas num impulso de amor divino". Aliás toda a vida dos Terapeutas está cheia de semelhanças com o que Jesus recomendava, a tal ponto que os Padres do Deserto e Orígenes se inspiraram desta escola, considerada também como a fonte ou origem dos monasterios hesychastes da Igreja Ortodoxa.

d.                     Entre os ritos figuram danças sagradas, tais como existiam e são descritos no antigo testamento no tempo de Moisés. Homens e mulheres cantavam e dançavam louvores ao Eterno, ao Ser. Existe um texto apócrifo de João descrevendo Jesus dançando com os seus discípulos antes da sua despedida.

Mesmo se a nossa hipótese não for confirmada, restará o fato de que Jesus foi um grande Terapeuta, pois além de cuidar do sofrimento físico alheio, procurou realizar a Terapia de toda a humanidade, através da sua constante recomendação de alcançar o nível Transpessoal da consciência que ele chamava de "Reino do Pai". E para alcançar este reino, um mandamento bastava: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

 

Pierre Weil...”


Nós observamos duas opiniões antagônicas de especialistas relativamente aos essênios e a Jesus, uma negando a convivência dele com os primeiros e outra considerando, ainda que indiretamente, essa possibilidade, mas.., num ponto, não apenas essas duas visões são concordantes, porém, todas que estiveram envolvidas com a descoberta são unânimes em afirmar, a ojeriza clerical ao documento. A Cúria tem a perder com tais ensinamentos, isso é um fato.

Existem muitos outros pontos de vista em relação à ligação polêmica entre Jesus e os essênios, ponderações com bases interpretativas das escrituras são conflitantes apenas superficialmente, pois ao observador externo dos fatos arqueológicos, fica à mostra uma linha tênue entre as divergências, todas caminham pelos delineamentos centrais de suas perspectivas, isto é, não se exerce o radicalismo de opiniões pelo simples motivo de haver uma mistura real de umas pregações que simpatizam e outras que antipatizam os preceitos essênicos por parte de Jesus.

Novamente, segundo Schiffman:
“...Ainda, como pesquisa nos Manuscritos do Mar Morto continua especialmente com a publicação de fragmentos adicionais, e com a elucidação do mundo social e pensamento dos evangelistas, isto tem se tornado mais óbvio que a influência dos essênios é maior na segunda e terceira gerações de seguidores de Jesus, que nos tempos de Jesus e dentre eles, os mais antigos seguidores. Há mais evidências dos essênios terem influenciado as cartas-Paulinas, epístolas (especialmente aos efésios) que nas letras de Paulo (notavelmente Galatas e Romanos). Há mais evidência de essênios influenciarem em Mateus e João Batista, que em Marcos, que os precede...”
Como se , é mais evidente o envolvimento e influência nos seguidores, tempos após o desencarne de Jesus, nota-se, por outro lado, que as “cartas-paulinas” e não Paulo foram influenciados por estes, obviamente, tudo indica alguma espécie de adulteração das idéias originais de Paulo nas cartas[9]. Continua-se, porém:
“...Entre Jesus da sagrada escritura talvez e os essênios provavelmente, tiveram ternura especial aos mesmos livros, a saber, Deuteronômio, Isaias, e especialmente os Salmos de Davi. Esta preferência pode, mas não necessariamente, indica alguma relação entre Jesus e os essênios. Eles foram provavelmente mais ligados ao Deuteronômio que ele. Esta área para pesquisa frutífera necessitará muito trabalho, discernimento, que pode ser indagado da confiança, sobre Jesus e nós temos agora evidência ampla para acessar preferências do Qumran. Contudo, isto é interessante para ponderar por que Jesus e os essênios pareciam compartilhar uma ternura aos mesmos livros de sagrada escritura.
Jesus e os essênios utilizaram meios parecidos para interpretar as sagrada escritura. Eles lêem sob a orientação do Espírito e assegurando as promessas de Deus, tiveram agora existência preenchida. Ambos, Jesus e os essênios foram escatologicamente orientados (viz., Mk 9:1; 1QH 8)....
Ambos compartilhavam o princípio da hermenêutica , que resulta em uma interpretação indicando que unicamente eles, e seu grupo, realmente compreendiam o significado das sagradas escrituras. A palavra chave é "revelação." Jesus acreditava que o significado verdadeiro da sagrada escritura tinha sido revelada para ele. O Qumran dos Essênios acreditavam que Deus "tinha feito saber ao" Mestre de Retidão" todos os mistérios das palavras Dele observada pelos profetas" (lQpHab 7.4-5)...”
Existe uma pendência literária sobre um aspecto técnico da passagem do Sermão da Montanha:
“...Ambos Jesus e os essênios enfatizaram que a redenção era oferecida aos pobres e que era claramente um termo técnico dos essênios e pode ter sido que Jesus segundo Mateus 5:3, no Sermão da Montanha , Jesus abençoou "o pobre de espírito, e segundo Lucas 6:20, no Sermão da Planície, ele abençoou "o pobre"...”

Mas, disso podemos tirar algumas conclusões que apesar de não fechar questão nos permite uma via de acesso plausível. A conduta de Jesus em relação às pregações sempre esteve assestada para o Ser como transcendente, o Espírito melhor dizendo, por outro lado, o pobre físico é quem mais se qualifica ao abandono material e, segundo hermenêutica mais apurada, “pobre de espírito” aponta para uma debilidade moral, fraqueza ética, entre outras.

Assim, é de se supor que o alvo almejado era, de fato, o “pobre” de Lucas, até porque se sabe que este último era mais bem preparado e dispunha de um cabedal comunicativo mais eficiente. Mas, poderíamos ainda, enfatizar o “pobreem função do “Espírito”, quer dizer, o pobre que anseia a evolução não, porém, a riqueza material, pois a carne era desprezada por Jesus, sua busca era o eterno.

Um aspecto curioso, todavia, plenamente esperado, era o entendimentotatuadoem Jesus de que este era ungido e tematicamente puro, único e à par da Humanidade. Jesus fora um cidadão comum na acepção social, isto é, homem nascido do homem em conjunção carnal com a mulher, cujos costumes eram também comuns apesar de muitas vezes criar situações estranhas em meio ao seu ambiente, vejamos o que se extrai ainda das escrituras:

“...Em termos do conceito de Jesus de pureza esteve categoricamente diferente do essênios. G. Jeremias aponta para "um contraste irreconciliável." Para Jesus, impureza não era um perigo, como era para os essênios. Jesus parece à distância dos debates acima do conceito de pureza que existiu no primeiro-século na Palestina.... (grifamos)
Jesus convivia com os comuns, e até mesmo com leprosos, os proscritos, e mulheres; essas ações poderiam ou teriam sido anátema (amaldiçoado) aos essênios. Em contraste com os Essênios, Jesus visita a casa de um leproso (Mk 14:3 e paralelos). Os essênios tinham medo de lepra, desenvolvendo regras estritas para procedimento com tais perigos (lQS, 1QM, 11QTemple), e colocou leprosos como proscritos em uma seção ao oriente de Jerusalem (llQTemple 46), precisamente onde Jesus entrou na " casa de um leproso". A atitude de Jesus em relação aos leprosos e réprobos era incomum. Jesus até mesmo se associou com prostitutas. Como Vermes aponta, "Jesus o Galileu, homem sagrado, que usou o conceito da perfeição, mas as pessoas do interior simples, incluindo publicanos, transgressores e prostitutas" contrasta com "a figura austera do Mestre de Retidão. . . " Jesus e os essênios tinham fins contrários do espectro em consideração às mulheres. Jesus incluiu mulheres em seu grupo, considerando-as discípulas, ensinando as sagradas escrituras (Lk 10:38-42), e até mesmo quebrou tabus Judaicos por conversar com uma mulher Gentia da Syrophoenicia e uma mulher de Samaria. Como R. Hamerton-kelly tem mostrado. (grifamos)
"Jesus quebrou as formas da família patriarcal em nome de Deus o Pai, e reconhecendo o direito natural das mulheres para a humanidade igual aos homens" Esta perspectiva é desenvolvida por pessoas numerosas, incluindo B. Witherington e E. Schussler Fiorenza...” (grifamos)[10]

Jesus foi a encarnação da igualdade, conviveu entre todos os tipos de miseráveis de todas as formas sem, contudo, sê-lo, ensinou-os, consolou-os e, jamais, condenou-os, a exemplo da passagem de madalena, homem que foi exemplificou que se pode ser tudo a partir do nada e, que os bens terrenos, incluindo o corpo, de nada servem além de nos aprimorar em deixá-los. E é claro que o corpo é um bem que se apega a outrosbens”. Para os que, por ora, ainda não aceitam as evidências, continuamos:
“...Os essênios, em contraste arrojado com Jesus, consideravam as mulheres indignas de confiança e sem e lutaram por separar eles mesmos do contato natural de uma mulher (Josephus,Guerra2.121).(.........)Essas perspectivas não são para que sejam igualadas com as atitudes às mulheres encontradas dentre a maioria dos Judeus, provavelmente refletidos em Mishna Nashim, Queinter Aliarequer que uma mulher e um homem quando casados são igualmente responsáveis em consentir para comércio sexual (m.Ket 5:7; cf. lCor 7:3-4, que foi composto pelo Fariseu-cristão Paulo)...”

Parece que o cristianismo de Paulo é diferente do de Jesus, o último atacou o adultério e o primeiro defendeu a castidade longe, até mesmo, do casamento. Ora.., a lógica impõe duas questões fundamentais; primeiro: — Se Deus é e faz perfeito mas, condena a união carnal e, se foi Ele quem criou o homem, por que o faria “defeituosocom genitálias? Segundo: —Se, consoante Paulo, que defende a castidade absoluta, a conjunção carnal é “pecado”, mas se Deus nos fez reproduzir por meio do sexo, todavia o condena, como existiria gente para conquistar o reino? E, por que faz o que condena? "... Se ela fosse benéfica, os pais gerariam filhos circuncisos de sua mãe1...”, certamente quem responde dessa forma uma questão pertinente, jamais pregaria o “evangelho” de Paulo!! Nestes contrastes enfáticos se constata o desespero da religião em expurgar a descoberta do Mar Morto.

O comentário dos especialistas vai adiante:

“...Dos oitocentos manuscritos, menos que uma dúzia estava, em qualquer sentido intacto, mil deles--muitos fragmentos não eram maiores que uma unha...”
 Da autenticidade:
“...Começou em 1953, um grupo internacional de pesquisadores jovens em Jerusalém sob cuidados dos jordanianos para classificar esses milhares de fragmentos. Enquanto a tarefa de identificar fragmentos nunca fora completada (ainda hoje várias peças estão sendo encaixadas dentro de quebra-cabeças), em 1960 este grupo de pesquisadores identificaram as peças de oitocentos documentos e arranjados eles assim como eles puderam, eles tinham também decifrado e transcreveram de modo que podiam ser facilmente lido. Enquanto Isso, por 1958, pesquisadores Israelenses e americanos tinham publicado os sete pergaminhos intactos do cache inicial.
O maioria dos pergaminhos intactos estava facilmente legível por qualquer um que soubesse hebreu ou, em um caso, aramaico. Os pergaminhos fragmentados, entretanto, apresentaram um problema difícil. Esses também estavam escritos principalmente em hebreu, embora uns 25 por cento em aramaico, uma língua Semítica relacionada com o vernacular na Palestina no tempo de Jesus. Mas, em média, 90 por cento de cada destes documentos eram fragmentos. Letras estavam freqüentemente obscurecidas e incertas. Que o grupo de pesquisadores foram capazes de reproduzir transcrições destes fragmentos, com algumas reconstruções em partes desaparecidas, por algum espaço de tempo, é uma realização sábia. Por volta de 1960 os conteúdos da coleção estavam razoavelmente claros. Mais de duzentos documentos eram livros da bíblia hebraica...”

Como havíamos manifestado em nosso trabalho anterior o “cristofora uma “tatuagem” clérica impregnada em Jesus, as escrituras deixam claro que cristianismo era um movimento revolucionário que precedia os tempos de Jesus. Este foi ligado de forma mística ao “mestre da retidão” uma figura lendária criada pelos então devotos de uma espécie de seita essênica que tinha características de uma associação ou corporação sacerdotal cujo propósito era arregimentarsoldados” do bemque eles criaram”.
Como a força carismática de Jesus era deveras acentuada e seus predicados apoiados pelosmilagresque produzia, foi fácil associá-lo com este ser especial que ficava acima do bem e do mal, pois seus atos sempre compeliam em direção ao “reinolugar permitido somente aos “santificadosouescolhidos”.

Veja:

“...Pareceu claro que alguns refletiam as visões de uma seita Judaica distinta, que pesquisadores logo identificaram como dos essênios, um movimento Judaico obscurecido descrito em algum detalhe no primeiro-século por Josephus um historiador Judaico. Recentemente, entretanto, a hipótese do essênio tem sido cada vez mais inquirido.
Outro aspecto dos rolos mais sensacionais: Em muitos respeitos o pergaminho publicado parecia com a doutrina cristã embora a maioria deles datado para um tempo antes a era cristã. Os conceitos da doutrina cristã existiam, prefigurado pelos pergaminhos? (grifamos)
O pesquisador Andre Dupont-sommer, tentando conectar os manuscritos do Mar Morto do Qumran e cristandade discutindo que Jesus foi prefigurado por seu caracter em rolos conhecido como o mestre de retidão. Em uma famosa passagem, Dupont-sommer escreveu:      (grifamos)
O Mestre da Galiléia,.. aparece em muitos respeitos como uma reencarnação surpreendente do mestre da retidão nos pergaminhos. Do último[11], Ele pregou penitência, pobreza, humildade, amor ao próximo, castidade . Dele, Ele prescreveu a observância da lei de Moises, a Lei inteira, mas a Lei terminada e perfeita, graças às suas revelações. Dele, Ele foi o Eleito e Messias de Deus, o redentor do mundo. Dele, Ele foi o objeto da hostilidade dos padres.... Ele foi condenado e colocou para morte. Ele pronunciou julgamento em Jerusalem, que foi tomado e destruído pelos Romanos., No fim dos tempos, Ele será o juiz supremo., Ele encontrou uma Igreja cujos adeptos ardentemente esperam sua volta gloriosa.   (grifamos)
Dupont-sommer grandemente influenciado pelo americano proeminente Edmund Wilson, crítico literário, que escreveu o mais vendido best-sellers, reimpresso de uma série de artigos que apareceram em 1951 para 1954. Wilson, seguinte Dupont-sommer, reclamou que a seita do Qumran e a cristandade antiga foram " fases sucessivas de um movimento. (grifamos)
Esta posição obteve credibilidade dada por fatores inteiramente sem relação ao conteúdo dos pergaminhos eles mesmos. O time de publicação era, em sua maioria, Católicos, padres Católicos, e, tolamente, eles recusaram liberar os textos dos pergaminhos fragmentados inéditos. Esta decisão, compreensivelmente, liderada por acusações de que os pergaminhos inéditos estavam sendo impedidos porque eles solapavam a Cristã[12]. Finalmente a recusa para liberar os rolos, que os pergaminhos conta-nos sobre o período de que ambas, cristandade e judaísmo andavam juntas[13].    (grifamos)

Meio século passou desde que um beduino-guia descobriu os pergaminhos em uma caverna nos rochedos acima da costa oeste do Mar Morto. Os detalhes daquela descoberta inicial provavelmente nunca serão conhecidos com certeza. Que encontrados os pergaminhos, como, sob precisamente que condições? - tais perguntas estão por este tempo escondidas em mistério. Até Mesmo a data é incerta; o 1930, 1942, e 1945 tem tudo como alternativas, geralmente a data aceita é de 1947, provavelmente Fevereiro daquele ano. Nãodúvidas, entretanto, sobre a idade dos pergaminhos. Eles datam do tempo de Jesus e um pouco antes. Entre I950 e 1956, arqueologistas e o beduíno foram procurar mais pergaminhos, e futuramente uma biblioteca de mais de oitocentos manuscritos diferentes foram recuperados. (grifamos)...”

A arqueologia nos demonstra quemuita mitologia envolvendo uma realidade escondida, de fato, devemos “garimpar” as gemas da verdade histórica isso não faz desaparecer Jesus, nem o diminui, apenas o traz para as nossas proporções:
“...A influência da cultura Grega
Em 332 a.C.. Alexandre, o Grande, conquistou Judéia. Assim começou um processo de helenização que adotou profundamente toda a cultura dos judeus em vários aspectos. Cidades Gregas foram estabelecidas na Palestina. Templos Gregos foram construídos e dedicados para divindades não judaicas ; A língua Grega foi logo falada pelo mundo Judaico, junto com o vernacular Aramaico e o hebraico cada vez menos freqüente.
Após a morte de Alexandre em 323 A.C.., seu império partiu em duas partes menores: Os seleucidas na Siria ao norte e os ptolomaicos no Egito ao sul. Durante o terceiro século a.C.. os seleucidas e os ptolemaicos lutaram pelo menos, cinco guerras, com a Judéia.
Durante este período na Judéia, aumentaram as tensões sociais entre os helenizados, que introduziram idéias gregas e costumes, e aqueles judeus tradicionais, fizeram oposição a influência grega, entre as cidades sofisticadas e as aldeias conservadoras, entre aristocratas urbanos e fazendeiros rurais, e entre pobres e ricos. Muitos judeus encontraram sua e a continuidade de seu mundo ameaçado por esses gregos intrusos. O livro de Eclesiastes, com seu ceticismo teológico, é um exemplo da profunda alteração que esta nova cultura efetuou face aos compromissos religiosos tradicionais.
Em aproximadamente 175 a.C.. Jason--que teve seu nome helenizado do hebreu, Josué subornou-se a Antiochus IV, monarca dos seleucidas, depôs seu irmão e ficou em seu lugar, Jason na posição de alto padre em Jerusalem. Em gratidão, Jason logo mudou o nome de Jerusalem para Antioquia e erigiu um ginásio na capital, onde esportes gregos foram incentivados e a filosofia grega foi ensinada. Josephus relata que Jason "movia sua cidadania acima dos caminhos gregos da vida."
Mais tarde Antiochus emitiu um decreto proibindo a circuncisão, estudos religiosos, e observância de festivais e o sabbath. Tal helenização radical inevitavelmente trouxe a revolta dos macabeus, dando luz a disnastia de Hasmoneus, de reis judaicos e sacerdotes(142-37 A.C..), que começou como uma revolta anti-helenística, entretanto, logo virou uma disnastia pro-helenísitica. Intrigas políticas entre os hasmoneanos e a a mais alta autoridade política (o rei) foi logo combinado com a mais alta autoridade religiosa (o alto padre), cismas religiosas aumentaram. Uma guerra civil durante os anos do primeiro século a.C.., dissidentes ]udeus unidos, Demetrius III rei da Siria atacaram Jerusalém, enquanto Alexandre, rei judaico contratou mercenários para defender a cidade. Crucificaram oitocentos deles.
À elite, cujo túmulos e mansões elegantes têm sido descobertas em Jerusalém, houve nos tempos prósperos. Uma primeira seção residencial em Jerusalém, Nahman Avigad da Universidade Hebráica foi recuperada não unicamente suas residências opulentas, banhos rituais, mas também suas mobílias dispendiosas.
Em meados do segundo século a.C.., entretanto, um pequeno grupo de judeus, talvez ofendidos pelo materialismo que eles viam em toda parte , talvez angustiados pela degradação da classe dos sacerdotes, que se fundiu com a aristocracia de Jerusalém, optaram viver em isolamento. Eles foram para um lugar chamado Qumran. Essas pessoas ocupam o assunto maior deste livro. Se de fato eles foram os guardas dos pergaminhos que foram mais tarde encontrados nesta área,e seu líder o Mestre de retidão. Está claro que eles rejeitaram o Templo de Jerusalém ou ao menos seu sacerdote.
Aproximadamente ao mesmo tempo, outros grupos religiosos Judaicos ou seitas estavam emergindo. Destes, os fariseus são os mais conhecidos. Para eles são atribuídos as fontes da lei oral o Talmud que mais tarde formaram os fundamentos do judaísmo rabinico, o judaísmo que se espalhou por todo a diáspora depois da destruição do templo pelos romanos e mais tarde a expulsão dos judeus de Jerusalém.
O segundo maior grupamento, os saduceus (Tsadukim), que dizia descender do Zadok (Tsadok). Eles contestaram a usurpação do alto sacerdócio por não-zadokitas, eles, contudo , freqüentemente alinharam-se com os helenisticos hasmonianos.
Um terceiro, muito menor, foi a dos Essênios. Eles também contestaram um não-zadokita Ter usurpado o alto sacerdócio, mas eles mais rígidos em sua aderência para e interpretação estrita de lei religiosa e menos desejosa para ajustar às realidades políticas dos hasmoneus.
Até Mesmo os essênios, entretanto, não inteiramente escaparam das influências helenísticas, por exemplo, em dualismo (caracterizado por contrastar forças, tal como bom e mau, que freqüentemente permeia sua escrita religiosa.
Enquanto esses foram os agrupamentos maiores, havia muitos que não deixaram  nenhum traço em registro histórico.
Em meados de sessenta a.C.., dois filhos de Hasmoneus se empenharam em uma guerra fratricida ao trono. Um destes filhos procurou ajuda romana, e em 63 a.C. o general Pompeu Romano conquistou Jerusalém, efetivamente finalizando a soberania judaica, embora governantes de Hasmoneus continuaram, ao menos nominalmente, sentados no trono de um reino truncado por mais um quarto de século
Então, em 40 a.C.., Parthians do oriente invadiu a Judéia, vencendo os romanos e nomeando o último governante do Hasmoneus (Mattathias Antigonus). No tempo da invasão do Parthian, Herodes, um Judeu de Idumean e linhagem do Nabatean, subseqüentemente Herodes conhecido como o Grande, estava servindo como procurador romano. Ele prontamente foi a Roma para convencer o senado romano que unicamente ele poderia restaurar a regra romana. Em 37 a.C.. Herodes liderou um exército contra Parthians e depois reconquistou Jerusalém.
Por trinta e três anos ele controlou a Judéia, como um vassalo romano. Ele foi odiado pelos judeus. Josephus, historiador judeu se refere ao plano de Herodes para assassinar os líderes da Judéia. Herodes exerceu sua força através do terror e brutalidade, mas uma razão para ele ficar anti-popular foi sua violação de lei Judaica tradicional. Ele construiu templos pagãos numerosos e estádios para gladiadores em Jerusalém. Entretanto, ele também reconstruiu o Templo Judaico em Jerusalém em grande escala que de longe eclipsou o edifício original construído um milênio atrás pelo rei Salomão.
Depois da morte de Herodes, em 4 a.C.., Os romanos assumiram cada vez mais a força direta. Distúrbios continuados, conduziram futuramente a erupção do da primeira revolta judaica contra Roma, que começou em 66 d.C.. e efetivamente terminado em 70 D.C.., quando os romanos queimaram Jerusalém e destruíram o templo.
O judaísmo durante este período tem sido descrito como "notavelmente variado." Alguns pesquisadores diziam judaísmos, em vez de um judaísmo. Naqueles tempos inseguros o judaísmo tradicional, centralizado em sacrifício de templo, foi amplamente considerado inadequado por judeus devido ao presente tempestuoso. Assim, uniram-se a instituições da sinagoga, que poderiam repor o Templo e tornarem-se o foco da vida judaica depois disso, nós também vemos o desenvolvimento de expectativas do fim dos tempos, das visões divinas, da vida após a morte, da ressurreição dos mortos, dos apocalipses (revelações) onde bons e maus lutariam mutuamente em uma batalha cósmica final, e dos portadores do messianismo...”

As escrituras do Mar Morto confirmam as teorias da existência de uma espécie de corporação com estrutura associativa “militarque tinha, de fato, a linha doutrinária do cristianismo antecedente aos tempos de Jesus, acompanhe a seguir:

A corporação
“...O texto presente é essencialmente uma constituição do Yahad. Que isto é uma constituição torna-se claro por comparação com as constituições de qualquer outra parte do mundo greco-romano contemporâneo. Pesquisas por Moshe Weinfeld e Matthias Klinghardt, dentre outros, têm mostrado que virtualmente todo elemento estrutural deste judaísmo antigo escrito, tem analogias com constituições e associações religiosas do Egito, Grécia, e Ásia Menor.
Josephus, o historiador judeu do primeiro século, descrevendo os grupos judaicos maiores como escolas filosóficas. Seu retrato é usualmente colocado como uma adaptação enganosa da situação Judaica verdadeira.
Como o trabalho é descrito, a associação é suprida de padres, Levitas (um pedido do sacerdócio secundário),"Israel," e prosélitos Gentio.. Outros judeus, junto com as nações gentias circundadas, eram considerados "Homens de Perversidade" que "anda em caminho mau." Entrava no grupo através de conversão.
Durante este período ele (mulher não é especificamente mencionada) recebe instrução em conhecimento, segredos do grupo e passa progressivamente pelos mais altos estágios de pureza; Sua riqueza (segundo 7:6-8 ele não retém qualquer porção de seus bens) é fundida com o do grupo, uma prática parecida com os cristãos descritos no Novo Testamento de Atos. Futuramente a associação designa a ele uma posição baseada na obediência à Lei de Moises...”

A cultura grega na forma mitológica teve mais influência do que acima se demonstrou, através dos romanos ela se transmitiu com força extrema aos cristãos originais e seus sucessores até o quarto século ou pouco além, de fato, Paulo mais uma vez se destaca nessa versão que sem ele de longe seria a mesma:

“...A CULTURA GRECO-ROMANA E O CRISTIANISMO
Pregadores cristãos antigos tais como Paulo, o apóstolo, trouxeram o evangelho sobre Cristo Jesus para um império cheio de divindades. Os cidadãos do império romano e, dentro de certos limites , até mesmo seus governantes, eram extremamente tolerantes com deuses estrangeiros. O mais antigo e mais aceito grupo de divindades estrangeiras eram os deuses da Grécia antiga. Esses deuses tinham feito sua casa no mundo romano muito antes,e junto com a arte grega e literatura. Alguns destes deuses gregos compartilharam nomes romanos e adquiriram algumas características romanas...”

Atualmente a informação da conversão de Paulo é muito duvidosa, o apóstolo deixa muitas evidências a favor do clero e a tese que aponta a “visão da estrada de Damasconão se sustenta. O fato é que o discurso de Paulo indica seu próprio cristianismo, diferente nas origens e na proposta. Várias indicações vão à direção de um trabalho orientado, um plano ou projeto antecedendo os acontecimentos, esta é uma via bastante plausível.

Sua nova ” tem todas as características de uma montagem previamente estruturada, pois é sabido que Paulo exerceu o cristianismo vil, cujos interesses eram próprios e do clero que adotava o “apóstolo tortopara arregimentar crédulos e, com isso, garantir o poder sacerdotal. Isso é inegável, uma vez que se conhece da expulsão de Paulo da “irmandade” cristã original. A igreja manipulou as palavras de Jesus usando a erudição do “agente duploem favor da sua visão particular de poder. A basílicaé” de São Pedro, os quatro evangelistas são Marcos, Mateus, Lucas e João, mas.., o “quinto evangelhopara o clero é o de Paulo e , jamais o de Tomé tomaria o seu lugar! É induvidoso que a pregação da cúria é a mesma do apóstolo epistolar, o voto de castidade, a liturgia, o grego e o hebraico pelo latim, entre outras, é fácil observar:

“...Segundo o Livro de Atos, Paulo começou sua viagem missionária maior em Filipos (Atos 16:11-40). Além Disso, nós temos sua carta aos filipenses em que ele dedica uma afeição especial à comunidade cristã .

Localizado ao Nordeste, na Grécia, Filipos era uma colônia romana ao longo da Via Egnatia, a rodovia principal que conduzia a Roma à costa do Egeu

Em uma das inscrições, Isis é honrada como a Rainha do Paraíso, um título freqüentemente repetido para esta deusa. Outros títulos para ela como misericordiosa e poder de curar. (grifamos)
Paulo parece compreender esta necessidade dos Filipenses comuns. E nela, ele procurou endereçar seu desejo para encorajar a oração e redirecionar suas súplicas a um deus de cristã:

" não se inquieteis com nada, mas em todas as circunstâncias manifestai à Deus as vossas necessidades, por meio de orações e súplicas unidas à ação de graças "(Phil 4:6)...”

Facilmente se nota a adaptação de Paulo para as crendices populares de uma colônia romana aos preceitos cristãos que ele mesmo formulou, notem que uma deusa greco-romana se mistura as idéias de “paraíso” do Velho Testamento e a menção, no parágrafo seguinte, a “...um deus de cristã...”, “mais um”..? Costume puramentepagãoem relação ao cristianismo original e mesmo ao clerical. É de se notar ainda, um contraste gritante nas pregações de Paulo com os ensinamentos de Jesus, o último jamais pregou que devemos suplicar pelas “necessidades”, bem ao contrário, incitava aos seus seguidores a abandonar seus bens e até entes queridos para conquistar o reino, quemtinha ouvidos para ouvirnão tinhanecessidade” alguma e os males do corpo eram sua bagagem, a saúde do próximo era restabelecida para mostrar o “chamado” e, quem abandona seu mundo pequeno em troca do “reino”, não tem nada a suplicar, Jesus exemplificou uma vida de “graçamas não criou nenhum ritual de “ação de graças”, logo, as palavras de Paulo são, sem dúvida, mentirosas e arregimentadoras. Não se deve tomar como ofensivas as duas últimas palavras, muitas pessoas mentem pelo bem do próximo, fórmula errada, mas, eficaz!
“...Com a chegada da paz na Igreja no quarto século, a arte da catacumba ficou enriquecida pela adição de um número de cenas bíblicas cristãs, incluindo ilustrações dos milagres de cura narrados nos evangelhos.

Mas de longe o maior assunto retratado foi Cristo, ele mesmo no papel do Bom Pastor. E este fenômeno fornece evidência dramática que o Cristo da mente popular, tinha vindo assumir o papel de protetor divino, e salvador como os predecessores do paganismo cristão do quarto século, curando, e salvando, divindades como Hércules, Asclepius, Artemis, Mithras e especialmente Isis. No fim, as virtudes dos muitos tinham ido residir no Um...”


Veja neste último trecho, a infeliz verdade do que foi transmitido. Quatro séculos se passaram e a mentalidade era ainda pagã. Esse paganismo é herança de Paulo, a força de Jesus fora transformada em mitologia, crendices e rituais litúrgicos e, em lugar dos sacrifícios, incentivava-se as “doações para a casa de deus”, forma eficiente de montar uma “fortuna divina”. Hoje a adoração aos “infinitos deuses” foi projetada nosinfinitos santosque o próprio clero criou depois de matar os “candidatos ao cargo”.

Paulo fora o precursor da instituição Católica, pois foi o primeiro a designar igreja como sendo a congregação de poucos (regional) ou de muitos, a própria corporação comum a todos os fiéis, afirmando que isso era o “Corpo de Cristo”, cujos fiéis eram os membros, ele dizia “a Igreja Universalque no latim se pronuncia IgrejaCatólica”, hoje, por extensão, “Apostólica Romana”, pois, sediada em Roma e seguidora dos preceitos de Paulo “o apóstolo”. Foi quem criou o entendimento de unicidade de Deus e Jesus, idéia de que estes fossem um 1, não pelo conceito filosófico de “sermos todos um e Ele”, porém, pela concepção particular de escolha (ungido) pouco importando ser bom ou mau, evoluído ou não, bastava-lhe a para conquistar a “simpatia” de Deus.

Ele foi quem simbolizou a imagem de “Cristo” na cruz, pois esse era seu único entendimento. Mesmo assim, não foi ele quem passou a idéia absurda de Maria conceber através do “espírito santo” e pregava que Jesus foranascido da Carne e, por virtude, filho de Deus”. Apesar das confusões não devemos desmerecê-lo, ademais, Paulo sempre foi considerado a maior figura da História do cristianismo no ocidente, de fato, foi quem transformou um aglomerado desorganizado de crentes em uma fenomenaligreja universal”, a maior empresa multinacional que se conhece hoje e com quase dois mil anos de constituição, sem dúvidas, detentor da mais apurada qualificação administrativa.

Uma coisa é certa, Paulo não pregou o cristianismo adotado por Jesus, contudo, não conseguiu satisfazer o império, pois também foi para Roma preso e alguns anos depois decapitado (67 ou 70 dC.) por prática de divulgações que depunham contra o Estado. O fato é que elecaiu” na armadilha que Jesus prevenira “...não servireis a Deus e a Mamon...”. Ao seguir o cristianismo colocara-se contra o paganismo romano, adaptara, no entanto, o primeiro para não se ver privado dos bens que amava mais do que a Jesus o que, por sua vez, atendia a “Mamon”. Tanto é verdade, que ao ser preso em Jerusalém invocou sua cidadania romana, mas o que conseguiu, foi uma transferência para ser julgado em Roma. Paulo, ao que parece, foi umpeão” nas mãos do poder. Mas.., não podemos culpá-lo, nós, por nossa vez, não somos também..? Quem de nós abandonaria tudo peloreino”..? O certo é que o cego abraça o que faz contato..! A luz, para ele, não existe!


[1] — “Perdidos” é uma questão duvidosa, abuso talvez, do benefício da dúvida?
[2]Observação importante: —O termo gnóstico será usado em vários trechos e de diversas formas no comentário abaixo devemos entendê-lo somente na sua primeira acepção morfológica, isto é, conhecimento, saber, entendimento profundo e sabedoria, mas.., jamais ligado ao misticismo, nesse particular o termo deve ser considerado absolutamenteagnóstico”.
2Notar que o ato de ascender à cristandade implica que o cristianismo precede a Jesus, abaixo isso ficará demonstrado e esclarecido através da arqueologia.
3 —Nazareth é uma cidade que não consta de nenhum mapa ou relato da antiguidade grega, Judéia ou romana. Não é certa a sua existência enquanto vivia Jesus, “o nazareno”.
[3]Nosso aparte.
1Influênciasalém da cristã, o fato é que o cristianismo” influenciou Jesus!!
2Não confundir com João Evangelista. O evangelho aqui é outro.
[4] —De pnêuma, sopro (relativo a Deus, teologia).
[5] —Do que trata a finalidade do homem ou consumação do tempo e História.
[6]—Da interpretação de textos, a inteligência destes relativa à sua contemporaneidade. Alguns autores afirmam “textos sagradoscom o que este e muitos outros discordam.   (Notas do autor).
1Embora não pareça com obviedade, Tiago refere-se à reencarnação, “o espírito que nasce e se põe”, este (a luz) é quem sobreviverá e será bem-vinda(o Ser).
2 — A resposta nos conduz ao óbvio, “... perderem a natureza animal, essa luz...”, nãocomo não ser o espírito e, menos ainda, que não se fale da reencarnação.
[7] —O espaço é correspondente a (“que você verá a seguir), eliminado por não transcrevermos a canção.
2Não existe certeza sobre a data exata do descobrimento, pois não se sabe se o comunicado do evento foi efetivado imediatamente pelos descobridores leigos.
[8]Segundo o ponto de vista psicológico atual, a capacidade interior de cada um em reverter ou criar situações intrínsecas a sua própria personalidade e conhecimento não caracteriza, em hipótese alguma, misticismo, bem ao contrário, demonstra uma forte perspectiva racional do sujeito em apreciação. O misticismo é extravagantemente inconsistente para alcançar as pretensões de Jesus, este dispunha de uma consciência supra peculiar que não lhe permitia divagar, de outra forma, teria sido esquecido, pois não se engana uma Humanidade infestada de oponentes por dois milênios, sem dúvidas, o império.., é da razão!
[9] —Havemos de frisaradulteração” das idéias, não das cartas, ou seja, de algum modo houve influência em determinados períodos que provocaram escritas desencontradas entre si. Parece, ao que tudo indica, que aos efésios Paulo pretendeu explicar o que era Deus transfigurado em Jesus, com isso, aprofundou o antropomorfismo religioso numa espécie de “teodicéia”, termo que Leibniz adotou para esse fenômeno pessoal (tentativa de explicar Deus). Aos gálatas e romanos, a preocupação era transmitir o que ele pensava sobre a doutrina que ensinava a redenção em Cristo. Vêem-se nítidas diferenças de enfoque nos dois casos. A doutrina tornou-se irrecuperavelmente dogmática e, Deus, umsuper-homem”. Visão distorcida em duplo sentido.
[10] —É sumamente importante notar, que hoje, dois mil anos após, foi a própria mulher quem conquistou sua posição de igualdade entre os homens, pois, por mais que pareça absurdo, ainda existe uma fenomenal resistência para essa condição plenamente normal, nãonada que justifique diferenças entre sexos, cores, origens, etc.., entre os humanos.
1Evangelho de Tomé (23).
[11] —Note-se queDo último” aponta o mestre da retidão, figura lendária, e este defende a castidade. A Jesus as escrituras descrevem “Dele”. N.a..
[12] —E os infinitos lucros da cúria!
[13] —Os pergaminhos deixam clara a evidência da preexistência do cristianismo a Jesus. Este até se identificou como messias, alguém que recebe de Deus uma incumbência, virtualmente uma possibilidade comum a qualquer humano, segundo a visão religiosa. Mas, escritura sem o crivo do clero, não põe essa palavra na boca de Jesus. Elas apontam que todos o identificam assim, exceto ele próprio.
1 Em 325 d.C. Constantino convocou o Concílio de Nicéa e, então, ficou estabelecida a instituição Pascoalina (festival da Páscoa) e decidido por votação (218 pró e 2 contra), que Jesus era um deus, de fato, este fora, literalmente eleito ao cargo de “deus” no ocidente.

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