A razão é virtude em extinção, neste espaço se tenta preservar essa conquista desprezada, lembrar que a vida não está resumida à frágil visão humana.

PENSE

Seja ambicioso nos seus desejos, busque sempre o que é infinito, eterno, completo e intransferível.

O maior bem que se pode conquistar é a perfeição, seja sábio e não se contente com menos.

A matéria é apenas a mina onde garimpamos nosso conhecimento, cada pedra do nosso caminho é o tesouro que buscamos ainda bruto e aguardando lapidação.
Tenha sempre em mente essa idéia e nada haverá de lhe faltar.
Venha ser alguém que acrescenta algo à existência sem exigir mais do que ela lhe dá.

SALVE O MUNDO, COMECE POR ALGUÉM!


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

LIVRO II - À LUZ DA RAZÃO - 3ª PARTE CAP. III B

Os milagres

“...No primeiro século da era comum, homens renomados podiam também fazer milagres. O imperador Vespasiano (o general romano anterior tinha feito amizade com Josephus, historiador judeu durante a primeira revolta judaica) acreditou-se que fez vários milagres. Segundo histórias registradas pelo Dio Cassius dos historiadores gregos e Tacitus, Vespasiano curou várias pessoas no Egito. Dentre esses milagres, Vespasiano, curou um homem cego e restaurou a mão mutilada de outro homem (Histórias Faz Tacitus 4.81).
Mas forças miraculosas não foram limitadas aos imperadores, ou até mesmo à pessoas de elite política e social do império. Milagres foram um sinal de um relacionamento especial entre os deuses e os indivíduos particulares. Pessoas que acreditava-se possuir grande sabedoria ou virtude estiveram também freqüentemente com fama de desempenhar milagres.
Um exemplo interessante foi com o filósofo itinerante Apollonius de Tyana. Apollonius foi um seguidor em I aC, do filósofo grego famoso, Pythagoras, Acreditou-se que tinha tornado-se um deus. Tendo renunciado à suas posses, dizia-se que ele era possuído da sabedoria divina, incluindo conhecimento inato de todas línguas, a capacidade para predizer o futuro, e a capacidade para ver através de grandes distâncias, capacidade para curar possessos e doentes, e Philostratus narra a qualidade miraculosa de um número destas curas e exorcismos.

A devoção do grego ou romano centralizou nos deuses de posições menores, deuses que tinham sido mortais uma vez e que, portanto, compreendiam os sofrimentos dos mortais.
No evangelho de Mateus, o nascimento de Jesus, mensageiro de Deus, teve como sinal, uma estrela ascendendo no Oriente, que guiou os reis magos, que viajavam de uma terra distante à Belém para ver o futuro rei (Matt 2:1-2). Jesus dos evangelhos faz numerosas curas, e em várias ocasiões ele até mesmo faz o morto retornar para a vida. E no Livro de Atos, uma visão de Jesus ascendido aparece a Saulo na estrada de Damasco (Atos 9:1-7). Como um resultado deste encontro, Saulo é convertido e futuramente torna-se Paulo, que dedica toda sua vida à serviço de Cristo
Histórias de pessoas divinas, restabelecimentos miraculosos, visões místicas, e ressurreições foram ditas sobre um número de semideuses ou heróis. De fato, um número de fenômenos sobrenaturais foi até mesmo atribuído a certos filósofos e imperadores.
Historiadores romanos tais como Suetonius e Tacitus freqüentemente relatam a ocorrência de homens miraculosos. Referente aos imperadores, particularmente, no começo ou término de seus reinados, porque Roma colocou seus governantes na reunião de cúpula de sociedade humana, isto por que acreditavam que eles serviam como mediadores à vontade dos deuses na terra. Portanto, o aparecimento de homens, para bem ou mal, foi o meio como os deuses sinalizavam sua vontade em romances humanos.
Depois da morte de Júlio César, Suetonius (Ave César: Julius) relata que nos funerais em sua honra “um cometa brilhou por sete dias sucessivos, ascendendo sobre a décima primeira hora, e acreditavam ser a alma de César, que tinha ido para o paraíso”....”

Em nosso trabalho anterior já dedicamos muitas páginas aos comentários dos “milagres”. Assim, será “um milagre” se o caro Leitor suportar mais “comentários” a respeito! Por isso, fizemos apenas a transcrição literária dos pesquisadores citados acima.

A descoberta

A título ilustrativo se transcreverá abaixo parte dos textos que narram e explicam como ocorreu a descoberta das escrituras nas grutas de Qumrân, Nag-Hammadi, em meio a esta transcrição se notará muitas passagens das escrituras analisadas e comparadas pelos especialistas que as manipulam para montar esse “verdadeiro quebra-cabeças”, ao final dessa apresentação reservaremos espaço para argumentar sobre o tema:

"Evangelho de Tomé"

“...Até a primeira metade do século XX, a existência de um evangelho apócrifo denominado "de Tomé" só nos era conhecida através de informações e pequenos textos transmitidos por alguns escritores eclesiásticos, como Santo Hipólito de Roma, São Cirilo de Jerusalém e Santo Irineu. Em 1945-1946, foram encontrados em Khenoboskion, nas proximidades de Nag-Hammadi, no Egito, diversos manuscritos em língua copta, entre os quais figurava um volume contendo o "Evangelho de Tomé". Não é propriamente um evangelho destinado a apresentar, em seqüência natural, a vida e os ensinamentos de Cristo, mas um grupo ou antologia de 114 lógios ou ditos atribuídos a Jesus. Tanto assim que ficou também conhecido pelo nome de "ditos de Jesus".

O "Evangelho de Tomé" foi encontrado na biblioteca de uma seita gnóstica, e reflete as idéias reinantes entre os primeiros gnósticos, tendo sido por isso considerado herético.

Alguns acham que ele poderia conter os ditos ou "logia" de Jesus, e por isso ele poderia ter sido usado na composição dos 4 Evangelhos Bíblicos. Isso teria acontecido porque achava-se que os Evangelhos teriam sido escritos tardiamente.

DESCOBERTAS MAIS RECENTES DE MANUSCRITOS SOBRE A ORIGEM DOS EVANGELHOS

Hoje em dia existem várias escolas que defendem posições diversas a respeito da historicidade dos Evangelhos. Contudo, devido às recentes(?) descobertas no campo da papirologia, pouco a pouco está se firmando a posição que afirma serem os Evangelhos relatos históricos.

Descoberta das grutas de Qumrân:

A gruta 7.

Em 1955 foi descoberta uma gruta com características especiais: a gruta 7. Todas as grutas até então encontradas continham material escrito em hebraico/aramaico. Mas a gruta 7 continha fragmentos e jarros com escrita em grego. No momento dessa descoberta não se percebeu o seu valor. O Dr. C.H.Roberts datou alguns fragmentos como sendo muito antigos: o fragmento 7Q5 seria do ano 50 d.C..

Identificação do fragmento 7Q5

Em 1972 o papirólogo e paleógrafo jesuíta Pe. José O'Callaghan trabalhando com o fragmento 7Q5 fez a identificação visual do mesmo com uma passagem do Evangelho de Marcos, Mc 6,52-53. Entrou em contato com o Pe.Ignace de la Potterie, que o aconselhou a fazer os testes no computador, para que não houvesse dúvidas quanto à identificação. Foi então usado o sofisticado programa Ibycus, que fazia pesquisa em toda a literatura greco-romana até então conhecida e em todos os outros textos da antiguidade. A única identificação que o programa acusava era a mesma passagem do Evangelho de Marcos apontada por O'Callaghan. Não havia dúvida quanto a identificação: ela estava correta!

Os fragmentos de Mateus do Magdalen

Em 1994, o papirólogo alemão Carsten Peter Thiede revendo fragmentos antigos do Novo Testamento, deparou-se com os do Evangelho de São Mateus guardados no Magdalen College, em Oxford, na Inglaterra. São três fragmentos do capítulo 26 de S. Mateus, escritos na frente e no verso. Observando-os melhor, constatou que eles possuíam uma escrita que não era de uma data tardia (início do segundo século, como se presumia anteriormente) mas deveriam ter sido escritos no máximo pelo ano 50 d.C.. Isto era extraordinário! Estes fragmentos pertenciam a uma cópia do Evangelho de Mateus, o que significa que o original era ainda anterior a esta data.

O nascimento dos Evangelhos sinóticos.

Durante a década de 70 e parte da de 80, até a sua morte em 1986, o Pe. Jean Carmignac dedicou-se ao estudo da origem dos Evangelhos sinóticos. Trabalhando com as descobertas de Qumrân e sendo o principal autor de artigos na Revue de Qumran por um longo período, ele se aprofundou nos estudos de tradução dos Evangelhos para o hebraico. Descobriu então na tradução, versos e rimas que não aparecem nos textos gregos. Isto acontecia aos milhares. Os indícios de que os Evangelhos de Marcos e de Mateus foram escritos originalmente em hebraico estavam se confirmando. Antes de morrer, ele estava preparando alguns livros para os especialistas da área, com farta documentação que comprovava a sua tese. Além disso, verificou que o Evangelho de Marcos teria sido escrito originalmente por Pedro em hebraico, e Marcos teria sido o seu tradutor para o grego.

Historicidade dos Evangelhos.

O primeiro Evangelho a ser escrito teria sido o de Marcos, por volta do ano 42 d.C., quando ainda estavam vivas as testemunhas oculares dos eventos ali narrados. Logo em seguida, e antes do ano 50, foi escrito o Evangelho de Mateus, com um texto um pouco mais longo que o de Marcos. Pelo ano 62 d.C., o mais tardar, Lucas escreve a sua díade: o Evangelho e os Atos dos Apóstolos, talvez em defesa de Paulo que estava preso em Roma. Alguns acreditam que antes mesmo dos anos 70, João teria escrito o seu Evangelho, que contém uma elaboração teológica muito maior que os outros. A questão central está em que com estas recentes descobertas, podemos com muita segurança, ao menos para os sinóticos, colocar a data de composição dos Evangelhos para bem antes do ano 70, quando ainda estavam vivas as testemunhas oculares dos eventos dos quais Jesus Cristo participou. Muitos da Escola das Formas achavam que a descrição da destruição de Jerusalém predita por Jesus no Evangelho de Mateus, fora ali colocada porque a comunidade que teria escrito o Evangelho também havia presenciado a destruição, e não porque Jesus tivesse a capacidade de prever tal acontecimento. Ora, isto se devia a uma deturpação a quanto ao que é histórico no Evangelho. Hoje em dia esta hipótese não se sustenta mais: Jesus tinha, sim, a capacidade de prever o que aconteceria no futuro, e a queda de Jerusalém foi prevista por Ele e documentada no Evangelho de Mateus, antes que o fato acontecesse.

Evidência interna no Evangelho de Lucas.

Lucas, que escreveu o seu Evangelho a partir de Paulo, e que foi, dos três sinóticos, o mais tardio, como vimos anteriormente, tem em seu Prólogo o seguinte texto (Lc 1,1-4): 1 Visto que muitos já tentaram compor uma narração dos fatos que se cumpriram entre nós - 2 conforme no-los transmitiram os que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da Palavra -3 a mim também pareceu conveniente, após acurada investigação de tudo desde o princípio, escrever-te de modo ordenado, ilustre Teófilo, 4 para que verifiques a solidez dos ensinamentos que recebeste.

Ora, Lucas afirma não ser o primeiro a escrever um Evangelho e diz que se baseou nos fatos narrados pelas testemunhas oculares dos acontecimentos ocorridos com, e que envolveram Jesus Cristo, tendo providenciado uma "acurada investigação de tudo desde o princípio". Este é um relato que evidencia a autenticidade e a historicidade do Evangelho de Lucas.

Portanto, como prometido em nosso trabalho anterior, neste apresentamos as evidências científicas de que, tendo Jesus, aliás, “Yeshoua Ben Iossef”, seu nome verdadeiro, existido entre nós, coisa que a ciência virá comprovar “materialmente”, ele foi sim, um Ser Humano como qualquer de nós. Não aquele deus mitológico inatingível que a religião prega para manter cativos infinitos fiéis sustentando a ganância das elites eclesiásticas de todos os templos que cultuam dogmas e rituais de qualquer espécie. Consta ainda que este teve irmãos e foi casado com uma jovem de nome Miriam dos dezoito aos vinte e cinco anos e um número impressionante de documentos históricos, alguns, relacionados abaixo, dão conta de que ele fora casado com Madalena, por isso gerava ciúme entre seus discípulos e também foi ela a primeira a ter uma visão de Jesus após a crucificação.

Abaixo transcreveremos um longo trecho de documentos históricos e análises de pesquisadores que relatam uma miríade epopéica impressionante e se notará que a ciência, sem dúvidas, dará a última palavra neste emaranhado histórico criado com o absurdo propósito de lucrar, apenas isto..:

Os Manuscritos de Nag Hammadi, são uma coleção de textos bíblicos, essencialmente gnósticos, que datam, aparentemente, do final do século IV ou no inicio do século V, ou cerca de 400 d.C. . Os manuscritos são cópias, e os originais a partir dos quais eles foram copiados datam de muito tempo antes. Alguns deles - o Evangelho de Tomé - por exemplo, o Evangelho da Verdade e dos Egípcios - são mencionados pelos primeiros padres da Igreja, tais como Clemente de Alexandria, Irenaeus e Orígenes..
Em primeiro lugar, eles são importantes porque eles escapam à censura e revisão da ortodoxia romana. Em segundo lugar, porque eles foram escritos para uma audiência egípcia, não tendo que distorcer para os ouvidos romanos e, por que eles podem se basear em fontes de primeira mão., testemunhas oculares. (grifamos)
Como era de se esperar, os Manuscritos de Nag Hammadi contém muitas passagens antagônicas à ortodoxia e aos "seguidores da mensagem". Em um documento, por exemplo, chamado segundo tratado do grande Seth, Jesus é descrito precisamente como ele aparece na heresia de Basilides - escapando à morte na cruz através de uma engenhosa substituição.
Alguns outros trabalhos da coleção Nag Hammadi testemunham uma rixa entre Pedro e Madalena que poderia refletir um cisma entre os "seguidores da mensagem" e os "seguidores da linhagem". No Evangelho de Maria, Pedro se dirige a Madalena como se segue:"Irmã, nós sabemos que o Salvador te amou mais que as outras mulheres. Conte-nos as palavras do Salvador de que tu te lembras - que tu conheces mas nós não." Indignado, Pedro pergunta aos outros discípulos:" Ele realmente falou em particular para uma mulher e não abertamente para nós? Devemos nós todos dar a volta e escutá-la? Ele a preferiu a nós?" Mais tarde, um dos discípulos responde a Pedro: "O salvador certamente a conhece muito bem. Por isso ele a amou mais que a nós.
Notar, já de início, que tais documentos não sofreram censura dos romanos, em segundo plano, eram endereçados aos egípcios, posteriormente uma contradição aterrorizante para o clero, há relatos que desviam Jesus da cruz e pior, Pedro ataca Madalena porque ela era mais amada do que as outras mulheres pelo Mestre. A última linha do relato é causticante para a igreja, pois Jesus sofre de um mal humano “amor a uma mulher”.
No Evangelho de Felipe, as razões para esta rixa, parecem óbvias.., existe uma ênfase recorrente na imagem de uma câmara nupcial. Segundo este Evangelho, "O senhor fez tudo misteriosamente, uma crisma e um batismo e uma eucaristia e uma redenção". Esta câmara, à primeira vista, poderia ser simbólica e alegórica. Mas o Evangelho de Felipe é mais explícito: "Existem três que sempre caminharam com o Senhor: Maria sua mãe, sua irmã e Madalena, chamada sua companheira."Segundo um pesquisador, a palavra "companheira" deve ser traduzida por esposa. Certamente, existem razões para fazê-lo, pois o Evangelho de Felipe se torna mais explícito: (grifamos)
E a companheira do Salvador, é Maria Madalena. Mas Cristo a amava mais que a todos os seus discípulos e a beijava na boca freqüentemente. O restante dos discípulos ficavam ofendidos com isso e expressavam sua desaprovação. Eles lhe disseram: "Por que mais do que a todos nós?" O Salvador respondeu e lhes disse: "Por que eu não te amo como a ela?" ( O Evangelho de Maria, O Evangelho de Felipe , em Nag Hammadi Library in English, p.472, 140,138;) (grifamos)
Que se ressalte que não há crime nem pecado em ser humano, homem e amar a mulher, beijá-la e mais! Pois, caso isso fosse, “Deus teria errado”, o que contradiz o próprio clero que diz Deus ser perfeito, como nós também o dizemos!
Conclusão:
(trechos extraídos de Baigent, Leigh e Lincoln)
Muitas evidências foram apresentadas pelo Monastério do Sinai, através de seus documentos e representantes. Mas sabemos que Sinai possuem alguma prova de que Jesus foi casado e tivera filhos e que deixaram a Terra Santa na época de sua suposta morte. Encontraram refúgio no Sul da França e lá preservaram sua linhagem em uma comunidade judaica. (grifamos)
Durante o século V esta linhagem parece Ter se misturado via casamento, com a linhagem real dos francos, engendrando assim a dinastia merovíngia. Em 496 d.C., a Igreja fez um pacto com essa dinastia, ligando-se perpetuamente à linhagem merovíngia - presumivelmente conhecendo a verdadeira identidade daquela estirpe. Isto explicaria a oferta recebida por Clóvis de se tornar imperador do Sacro Império Romano, o "novo Constantino", e seria a razão pela qual ele não foi feito rei, mas reconhecido como tal.
Ao corroborar o assassinato de Dagobert, e depois trair a linhagem merovíngia, a Igreja se tornou culpada de um crime que não podia ser racionalizado ou expurgado. Ele teria que ser suprimido, pois a descoberta da real identidade dos merovíngios não fortaleceria a posição de Roma diante de seus inimigos.
A despeito de todos os esforços para erradicá-la, a linhagem merovíngia - sobreviveu, em parte, através dos carolíngios, que se sentiam mais culpados do que Roma pela usurpação e procuraram se legitimar através de alianças dinásticas com princesas merovíngias. Mas o mais importante é que a linhagem sobreviveu através do filho de Dagobert, Sigisbert, cujos descendentes incluíram Guillem de Gellone, governante do reino judeu de Septimania e, finalmente, de Godfroi de Bouillon. Com a captura da Jerusalém em 1099 por Godfroi, a linhagem de Jesus teria recapturado sua herança de direito, a ela conferida nos tempos do VT.
...Se nossa hipótese estiver correta, o cálice sagrado representava simultaneamente duas coisas: por um lado teria sido a linhagem sangüínea e os descendentes de Jesus - o "sang raal" ou "sangue real", do qual os templários foram nomeados guardiões. Ao mesmo tempo, o cálice teria sido o receptáculo que recebeu e conteve o sangue de Jesus. A partir disso, teria surgido o culto a Madalena, na forma como foi promulgado na Idade Média, e ele teria sido confundido com o culto à Virgem.
Pode-se provar que muitas famosas Virgens Negras (incluindo Nossa Senhora da Aparecida, no Brasil, estátua negra e padroeira do País, descoberto pelos Europeus na Idade Média) ou Madonas Negras, do início da era cristã, eram ícones de Madalena e não da Virgem - e eles retratam uma mãe com o filho. (grifamos)
Devemos observar que, se vierem a completar a montagem documental das escrituras de Nag Hammadi o rumo da História vai mudar assustadoramente, não existem, por ora, garantias das hipóteses formuladas acima, porém, as bases informativas são isentas da censura eclesiástica e a verdade que estiver contida nesses documentos virá à tona, e não cremos que cientistas renomados venham fazer suposições descabidas sem indícios de veracidade apenas para contrariar o clero.
Em 70 d.C., durante a grande revolta na Judéia, as legiões romanas de Tito saquearam o Templo de Jerusalém. O tesouro pilhado do Templo teria ido parar finalmente nos Pirineus e o representante do Monastério do Sinai, afirmou que esse tesouro se encontrava nas mãos dessa sociedade secreta. Mas o templo de Jerusalém pode Ter contido mais do que o tesouro pilhado pelos centuriões de Titus. Religião e política eram inseparáveis no antigo judaísmo.
O Messias devia ser um rei-sacerdote, cuja autoridade compreendia os domínios espiritual e secular. Assim, é possível que o Templo abrigasse registros oficiais sobre a linhagem real de Israel. Se Jesus era realmente o rei dos judeus,, o Templo. Certamente conteria informações copiosas relacionadas a ele. Poderia mesmo conter seu corpo, ou pelo menos o seu túmulo, uma vez que o seu corpo teria sido removido da tumba temporária dos evangelhos.
Qualquer sacerdote que estivesse ali, naquele momento no Templo, deixaria para eles o ouro, as jóias, o tesouro material que eles esperavam encontrar e esconderia, sob o Templo, os itens de maior importância, relacionados ao legítimo rei de Israel, o Messias e sua família real.
Por volta de 1100, os descendentes de Jesus teriam atingido proeminência na Europa e, através de Godfroi de Bouillon, na Palestina também. Conheciam sua própria genealogia e seus ancestrais mas não podiam, ou não queriam, prova-los ao mundo. Se fosse conhecido que essa prova existia, ou talvez existisse, no interior do Templo, todos os esforços teriam sido empreendidos no sentido de encontra-la.
Isto poderia explicar o papel dos templários - que sob a proteção do mistério, realizaram escavações sob o Templo, nos chamados Estábulos de Salomão. A partir das evidências que examinamos, restam poucas dúvidas de que os templários foram de fato enviados à Terra Santa com o objetivo expresso de encontrar ou obter alguma coisa, tendo cumprido a missão. Eles parecem Ter encontrado e trazido para a Europa o que deviam procurar. O que aconteceu com o que encontraram, permanece um mistério. Mas parece que sob os auspícios de Bertrand de Blanchefort, quarto grão-mestre da Ordem do Templo, alguma coisa foi escondida nas vizinhanças de Rennes le Chatêau. (grifamos)
Note-se que o que grifamos confirma o que se afirmara acima existem, de fato, sérios indícios de documentos que comprovam as palavras dos pesquisadores!

A dinastia de Jesus
O Evangelho de Mateus afirma que Jesus era de sangue real, descendente de Salomão e Davi.
Ele poderia Ter a pretensão legítima ao trono da Palestina unida. Ele teria enfrentado a oposição que enfrentou, precisamente em virtude de seu papel, o papel de um rei-sacerdote que poderia unificar o seu país e o povo judeu, representando assim uma séria ameaça tanto a Herodes quanto à Roma.
Sugerir que Jesus tivesse tal pretensão é desafiar a imagem do "pobre carpinteiro de Nazaré".
Em primeiro lugar, existem dúvidas à respeito da cidade de Nazaré no tempo de Jesus.
Ela não aparece nos mapas romanos, documentos ou registros. Não é mencionada no Talmud nem nos textos de Paulo. Nem mesmo o historiador Flavius Josephus - Que comandou tropas na Galiléia e listou as cidades da província - mencionou Nazaré. (grifamos)
Em suma, parece que Nazaré não surgiu como cidade até algum tempo depois da revolta de 68-74 d.C., e que o nome de Jesus se tornou associado a ela em virtude da confusão semântica.
Sendo de Nazaré ou não, não há tampouco alguma indicação de que Jesus tenha sido um "pobre carpinteiro". ( Vermes, Jesus the Jew, p. 21, menciona que nos provérbios do Talmud o nome aramaico denotando carpinteiro ou artesão (naggar) significa homem culto ou intelectual) (grifamos)
Nenhum dos quatro Evangelhos o descreve como tal. Na verdade, as evidências nelas contidas sugerem o contrário. Ele parece Ter sido bem educado. Parece Ter recebido treinamento para rabino e Ter conversado tão freqüentemente com pessoas ricas e influentes quanto com os pobres. (grifamos)
Nicodemus, José de Arimathéia, o casamento de Canaã , sugere que Jesus e sua mãe eram membros de uma casta. (grifamos)
Se Jesus era Rabino, era casado; se era casado, seria muito estranho que não pudesse Ter filhos. (grifamos)
Se Jesus era um aristocrata, e se ele foi casado com Madalena, é provável que ela fosse de situação social comparável. E, realmente, parecia ser. Entre suas amigas, estava a esposa de um importante oficial de Herodes. (grifamos)
A narrativa é desconcertante se vista com olhos religiosos, pois derruba uma utopia, o cristianismo é outro romance de ficção criado pelo poder sacerdotal em favor da fortuna e manutenção desse “poder”.

Nos documentos do Monastério do Sinai, Jerusalém - a Cidade Santa e capital da Judéia - tinha sido originariamente propriedade da tribo de Benjamim. Depois os benjamitas foram dizimados em uma guerra com as outras tribos de Israel, e muitos deles partiram para o exílio, embora alguns tenham permanecido. Um descendente desses remanescentes era Paulo, que afirma explicitamente ser um benjamita (romanos 11:1)
De acordo com todas as narrativas do NT, Jesus era da linha de Davi e, portanto, da tribo de Judá. Aos olhos dos benjamitas, que tiveram Saul deposto por Davi, isto pode tê-lo tornado um usurpador. Esta objeção poderia ser neutralizada se este fosse casado com uma mulher benjamita.
Tal casamento teria constituído uma importante aliança dinástica, repleta de conseqüências políticas. Ela não só teria fornecido a Israel um poderoso rei-sacerdote, como também teria desempenhado a função simbólica de devolver a Jerusalém aos seus donos originais e legítimos. Tal homem teria sido realmente o "rei dos judeus".
(trechos extraídos de Baigent, Leigh, e Lincoln, O Santo Graal e a Linhagem Sagrada)
Findam assim, os esclarecimentos que podem gerar uma História humana e não uma disputa de “titãs” mitológicos, a seqüência da narrativa levanta polêmica para inúmeros tratados, mas, ainda que cause estranheza essas revelações oferecem uma direção plausível e compatível com acontecimentos normais entre familiares e contendas pelo poder, a Humanidade, como um todo, é contaminada por problemas dessa natureza, o que não é normal é, exatamente, a versão clerical da vida de Jesus! Portanto, se a História não se confirmar dessa forma, o que é pouco provável, o será de modo similar e próximo dessa direção. Veremos a seguir o relato apresentado pelos pesquisadores para a morte de Jesus:
A crucificação
Durante sua entrevista com Pilatos, Jesus é repetidamente chamado "rei dos judeus". Segundo o professor S.G.F. Brandon, da Universidade de Manchester, a inscrição afixada na cruz, deve ser considerada genuína - tanto quanto qualquer coisa no NT. Em primeiro lugar, ela figura, sem nenhuma variação, nos quatro Evangelhos. Em segundo lugar, trata-se de um episódio muito comprometedor, muito embaraçoso, para ser inventado. (grifamos)
No Evangelho de Marcos, Pilatos, após interrogar Jesus, pergunta aos seus dignitários reunidos (Marcos 15:12) "Pois que quereis que eu faça ao "rei dos judeus"?. Isto indicaria que, pelo menos alguns judeus se referiram a Jesus como um rei.
Ao mesmo tempo, Pilatos confere este título a Jesus em todos os quatro Evangelhos. Não há razão para supor que ele o faz de forma pejorativa ou irônica. No quarto Evangelho, ele insiste nisso de forma bastante séria e reiterada, a despeito do coro de protestos. Além disso, nos Evangelhos sinópticos, o próprio Jesus reconhece sua pretensão ao título (Marcos 15:2) "E Pilatos lhe perguntou: "Tu é o rei dos judeus?" E ele lhe respondendo lhe disse: "Tu o dizes". (grifamos)
Na tradução, esta resposta soa de forma deliberada. No original grego, no entanto, é interpretada como: "Tu falaste corretamente". (grifamos)
Os Evangelhos foram compostos para uma audiência greco-romana. Em conseqüência, era natural colocar os judeus no papel de vilões. Jesus não poderia ser retratado como uma figura política e o papel dos romanos no julgamento e execução de Jesus deveria ser limpa e apresentado de forma mais simpática possível. Assim, Pilatos é descrito nos Evangelhos como um homem responsável e tolerante, que reluta em consentir a crucificação.
Os Evangelhos informam que Jesus é inicialmente condenado pelo Sanhedrim (Sinédrio)- os conselhos dos anciãos judeus - que então o leva até Pilatos e pede ao procurador que se anuncie contra ele. Historicamente, isto não faz sentido. Nos três Evangelhos sinópticos, Jesus é preso e condenado pelo Sanhedrim na noite do festival dos judeus, mas pela lei mosaica, este conselho era proibido de se reunir durante o festival. (H. Cohn, Trial and Death of Jesus, p.97) (grifamos)
Nos Evangelhos, a prisão e o julgamento de Jesus ocorrem à noite, antes do conselho. Pela lei judaica, o conselho é proibido de se reunir à noite, em casas particulares ou em qualquer outro lugar fora dos recintos do Templo. (grifamos)
Nos Evangelhos, o conselho é aparentemente desautorizado a votar uma sentença de morte - e esta seria a razão para levar Jesus ante Pilatos. Contudo, o conselho era autorizado a votar sentenças de morte - por apedrejamento, se não por crucificação. Desta forma, se o conselho tivesse desejado dispor de Jesus, ele teria autoridade para sentenciá-lo à morte por apedrejamento. Não haveria necessidade de perturbar Pilatos.
De acordo com os Evangelhos de Marcos e Mateus, libertar um prisioneiro se a multidão assim o quisesse, é fantasioso. Os Evangelhos dizem que era costume do "festival dos judeus".
(Brandon, Jesus and the Zealots, p.259., H.Cohn, Trial and Death of Jesus, p.166. e Winter, on the Trial of Jesus, p. 94)
Nota: Haim Cohn é um ex-procurador geral de Israel, membro da Suprema Corte e professor de História Jurídica.
Acreditamos que a qualificação de quem escreve estas últimas narrativas fala por si. Mas.., vamos em frente:
Autoridades modernas concordam que tal política nunca existiu por parte dos romanos, e que a oferta para libertar Jesus ou Barrabás, é uma ficção. (grifamos)
Nem todos os judeus eram inocentes. Mesmo que a administração romana temesse um rei-sacerdote com pretensões ao trono, ela não teria condições de embarcar abertamente em atos de provocação que poderiam precipitar uma rebelião em escala total..
Mas mesmo que seja este o caso, permanece o fato de que Jesus foi vítima de uma administração romana, numa corte e sentença romana, com soldados e execução romana - uma execução, que na forma, era reservada exclusivamente aos inimigos de Roma. Jesus não foi crucificado por crimes contra o judaísmo, mas por crimes contra o Império.
(Brandon, Jesus and the Zealots, p. 328., diz que toda pesquisa sobre o Jesus histórico deve começar pelo fato de sua execução pelos romanos por sedição. E que a tradição de considerá-lo "rei dos judeus" deve ser aceita como autêntica. Os antigos cristãos não teriam inventado tal título, em vista de seu caráter embaraçoso.)
Nota: Observa-se que o judaísmo sempre cumpriu rigorosamente as leis mosaicas até os dias de hoje. É compreensível que, com tantas contradições culturais, os judeus ainda não tenham compreendido a missão de Jesus como Messias.
Observe-se a ponderação profissional e profundidade didática do relator, o respeito à cultura do povo Judeu e aos seus costumes, não há porque relegar à desconsideração o tema apresentado, até porque, um Professor Catedrático em História não tem interesses escusos em manipular fatos, apresenta-os e pronto!
O SEGREDO QUE A IGREJA PROIBIU
Segundo os autores do best-sellers "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", Baigent, Leigh e Lincoln, era conhecido deles o contraste de seu cenário com os ensinamentos cristãos estabelecidos através dos séculos.
...Mas quanto mais pesquisávamos, mais claro se tornava que esses ensinamentos, na forma como foram transmitidos através dos séculos, representam somente uma compilação altamente seletiva de fragmentos, sujeitos a expurgos e revisão severos. (grifamos)
O NT oferece um retrato de Jesus e de sua época que reconcilia necessidades e interesses escusos, de alguns grupos e indivíduos que exercem grande influência no assunto. E qualquer coisa que possa comprometer ou embaraçar interesses como o Evangelho "secreto" de Marcos, por exemplo, têm sido devidamente extirpada. Na verdade, tanto foi extirpada que foi criado um vazio. (grifamos)
Como atestam os Manuscritos do Mar Morto, os ensinamentos de Jesus também contém aspectos importantes do pensamento essênio. Mas se a mensagem não era completamente original, o meio de transmiti-la provavelmente era.
O cristianismo, na forma como evoluiu nos seus primeiros séculos e, finalmente nos chega até hoje, é um produto dos "seguidores da mensagem" e não dos "seguidores da família e sua linhagem".
O caminho de sua disseminação e desenvolvimento tem sido amplamente percorrido por outros estudiosos que não necessita muita atenção aqui. Basta dizer que já em Paulo, a mensagem começou a assumir uma forma cristalizada e definitiva. Esta forma se tornou a base sobre a qual todo o edifício teológico foi erigido. Na época em que os Evangelhos foram escritos, os dogmas básicos da nova religião estavam praticamente completos. (grifamos)
A nova religião era basicamente orientada para uma audiência romana. Assim, o papel de Roma na morte de Jesus foi, por necessidade, suprimido, e a culpa transferida para os judeus. Mas esta não foi a única liberdade tomada em relação aos fatos, para torná-lo mais assimiláveis no mundo romano. Pois o mundo romano estava acostumado a endeusar seus governantes, e César já havia sido oficialmente estabelecido como um deus. Para competir, Jesus - a quem ninguém antes havia considerado divino - tinha que ser endeusado também. Ele o foi pelas mãos de Paulo. (grifamos)
Foi aí que a idéia da ressurreição assumiu tal importância, por uma razão óbvia: colocar Jesus no nível de Tammuz, Adônis, Attis, Osiris e todos os outros deuses que, morrendo e revivendo, povoaram o mundo e a consciência de seu tempo.
Pela mesma razão, foi promulgada a doutrina do nascimento virgem. E o festival da Páscoa - festival da morte e ressurreição - foi elaborado para coincidir com os rituais da primavera de outros cultos e escolas de mistérios contemporâneos. (grifamos)
Assim, para levar adiante tal pretensão, todos os elementos dinásticos e políticos foram rigorosamente expurgados da biografia de Jesus. Todas as referências aos zelotes, assim como aos essênios, foram removidos. (grifamos)
Enquanto a "mensagem" evoluía desta maneira, a família e seus aliados não parecem ter ficado inertes. Julius Africanus, que escreveu no século III, narra que os membros sobreviventes da família de Jesus acusaram amargamente os governantes de Herodes de destruir as genealogias de judeus nobres, removendo assim todas as evidências que pudessem desafiar sua pretensão ao trono. E estes mesmos membros teriam "migrado pelo mundo", carregando consigo algumas genealogias que escaparam da destruição de documentos ocorridas durante a revolta de 66-74 d.C. (Eisler, Messiah Jesus, p. 606.)
Para os disseminadores do novo mito, a existência da família representava uma perigosa ameaça ao mito e toda menção a uma família nobre ou real, a uma linhagem, a ambições políticas ou dinásticas. (grifamos)
Daí a intolerância dos padres da Igreja dos primeiros séculos, em relação a qualquer desvio da ortodoxia que desejavam impor. Daí também, talvez, uma das origens do anti-semitismo. De fato, ao culpar os judeus e "aliviar" os romanos, os "seguidores da mensagem" e disseminadores do mito teriam conseguido um duplo objetivo. Não só teriam tornado o mito e a mensagem digeríveis para uma audiência romana como também teriam impugnado a credibilidade da família, uma vez que ela era judia. (grifamos)
Todos esses elementos asseguraram o sucesso da disseminação do que se tornou a ortodoxia cristã, que se consolidou no II século d.C., principalmente através de Irenaeus, bispo de Lyon, por volta de 180 d.C., que se dedicou a dar uma forma estável e coerente à teologia cristã, em seu volumoso trabalho " Libres Quinque Adversus Haereses" (Cinco Livros contra heresias) que catalogou todos os desvios da ortodoxia e os condenou veementemente. Deplorando a diversidade, ele sustentava que só podia existir uma Igreja válida, fora da qual não haveria salvação. Quem desafiasse essa afirmação era considerado herético, devia ser expulso e, se possível, destruído. (grifamos)
Entre as diversas e numerosas formas de cristianismo inicial, o gnosticismo incorria na ira mais injuriosa de Irenaeus. O Gnosticismo repousava na experiência pessoal, na união pessoal com o divino. Para Irenaeus, isto minava a autoridade de padres e bispos, dificultando a imposição da uniformidade. É o primeiro escritor cujo cânone do NT condiz essencialmente com o atual.
É razoável afirmar que Irenaeus calçou o caminho para o que ocorreu durante e imediatamente depois do reino de Constantino, sob cuja égide o Império Romano se tornou, um Império cristão. (grifamos)
A tradição conta que Constantino teria tido uma visão reforçada mais tarde por um sonho profético - de uma cruz luminosa pendurada no céu. Uma sentença estava supostamente inscrita na cruz - In Hoc Signo Vinces (Por este sinal conquistarás). Constantino então, encomendou para suas tropas escudos contendo o monograma cristão; as letras gregas Chi e Rho, as duas primeiras letras da palavra Christos. Como resultado, a vitória de Constantino sobre seu rival Maxentius na ponte Múlvia veio a representar um triunfo milagroso sobre o paganismo.
Com base nisso, a Igreja pensa que Constantino converteu o império romano ao cristianismo. Na verdade, ele não fez isso. Para verificar o que ele fez, devemos examinar as evidências mais de perto.
Em primeiro lugar, sua conversão não parece Ter sido cristã, mas descaradamente pagã. Ele parece Ter tido algum tipo de visão, ou experiência divina, nos aposentos de um templo pagão a Apolo. Segundo uma testemunha que acompanhava o exército de Constantino na época, a visão era o deus sol, a deidade adoradas por alguns cultos sob o nome de "Sol Invictus", o invencível sol.
Ele não fez do cristianismo a religião oficial do Estado romano. Ele atuou como principal sacerdote, do"Sol Invictus" e, nessa época, as moedas, faixas imperiais e em todo lugar, circulava o emblema pagão.
Só em 337, foi convertido ao cristianismo e batizado, quando jazia em seu leito de morte. O monograma de Chi Rho foi encontrado numa tumba em Pompéia, 250 anos antes.(ver Halsberghes, The Cult of Sol Invictus. O autor explica que este culto foi levado a Roma no século III d.C., pelo Imperador Elagabalus. Quando Aureliano introduziu sua reforma religiosa, esta era na realidade, o restabelecimento do culto do sol invictus na forma que havia sido originalmente introduzido).
Esse culto, essencialmente monoteísta fez a ortodoxia cristã florescer sem ser molestada.
Constantino decretou também, em 321 d.C., o dia de repouso no Domingo, "dia venerável do sol e os cristãos se adaptaram, o que ajudou a dissociação de sua origem judaica.
Além disso, o nascimento de Jesus fora celebrado até o século IV, no dia 6 de janeiro. Para o culto do sol invictus, contudo, o dia crucial do ano era 25 de dezembro - o festival de natalis invictus, o nascimento (ou renascimento) do sol, quando os dias começam a ficar mais longos. Novamente o cristianismo se alinhou com o regime e a religião do Estado estabelecida.
O cristianismo também se alinhou ao Mithraísmo que celebrava seu nascimento em 25 de dezembro. Enfatizava a imortalidade da alma, um julgamento futuro e a ressurreição dos mortos.
Constantino consolidou, em nome da unidade e uniformidade, a condição do cristianismo ortodoxo. Em 325 d.C. convocou o Concílio de Nicea, onde foi estabelecido a Páscoa e decidiu por voto (218 pró e 2 contra), que Jesus era um deus. (grifamos)
Um ano após o Concílio de Nicea, Constantino mandou destruir o que desafiava a ortodoxia cristã, e permitiu que fosse instalado o bispado de Roma no palácio Lateran. ( Só em 384 d.C., o bispo de Roma se autodenominou "papa" pela primeira vez.)
Nota: Em 303 d.C., um quarto de século antes, o imperador pagão Diocleciano havia se empenhado em destruir todos os escritos cristãos que pudessem ser encontrados. Como conseqüência, os documentos cristãos - especialmente em Roma - haviam desaparecido.
Quando Constantino permitiu encomendar novas versões desses documentos, isto possibilitou que os guardiões da ortodoxia revisassem, editassem e reescrevessem seu material como bem entendessem, de acordo com suas próprias doutrinas.
O NT, como ele existe hoje, é essencialmente um produto dos editores e escritores do século IV - guardiões da ortodoxia, "seguidores da mensagem", com interesses a proteger.
Quanto à família de Jesus, mesmo de seu exílio incógnito, as pretensões e a própria existência da família teriam exercido um apelo poderoso que representaria uma ameaça à ortodoxia de Roma.
A ortodoxia de Roma repousa essencialmente nos livros do NT, mas ele em si, nada mais é do que uma seleção de antigos documentos cristãos do século IV.
Inúmeros outros trabalhos antecederam o NT em sua forma atual, e alguns deles lançam nova luz, freqüentemente controvertida, sobre os manuscritos aceitos.
Existem os vários livros excluídos da Bíblia que são conhecidos como "Apocrypha", datados dos séculos anteriores e posteriores ao oficial, e podem Ter tanta pretensão à veracidade quanto os Evangelhos originais.
Um destes trabalhos é o Evangelho de Pedro, cuja primeira cópia foi localizada em um vale do Alto Egito em 1886, embora ele seja mencionado pelo bispo da Antióquia em 180 d.C. de acordo com este Evangelho Apócrifo, José de Arimathéia era amigo íntimo de Pilatos, que a tumba onde foi enterrado Jesus, situa-se em um local chamado "O Jardim de José". E as últimas palavras de Jesus na cruz são particularmente chocantes:"Meu poder, meu poder, por que me desamparastes?" (Evangelho de Pedro 5:5) (grifamos)
Um outro trabalho apócrifo interessante é o Evangelho sobre a Infância de Jesus (que data do século II ou anterior).Jesus é retratado como uma criança brilhante e eminentemente humana e temperamental. Um fragmento curioso e importante sobre sua infância, quando Jesus foi circuncidado. Seu prepúcio foi dado a uma velha mulher não identificada, que o preservou em uma "caixa de alabastro que Maria, a pecadora buscou e despejou o óleo sobre a cabeça e os pés de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Esta unção é equivalente a um importante ritual de iniciação. Mas nesse caso é evidente que a unção havia sido prevista e preparada com muita antecedência. E o incidente como um todo implica uma conexão - obscura e tortuosa - entre Madalena e a família de Jesus, muito antes de Jesus embarcar em sua missão aos 30 anos de idade.
A família de Jesus não daria seu prepúcio a uma estranha, além de Ter sido preservado ao longo dos anos para cair em mãos de Maria de Betânia (João 12:3), exceto se ela fosse alguém não muito menos importante e apta a uma iniciação.
Outro fato curioso é a omissão dos zelotes nos Evangelhos canônicos é a omissão dos zelotes, militantes nacionalistas e revolucionários "lutadores pela liberdade", que seriam facilmente vistos como vilões pelos romanos.
Como argumenta o professor Brandon "O silêncio dos Evangelhos sobre os zelotes (...) indica obviamente uma relação entre Jesus e esses patriotas, que os Evangelistas preferiram não revelar".
Qualquer que tenha sido a associação de Jesus com os zelotes, não há dúvida de que ele foi crucificado como sendo um deles.
Em uma famosa e estranha passagem, Jesus anuncia que veio "não para trazer a paz, mas a espada". No Evangelho de Lucas (22:36), instrui seus seguidores que não possuem espada a comprar uma; e após a refeição do festival judeu, ele mesmo averigua, aprovando, que eles estão armados (Lucas 22:38). No quarto Evangelho, Jesus é um pacifista moderado.
Segundo autoridades modernas, Judas, o Iscariotes deriva de Judas, o Sicarii - e Sicarii e Lestai eram sinônimos para zelotes ( Lestai foi denominado aos ladrões crucificados com Jesus e Barrabás).
Na realidade, os sicarii parecem Ter sido uma elite dentro das fileiras dos zelotes, um grupo de assassinos profissionais.
Na versão grega de Marcos, Simão é chamado " Kananaios", tradução grega da palavra aramaica para zelote. Na Bíblia do rei James, a palavra é mal traduzida e Simão aparece como "Simão, o canaanita". Mas o Evangelho de Lucas não deixa dúvidas. Simão é claramente identificado como zelote, e até mesmo a Bíblia do rei James o introduz como "Simão zelotes".
Se a ausência - ou aparente ausência dos zelotes nos Evangelhos é surpreendente, a dos essênios também o é. Na Terra Santa do tempo de Jesus, os essênios constituíam uma seita tão importante quanto a dos fariseus e dos saduceus, e é inconcebível que Jesus não tenha tido contato com eles.
Segundo as narrativas, João Batista seria um essênio.
Os essênios, segundo cronistas da época, começaram a aparecer por toda Terra Santa, ao redor de 150 a.C. e usavam o VT que interpretavam mais como alegoria do que como verdade histórica literal. Repudiavam o judaísmo convencional em favor de uma forma de dualismo gnóstico que parece ter incorporado elementos de adoração do sol e do pensamento pitagórico.
Praticavam curas e eram altamente considerados por sua habilidade com técnicas terapêuticas. Eram ascetas rigorosos e facilmente distinguível pela sua vestimenta branca.
O Manuscritos do Mar Morto refletem sua teologia dualista. Dão grande ênfase à vinda do Messias -"O Consagrado" - descendente da linha de Davi. (Allegro, Dead Sea Scroolls, p.167)
E aderem a um calendário especial segundo o qual o culto do festival judeu era celebrado na Quarta e não na Sexta feira - o que coincide com o culto do festival no quarto Evangelho.
Em vários aspectos importantes, seus escritos coincidem, quase palavra por palavra, com alguns ensinamentos de Jesus que, no mínimo, conhecia a comunidade de Qumrãn e colocou seus próprios ensinamentos, pelo menos em parte, em concordância com a deles.
Embora os zelotes sejam tidos como agressivos, violentos, terroristas e os essênios, ao contrário, pacifistas, gentis, na verdade, os zelotes incluíam numerosos essênios em suas fileiras, pois não eram uma seita, mas uma facção política.
A associação entre os zelotes e os essênios é especialmente evidente nos escritos de Josephus, que forneceram muitas das informações disponíveis sobre a Palestina da época.
José Bem Mathias nasceu da nobreza judaica em 37d.C.Quando a revolta de 66 d.C. irrompeu, ele foi nomeado governador da Galiléia, onde assumiu o comando das forças alinhadas contra os romanos ele parece Ter-se revelado inapto como comandante militar, sendo prontamente capturado pelo imperador romano Vespasiano. Traiu então sua causa, tornou-se cidadão romano, tomando o nome de Flavius Josephus, divorciou-se de sua mulher, casou-se com uma rica herdeira romana e aceitou ricos presentes do imperador romano - que incluíam um apartamento privado no palácio imperial, bem como as terras confiscadas dos judeus na Terra Santa. Pouco antes de sua morte, em 100 d..C., suas copiosas crônicas do período começaram a aparecer.
Em "A guerra judia", Josephus oferece uma narrativa detalhada da revolta que ocorreu entre 66 d.C. e 74 d.C. Os historiadores posteriores aprenderam muito com ele sobre aquela desastrosa insurreição, o saque de Jerusalém e a destruição do templo. E o trabalho de Josephus também contém a única narrativa da queda, em 74 d.C., da fortaleza de Masada, situada no canto sudoeste do Mar Morto.
Assim como Montségur alguns 1200 anos mais tarde, Masada chegou a simbolizar tenacidade, heroísmo e martírio na defesa de uma causa perdida. Assim como Montségur, ela continuou a resistir ao invasor durante muito tempo, depois de cessarem virtualmente todas as outras resistências organizadas.. enquanto o resto da Palestina caía sob o assalto romano, Masada continuava invulnerável. Finalmente, em 74 d.C., a posição da fortaleza se tornou insustentável. Depois de bombardeios com mecanismos pesados de cerco, os romanos instalaram uma rampa que lhes possibilitou quebrar as defesas. Na noite de 15 de abril, prepararam um assalto geral.
Na mesma noite os 960 homens, mulheres e crianças dentro da fortaleza cometeram suicídio em massa. Na manhã seguinte, ao irromperem através do portão, os romanos só encontraram cadáveres entre as chamas.
O próprio Josephus acompanhou as tropas romanas que adentraram Masada na manhã de 16 de abril. Afirma Ter testemunhado pessoalmente a carnificina. E afirma Ter entrevistado três sobreviventes do desastre - uma mulher e duas crianças que supostamente se esconderam nos condutos sob a fortaleza, enquanto o restante das pessoas se matavam.
Josephus relata que obteve desses sobreviventes uma narrativa detalhada do que aconteceu na noite anterior . segundo essa narrativa, o comandante da tropa era um homem chamado Eleazar - uma variação de Lázaro. E parece Ter sido Eleazar quem, por sua eloquência persuasiva e carismática, levou os defensores à sombria decisão. Em sua crônica Josephus repete as interessantes falas de Eleazar, como afirma Ter ouvido dos sobreviventes. A história registra que Masada era defendida por militantes zelotes, e o próprio Josephus usa as palavras zelote e sicarii alternativamente. Ainda assim, as falas de Eleazar não são convencionalmente judaicas. Ao contrário, elas são sem dúvidas essênias, gnósticas ou dualistas.
" Desde que o homem primitivo começou a pensar , as palavras dos nossos ancestrais e dos deuses, apoiadas pelas ações e pelos espíritos de nossos antepassados, têm constantemente impresso em nós que a vida, não a morte, é a calamidade para o homem.”
A morte libera nossas almas e as deixa partir para seu próprio lar puro, onde desconhecem qualquer calamidade; mas enquanto elas estão confinadas em corpo mortal e partilham de suas misérias, na verdade estão mortas. Pois a associação do divino com o mortal é mais impura. Certamente, mesmo aprisionada ao corpo, a alma pode fazer muito: faz do corpo seu próprio destino, movendo-o invisivelmente e impelindo-o em suas ações além do que pode atingir a natureza mortal.
Mas quando liberada do peso que a arrasta à terra, é suspensa acima dele, a alma retorna a seu próprio lugar , e então em verdade, partilha de um poder abençoado e de uma força verdadeiramente desacorrentada, permanecendo tão invisível aos olhos humanos quanto aos olhos do próprio Deus. Nem mesmo quando ela está no corpo pode ser vista; ela entra incógnita e parte desapercebida, possuindo ela própria uma natureza indestrutível, mas causando mudança no corpo; pois o que quer que a alma toque, revive, desabrochando, e que quer que ela deserte, fenece e morre, tal a super abundância que ela tem de imortalidade."
E novamente:
São homens de verdadeira coragem aqueles que, considerando sua vida um tipo de serviço que devemos à natureza, submetem-se sem relutância em liberar suas almas de seus corpos; e embora nenhuma desgraça os pressione ou expulse, o desejo da vida imortal os impele a informar seus amigos que eles partirão.
( Josephus, Jewish War,p.387.400))
nota: É de se admirar um discurso de tal lirismo e profundidade ser repetido por um dos sobreviventes do suicídio coletivo. O máximo que podemos supor, é que Josephus, em sua fala, ele próprio tenha sido envolvido com o comentário e deixado a poesia tomar conta do restante.
Não sendo este o caso, ele poderia Ter aproveitado o discurso de um típico essênio/gnóstico e colocado aí, num gesto de admiração.
É extraordinário que nenhum, até onde sabemos, jamais tenha comentado estas fala, que levantam uma série de perguntas provocantes. Por exemplo, o judaismo ortodoxo jamais fala de uma alma, e menos ainda de sua natureza imortal e indestrutível. Na verdade, o próprio conceito de alma e de imortalidade é estranho à corrente principal da tradição e do pensamento judaicos.
Da mesma forma o são a supremacia do espírito sobre a matéria, a união com Deus na morte e a condenação da vida como má. Estas atitudes derivam, inequivocadamente, de uma tradição do ocultismo. São flagrantemente gnósticas e dualistas. No contexto de Masada, são caracteristicamente essênias.
No quarto Evangelho, os discípulos desejavam se juntar a Lázaro na morte. É possível que os defensores de Masada incluíssem alguns seguidores da linhagem de Jesus

Com o fim das anotações documentais sobre a vida de Jesus e as conseqüências dos fatos gerados, ficam no ar infinitas perguntas, todavia, algumas de relevante importância devemos formulá-las já:

—A primeira vai ao endereço da última “linha” da transcrição. Antes, um esclarecimento; independentemente dos comentários que se lê na matéria transcrita, os documentos encontrados em Nag Hammadi explicitam que Jesus tinha total percepção da vida transcendente, ensinou sobre a eternidade do espírito e os limites da validade da vida material.

Assim, por que existem documentos que atestam a importância do “espírito” e outros que criam uma preocupação com a “linhagem familiar” de Jesus?

E mais, se ele pregou a multiplicidade das encarnações anatematizada pelo clero e, sendo ele quem os documentos afirmam que era, não bastaria, para tanto, reencarnar em qualquer família e atingir seus objetivos? Ah..! mas aquela, é uma “família” real..! Bem, sendo ele quem é, viria, obviamente, nascer em “berço real”, quem poderia exercer controle sobre isso aqui?

Portanto, se forem confirmadas essas informações, coisa que mais parece desencontro de informações documentais, já que é sabido que a ortodoxia católica do terceiro e quarto século fez até o impossível para “riscar do mapa” a existência humana de Jesus e possíveis descendentes e, assim, a própria existência de Jesus deixa de ter sentido lógico, pois, conforme se lê, ele não teria enfrentado o martírio, exercício que até “pequenos heróis” fazem questão de passar para perpetuar suas convicções.

Apesar da brutalidade encontrada na História contra quem vem para mudar o rumo evolutivo do Ser Humano, é justamente essa que impregna na consciência coletiva o propósito de quem se martirizou. Se, de fato, a crucificação fora forjada em relação ao “mártir do calvário”, uma revisão profundamente filosófica haverá de prevalecer, pois tudo indica a existência de duas correntes de seguidores; uma, a que predominou por dois milênios no ocidente, cuja visão religo-econômica dominou o mundo até o presente.

Outra, a que se escondeu pelos mesmos dois milênios buscando preservar a “realeza” através de uma “linhagem” para, em momento oportuno, cobrar direitos de usufruir o “poder” que julga ser próprio.

Bem..! O discurso divulgado pelos documentos arqueológicos e, mesmo os distorcidos pelo clero, nos conduzem à direção diversa quanto ao conceito de “riqueza” pregado por Jesus sendo ele humano ou o “deus” torto propagado pela igreja.

Ora..! Alguns documentos comprovam que um Ser Humano que chega a ser confundido com Deus, morreu na cruz, no mínimo como um fenomenal herói e, outros, dizem que este “fugiu” para constituir família.

Que existe uma espécie de desentendimento não resta dúvida. Há, contudo, a tese da existência de filhos de Jesus, se isso vier a ser confirmado é bem possível que estes tenham consolidado posições através das narrações criadas garantindo status hierárquico por meio de um ardil histórico o que, por sua vez, comprovaria que nem sempre os filhos são a continuação do pensamento dos pais.

O certo será aguardar as confirmações dos especialistas para, dentro de um contexto global, obtermos uma visão equilibrada da realidade histórica.

Por todos esses entraves é que quem vos escreve é exaustivamente repetitivo afirmando: “...—O que importa o personagem histórico? Valem sempre os ensinamentos deixados por quem quer que seja, essa é a tese!”

A partir deste ponto far-se-á alguns comentários sobre o conteúdo das escrituras atribuídas a Dídimo Judas Tomé, por isso, este que vos escreve achou por bem, separar a escrita em duas partes (como o Dídimo), na verdade, é como se faz contato com elas nas descrições apresentadas pelos especialistas.

Os nossos objetivos e motivos, porém, são outros, ocorre que a leitura das narrativas de Tomé apresenta aspectos que chamam a nossa atenção para fatores que vêm de encontro ao tema defendido no nosso trabalho, particularmente aos aspectos filosóficos e aos contrastes da narrativa com as atitudes de Jesus divulgadas e trazidas no tempo pelas escrituras encontradas, formas de interpretação que buscaremos através da lógica, da razão e, se possível, uma boa dose de equilíbrio expressar considerações às palavras contidas nos documentos em mira.

O correto será iniciar transcrevendo as partes citadas e isso seguirá a ordem passando-se pelo “Evangelho de Tomé” nas suas 114 logias enumeradas e posteriormente a narrativa da “infância de Jesus” parece, todavia, que os especialistas preferiram a ordem inversa, talvez haja um enfoque técnico nisso?

O nosso interesse, contudo, é voltado a filosofia no caso presente e quer nos parecer que a primazia do Evangelho deve preponderar pela seqüência do diálogo descrito ao tempo que Jesus exercia sua pregação. Ademais, a citada narrativa pareceu-nos excessivamente dramatizada, causando a impressão de uma autoria diversa passando-se pelo “evangelista tardio”.

As logias condizentes com a proposta desta obra serão comentadas na seqüência em que se apresentam, eventualmente, aquelas que não apresentarem interesse para apartes serão seguidas ordenadamente sem intervalo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu ponto de vista, escreva o quanto e o que quiser, lembre-se que você não existe só, pense no próximo positivamente e assim você será lembrado, a moderação é absolutamente liberal, mas não cega: