A razão é virtude em extinção, neste espaço se tenta preservar essa conquista desprezada, lembrar que a vida não está resumida à frágil visão humana.

PENSE

Seja ambicioso nos seus desejos, busque sempre o que é infinito, eterno, completo e intransferível.

O maior bem que se pode conquistar é a perfeição, seja sábio e não se contente com menos.

A matéria é apenas a mina onde garimpamos nosso conhecimento, cada pedra do nosso caminho é o tesouro que buscamos ainda bruto e aguardando lapidação.
Tenha sempre em mente essa idéia e nada haverá de lhe faltar.
Venha ser alguém que acrescenta algo à existência sem exigir mais do que ela lhe dá.

SALVE O MUNDO, COMECE POR ALGUÉM!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

LIVRO I - UM ENFOQUE RACIONAL - PARTE V-B


Capítulo (VI) - O princípio vital:” questões de (60 a 75).

Cabe a este capítulo[1], uma reflexão prévia, concernente à sistemática e contínua contestação que se desenvolve até o início deste.

Nega-se estar  integralmente de acordo com o que se expõe a seguir, contudo, quer nos parecer que o teor das informações, definitivamente partem de uma inteligência de muita ponderação e a participação "mediúnica" (afirmação daquele autor), é aparentemente eficiente, não se nesse trecho, respostas descabidas ou absurdas que chegam mesmo a contrariar as leis naturais, existem sim.., aspectos indeterminados, do ponto de vista puramente materialista, ou seja, não é possível se contradizer uma informação específica do Universo espiritual, pois faltam argumentos fundamentais que, ou por desconhecimento ou deslembrança (a nível da reencarnação), escapam-nos. Como seria viável dispor contra-argumentos a determinados aspectos espirituais se a simples visualização destes é impossível? Que se dirá dos mais entraves naturais à nossa condição de "encarnados"? Como proceder uma análise, uma verificação, mesmo superficial de coisas que os sentidos ou mesmo aparelhos sequer resvalam? Por isso é mais fácil descrer!

É claro que o senso lógico admite a espiritualidade, mas.., daí a discutir algo que é apenas dedução por um lado e aceitação por outro..! É um longo caminho! Aceitar as informações espirituais é até menos do que teorizar sobre esta área do conhecimento. Tenha-se como verídicas tais informações, tanto quanto a razão possa admitir e veremos que as evidências nos dão mostras da espiritualidade, não porém, do modus-operandi deste Universo. É muito simples notar a fragilidade das tentativas de mostrar-se as condições de vida ou sistemas de atividade espiritual, todas as vias de acesso a estemundosão mediúnicas (acredita-se ou não), não há apreciação por contato direto, existe, portanto, uma dependência intransponível da imaginação mental, uma elementar observação demonstra isso, notem.., pelo fato de não se ter o toque, a visão, a palavra viva, o olfato, paladar, ou seja, os sentidos concretos, sobram os sentidos tidos como subjetivos e, nesse ponto justamente, a mente imaginativa opera, ela processa informações amoldando-as e, até mesmo, criando modelos inteligíveis ao nossos sentidos comuns, ora..! Quando se fala que um "espírito ", a imaginação nos proporciona a melhor imagem possível de um "corpo" animado, no qual, através dos olhos, se imagina que ele (o espírito) .

O espírito não tem obrigatoriamente um "corpo" e o que nos é transmitido também é imaginativo e, por comparações, mesmo que afirmativas a respeito de um "molde" (quando se fala de "perispírito[2]"). Portanto, qualquer informação "espiritual" é inegavelmente subjetiva e o que se "imagina" passa a ser tido como verdadeiro, processa-se, neste caso, ocorrência idêntica da criação, há milênios, de umdeus à nossa imagem e semelhança, processo conhecido por antropomorfismo, nesse caso, agravado por condicionar a existência da espiritualidade ao nosso modo de vida.

E isso é fartamente verificado na literatura espírita, onderomantismo dos autores se confunde com as informações espirituais, transmitidas, mais ou menos, através de quadros que se projetam na imaginação e a esta altura confundindo a propriedade do "quadro", se é deste ou daquele, ou seja, médium ou espírito, se então.., "espíritos que comem macarrão", que "habitam casas, como nós encarnados", que "sofrem cirurgias, como se estivessem na matéria". E muito mais..! Descrevem situações de anomalias patológicas, revelando uma série de colocações médicas e um número imenso dessas informações são simplesmente desmentidas por comprovações científicas, no entanto, continuam sendo publicadas e muito vendidas e um número ainda maior de crédulos investem contra as demonstrações da ciência em favor da pretensaverdade mediúnicaimpressa.

—... Quem assim escreve, nunca presenciou uma "sessão de materialização”! estão gritando os "reveladores de plantão"! Afirmo, para estes, que as formas obtidas por meio da chamada semi matéria ouectoplasmacomo é vulgarmente conhecida, sãoimaginadas” e aceitam qualquer modelo que a imaginação tanto nossa, quanto a espiritual determinar e a figura humana é facilmente “desenhadapela mente, portanto, a aparência observada em qualquer sessão especializada nessas aparições não é obrigatoriamente a dos espíritos.

Espírito independe de uma forma (cap. 10) definida, eles mesmos o afirmam..! Para entendê-los não precisamos dar-lhes uma! Muito menos criar-lhes condições de vida à imagem da nossa, pois que se assim fosse, para que seria necessária a matéria? Uma vez que ""; na espiritualidade, se dispunha de tudo. Não..! Existe, , um grande emaranhado de informações confusas, por falta de palavras, os espíritos usam de figurações e estas, ao invés de serem tomadas por comparativas são, via de regra, levadas literalmente como descritivas de situações ou objetos e, por analogia direta, formou-se um espelho humano com a imagem espiritual, teoricamente indefinida, com todas as prerrogativas do conceito.

A literatura espírita apenas deu ênfase à ficção romântica, enquanto que, antes, o clímax de uma novela era o casamento com umpríncipe encantado” e o fim culminado com a morte do “algoz”, hoje se inicia um novo conto através da passagem de uma vida para outra.

E, na verdade, uma obra vende mais se “escritapor eles, os “espíritos”; mesmo que não tenham sido “eles”, os autores.

Podemos, após estas considerações, voltar ao “Princípio Vital”.

A questão 60  pode ser respondida que a energia eletromagnética é responsável por qualquer ligação molecular de matéria que existe.

Para a questão 61 temos que uma tabela periódica foi montada com os 109 (constantemente esse número cresce) elementos do Universo e toda a matéria tem um ou mais destes elementos, mesmo que se descubra outros, eles se encaixarão nesta classificação seqüencialmente, pois não existiria o elemento 82,35” em hipótese alguma.

Questão 62 pergunta sobre a animalização da matéria e é respondida afirmando-se a ligação com o princípio vital, perguntamos então:
E a “vegetalização” como fica? Não é vida? Aparentemente a palavraanimalização” tem propósito dúbio, ou foi empregada com sentido deanimação, expressão dinâmica de vida, vegetal ou animal.

As questões 63 a 70 referem-se ao “princípio vital”, energia ou sistema além do alcance do nosso conhecimento, impossível portanto, discuti-lo, contudo, um breve estudo, sem muita profundidade, sobre as funções genéticas deixam claras as evidências de que a organização biológica e as atividades termoquímicas condicionam as probabilidades da vida dinâmica, é até possível se admitir uma provocação inicial na natureza (orientação inteligente), ainda que de origem completamente desconhecida, é plenamente racional questionar:

Por que a função universal se orienta para a vida? A matéria e a energia poderiam ser tudo, mas não é o que ocorre, a energia dirige a matéria até acontecer uma organização que propicia a expressão de vida! Há sem sombra de dúvidas, um impulsivo movimento evolutivo nesta direção e isso pode ser entendido por fluido vital, ou princípio, ou força; pouco importa.., no entanto, não se concebe vida apenas considerando, simplesmente, um aglomerado de matéria organizada. A propositura, desconsideradas as designações (nomes ou tipos), é satisfatoriamente lógica e o bom senso não a recusa.

Especificamente se projetando sobre os comentários do professor, concernindo a questão 70; pode-se conjeturar algumas idéias, ainda que interrogativamente. Suponhamos uma estrutura de sustentação viável à teoria do fluído vital (entendido por Expressão Inteligente, nunca porém, como agente gerador de vida, pois temos contato com as conseqüências), não vamos simplesmente aceitá-la como se fosse um postulado, apenas por ser uma afirmação possivelmente espiritual; ainda que exista uma evidência inexplicável na manifestação vital, essa está presente mesmo que a Inteligência (Espírito) não seja, aparentemente, integrante do sistema; vamos tentar um caminho que pelo menos a justifique. Inicialmente, devemos entender que a organização biológica, seja esta como for, é responsável pelo exercício de vida, é óbvio contudo, que esta organização não implica em vida, esta apenas possibilita a “vida”, por analogia, é idêntica a um equipamento, está completo, no entanto, se manifesta quando alimentado por energia, não se deve, porém, pensar em vida como corrente ou "fluido"; vida pode ser entendida por individualidade, porque sempre, de uma ou de outra forma, primitiva ou evoluída, ela manifesta Inteligência”, em determinados casos seria até discutível teorizar emquantas de vida, onde prevalece a coletividade primordial, porém, inteligência ou vida em jorros ou torrentes, com sentido absoluto de continuidade, nunca.

Como foi citado nos capítulos inaugurais deste trabalho, se nós entendermos o "Universo como um viveiro em si", aceitando, desta forma, a lei da evolução até as últimas conseqüências, o referido “fluido vital”, em tese, poderia, de fato, estar “exercitando” ser vida; vejamos por partes:

Aceitamos uma Fonte como origem, esta manifesta-se inexoravelmente criando e administrando o que cria, evolutivamente, as emanações criadas desenvolvem-se atravessando todo o processo imposto, em determinado ponto evolutivo, inicia-se a expressão dinâmica de vida, isto porque não podemos afirmar que a matéria, como um todo, não é vida, apenas porque não a entendemos como tal. A dinâmica de vida é, em última análise, uma forma comunicativa, sendo até grosseiro.., nós entendemos a vida, quando esta nos grita” “EU VIVO, quem duvida que os vegetais nos comunicam vida por meio de expressões manifestas em outra escala de tempo?

Nós entendemos, perfeitamente, quando existe movimento  provocado apenas por leis físicas externas e não aceitamos e nem devemos aceitar isto como manifestação de vida, no entanto, se evolutivamente todo o Universo é vida, esteque se manifestar e uma possibilidade de atitude (atitude é manifestação, não inércia) poderia ser denominada fluido vital; sim! Mas, o que seria afinal, o fluido vital?

Tecnicamente, o conjunto de emanações em fase de transição embrionária espiritual, ou seja, aquilo que entendemos por matéria/energia, transformando-se em "Inteligência". Absurdo? ...Também achávamos absurdo que uma espécie de ratinho (Dryopithecus), com dentes de coelho, que evoluiu provavelmente, de uma ou outra bactéria (teoria heterotrófica), que, por sua vez, veio de um aglomerado de elementos minerais(formação de aminoácidos, princípios protéicos, etc...), pudesse eclodir no Ser Humanoque hoje se superestima em “homo-inteléctus” e, no entanto, continua sendo um amontoado de elementos[3], materialmente falando. É verdadeiramente um exagero o exemplo acima, bastaria citar que a partir de um espermatozóide e um óvulo, se tem um processo impressionantemente complicado, que passa por "infinitos" estágios e é praticamente impossível se entender de vida a partir daí, no entanto, aceitamo-la, apenas por ser um procedimento repetitivo da natureza e somente hoje, no final do século vinte, dispusemo-nos a estudar esta sistemática com profundidade e geneticamente, começa-se a descobrir que a vida é infinitamente complexa (projeto Genoma[4]) independente das ligações com a Expressão Inteligente.

A "organização" deve ser entendida como um todo, isto é, ou ela vale para tudo (espírito e matéria), ou vivemos o caos e isso, sabidamente, é impossível!

É claro que sempre que se propõe uma idéia, automaticamente se adquire o direito de ser criticado, critiquem, por favor, mas... não pela idéia de fluido vital conotado à teoria da geração espontânea, adota-se tal designação apenas por se encaixar perfeitamente a proposta de vida, ou então  pergunta-se:

Apenas a ocorrência de uma organização biológica provoca  a manifestação da  vida? Se assim for; desnecessário se faz continuar esta obra! De certa maneira, é a vida quem induz a organização, ainda não se explicam as razões, mas existe pré-incidência, pois ocorre  uma estrutura primária e, inegavelmente, se nota manifestação vital (embrião animal ou vegetal), um embrião não é uma estrutura completa, entretanto, ainda dependendo da matriz biológica, vive. À toda vida corresponde obrigatoriamente, uma inteligência; de que tipo ou qualidade não importa! O conjunto universal é inteligente; não o é realmente, quem não enxerga isto!
Assim, chegamos até a visão "Kardequiana" concernente à inteligência e “instinto, um trecho de cinco questões, que seriam suficientes para um tratado, pois, é justamente esse, o ponto de convergência de todas as atenções, quando se pensa em espírito.

Um oceano.., onde todas as coisas do Universo estão imersas e os que são aptos absorvem, o resto flutua e obedece as ‘ondasque leva tudo a um determinado objetivo. Uma peculiaridade particular de determinados seres possibilita que estes a transformem em pensamentos, comunicabilidade, consciência da existência, sendo assim, entendidos como indivíduos. Esse conjunto de identidades, é designado pelo "Livro Dos Espíritos", como sendo “inteligência”. Por si, uma idéia ilógica, como veremos adiante.

Este prossegue e afirma que existe ainda uma espécie de “subinteligência”, ou inteligência primitiva, denominada de “instinto”, coloca-a como mais direta e menos ou nada racional, no entanto, mais segura e confiável que a razão, porque jamais se transvia e manifesta-se espontaneamente quando provocada. A impressão que se tem é que o instinto seja algo que fica “boiando” no “oceano” da inteligência e a ele nos agarramos, para não nos afogarmos[5].

Essa é a mesma visão que, infelizmente, coloca "Deus" numa "caixa", porque também não entende a inteligência, diferentemente do “Princípio Original”, ouCausa Primária”, ou aindaDeuscomo é designado, a inteligência oferece superfície de contato para que seja entendida, como foi citado acima, ela, “apesar de não física, não é abstrata”, muito pelo contrário é, isto sim,.. extremamente consistente e nunca deixa dúvidas de sua atuação.

Ela é plenamente identificável tanto pelo aspecto material quanto espiritual, pode sim.., ser pouco entendida, devido à complexidade de sua abrangência é, no entanto, possível de ser separada em muitas partes de um todo, segundo sua forma de ação ou características particulares e, se tem, com certeza, a confirmação da individualidade, a própria idéia é auto explicável, converge para isso! Ocorre, porém, uma semelhança bastante acentuada no sentidodirecional” (evolução) de indivíduo para indivíduo (nas gerações isoladas) e isso, provavelmente, criou a impressão de unicidade (ligação coletiva de pensamento indutivo, cap. 14), provavelmente, o mesmo erro constatado na visão panteísta de Deus.

Segundo a forma materialista de entender-se a inteligência, ela seria uma espécie de receptáculo, com uma grande quantidade de recursos para manipular o conhecimento acumulado, na forma de informações sensitivas ou comunicativas, as células (neurônios) responsáveis pela administração do sistema produzem uma série de ligações eletrobiológicas[6] e, conforme a posição destas ligações as informações, são armazenadas para posterior utilização há, ainda, o acúmulo de informações genéticas que foram impregnadas nos cromossomas das células, com o passar das gerações das espécies é, talvez aqui, que ocorra a maneiratorcida” de entender o instinto.
Pois bem..! essa visão da inteligência é puramente biológica e acaba quando a matéria se desorganiza e perece, ficando apenas o que esta transmitiu em vida, genética ou comunicativamente, pelo processogiade” na fita do DNA ou por lembrança respectivamente.

É tão convincente e forte esta mentalidade, que grande parte da humanidade aceita essa tese como definitiva e tira, ou sofre, tudo da vida biológica, como sendo aqui sua única oportunidade de participar do contexto universal.

É muito curta e infeliz essa visão! A inteligência do ponto de vista materialista, não transcende, é pobre.., não se trata de romantismo, é a verdade mais pura e singular que se possa ver.

Por que ela absorve informações? Por que tem sede do saber, se tudo acaba aqui? O que provoca a organização neural para produzir as sinapses.., a eletricidade? Sim..! Então, o que a usa? Qual seria a finalidade evolutiva?

Aceitar isso por explicação final não justifica a existência universal, é simplesmente paradoxalcrescerpara morrer, aprender para descartar, evoluir para extinguir, bastaria inexistir. O ser inteligente utiliza o complexo biológico para se manifestar, e sim, valem todas as teorias materialistas acima.

Há, sem sombra de dúvidas, um erro sutil de entendimento entre inteligência e mecanismo.

A inteligência pode, sem medo de errar, ser entendida como o Ser e, o complexo biológico, sua ferramenta. Este se manifesta através desta, o sincronismo é extremamente sofisticado mas, ainda assim, é uma ferramenta e não deve ser confundida com o primeiro.

A idéia de inteligência transcendental era aceita pelos antigos gregos, expressa nas afirmações dos grandes filósofos, Anaxágoras que propunha a separação entre o acúmulo do conhecimento (cultura) e a inteligência que seria justamente a capacidade de acumulá-los e isto seria possível em ela sendo “Alguém, encontraremos Sócrates falando em moral psicológica, Platão exacerbando o realismo, o existencialismo passa então, a ser visto pelo aspecto psicológico, até que estes sejam estudados na idade média por “Tomas de Aquino” (eleito “Santo”), dando origem a “Escolástica”, uma entidade filosófica que classificava a psicologia como sendo o estudo da alma como integrante substancial do corpo e interagia neste por meio de determinada potencialização. Depois, segundo Descartes, a psicologia poderia ser entendida como ciência dedutiva. Entretanto, no século XX esta foi aceita academicamente, passando a fazer parte integrante dos currículos de graduação científico-profissionais.

São inúmeras as correntes doutrinárias, concernentes às idéias do psiquismo, obviamente por causa do próprio subjetivismo do estudo, no entanto, continuam a se destacar duas linhas de pensamento, ainda antagônicas, claro que são, a materialista e a espiritualista.

A ciência demonstrativista tem, por obrigação, ser fria, definitiva e, se não comprova, apenas especula, então, por conseqüência natural, condiciona os atos reflexos e inteligentes em um único centro de atenções o “ID” considerando, logicamente, o fim de tudo com a morte biológica.

Hoje, a mentalidade humana permite a ciência ser mais interativa e abrangente admitindo especulações mais sutis, perquirir em áreas onde antes não se admitia sequer conjecturas, logo, isto se converteu em vantagens para o conhecimento e sendo assim, alguns ramos da ciência “navegam” em setores onde a vida e a morte biológica são apenas pontos referenciais. Sono regressivo através da hipnologia, traumas “pré-uterinos”, sensores eletrônicos da aura, paranormalidade, espécime auto-sensitivo, etc.., são termos muito difundidos, a nível de investigação e entendimento científico, no mundo todo.

Veremos esta tendência numa transcrição feita do livroPsicologia Científica Geral”- M.C. Maria- 6ª edição: Inteligência é um dinamismo psíquico ordenado à razão do Ser. O dinamismo intelectual é de natureza psicológica e não fisiológica, é a consciência e não o cérebro quem conhece, embora a consciência use sempre o cérebro como indispensável causa instrumental. A inteligência é, portanto, um dinamismo psíquico, funcionando numa integração somática. A inteligência é cognição e não ação. A inteligência conhece o Ser tal como ele se comporta, o Ser em suas manifestações. Igualmente é capaz de conhecer a essência do Ser, conhecê-lo como essencialmente é. Portanto, a inteligência conhece o Ser concreto e o abstrato, o Ser individual e o universal[7], enfim, o Ser em todas as suas manifestações e modos de existir.”.
Vê-se, claramente, a ligação de inteligência ao “espírito”, a palavra mencionada foi “essênciaaliás, este parágrafo quase transcreve o “conhece-te a ti mesmo e deixa inegável a concepção científica da consciência independente do cérebro (ferramenta), ora..! Se a consciência independe do cérebro para existir, a ciência, implicitamente, aceita-a fora da matéria, ainda que não explique como.

O segundo ponto, também conflitante, citado na obra "Kardequiana", refere-se ao instinto, classificando-o como "inteligência primária". Conforme a visão Psicanalítica atual, o instinto é uma expressão básica do inconsciente, um impulso primário de vitalidade, seria, em tese, a utilização da estrutura genética de informações garantindo a preservação e a integridade da vida, ao tempo que seja a mola impulsora do desenvolvimento geral, da manutenção e atualização do seu próprio Ser, vem a ser a própria manifestação dinâmica de vida, independentemente de estar consciente ou saber, a dor, a fome, a alegria, o prazer, são sentidos manifestos de vida e é o instinto o maestro de toda esta orquestra, responsável direto pela expressão vital, separado do intelecto-racional.

O instinto, tendências, ou impulsos inconscientes como é hoje conhecido, foi detalhado pela Psicanálise em três níveis de dois estágios cada, sendo esta classificação descrita conforme segue: Nível Psicobiológico, bipartido em (autopreservação e sexual). Nível Psicossocial, bipartido em (sociabilidade e auto-afirmação). Nível psicoespiritual, bipartido em (cogitação existencial e auto-transcendência) e pela designação adotada, cada nível se auto identifica e explica.

Teríamos obras para cobrir o território de um pequeno país, todas, sem exceção, demonstrando que a inteligência tem como parte de si o instinto e que esta, independe por existência, mas não por manifestação do Ser biológico.

Em última análise, a inteligência é a outra face do Universo, coexiste a este e não meramente neste, em suma, é o objetivo deste e, ao mesmo tempo, o seu sustentáculo, uma simples observação nos revela o que realmente somos e onde alcançamos, ainda que na condição de inteligências  com muitas limitações, devido à capacidade  do nosso parco conhecimento, façamos um pequeno teste:

Imaginativamente, visualize uma imagem da nossa galáxia, utilizando-se da memória visual, imagine esta entre outras e perceba que, o que é imensurável aos olhos, a mente monta como se este conjunto fosse pequeno, podemos, então, sentirmo-nos neste local, comodamente observando infinitos sistemas e  note; ninguém estranha esta sensação, porque ela é fugaz e natural, mas veja a abrangência da idéia, virtualmente você sentiu um pedaço enorme do Universo ao seu alcance, subjetivamente, o intelecto é maior do que tudo o que  pode entender, de certa forma, você embutiu uma fatia enorme do Universo na sua projeção mental e isso significa que, ou a inteligência é maior que o Universo ou é paralela a este, podendo contê-lo numa simples visualização do todo, ela não ocupa espaço, entretanto, pode tomar conta dele todo e, na verdade, todas as inteligências podem, ao mesmo tempo, assim agir sem,  no entanto, interferir com este, ou umas com as outras. Ora..! Isto é a imaginação! Mas..! claro que é! E ela, o que é..? Senão nossa maneira de ser? Esta se desenvolve e projeta, produz, participa, sofre, vive afinal, é o que somos, o Universo na sua fase final de evolução pretendida, para assim dar prosseguimento ao seu próprio princípio e existir.

O instinto, por sua vez, é plenamente compatível ao conhecimento, não sendo nem primitivo, nem básico e a melhor forma de sentir esta proposta está num exemplo novamente imaginativo, vejamos, do menor ponto que se entende vida ao nosso modo de ver:

Um fungo vegetal, uma provável forma primordial de vida, recebe impressões de várias procedências, acumula-as e passa para as próximas gerações de todas as vegetações que continuarão recebendo e acumulando estas impressões, assim, sucessivamente, teremos estas mesmas impressões no reino animal e, por diante, a inteligência formada carrega estas experiências e começa o uso do raciocínio, que não é senão a manipulação das sucessivas experiências mencionadas, o instinto é reflexo espontâneo, e não teria, aparentemente, relação com a razão, mas é justamente o contrário que ocorre, ele tem e muita relação com a razão e é fácil demonstrar:

Imaginemos um físico, habituado aos cálculos mais intrincados possíveis, aqueles do tipo que exigem dias e mesmo semanas de esforço mental contínuo, qualquer pessoa que questionar algo que seja necessário um cálculo de menor complexidade a este homem, notará que a resposta é verdadeiramente instintiva.

Um raciocínio aparentemente complexo, a qualquer inteligência habituada a executa-los, tem exatamente as características do instinto. E fica a pergunta: onde, na inteligência, podemos situar o instinto?
Ele seria ou não primitivo, primário ou equivalente?

Pessoalmente, o entendo como prática habitual intelectiva, a qualquer nível, e o que foi apreendido sempre estará disponível, hipnoticamente se comprova isto.

O raciocínio, aparentemente complexo, não é senão a falta de hábito no uso de entidades mentais recentes em nosso conhecimento.

As ações repetitivas, tanto intelectivas quanto motoras, tornam-se mecânicas e, portanto, assumem posição onde age o instinto.

Analogamente a um  mecanismo, o instinto seria uma espécie de braço, apto a lançar imediatamente qualquer estrutura mental pré-formada, apenas identificando a necessidade premente, enquanto que a razão agiria em um sistema complexo, processando novas arquiteturas e se adaptando a outras, ainda em fase de ambientação, até torna-las práticas o suficiente para enviá-las ao setor instintivo.

Veja como é fácil de observar: uma criança de nível educacional primário normal se esforça para somar dois mais dois, um adulto, com um nível cultural acentuado, diz que é quatro e, muitas das vezes, sequer entendeu porque respondeu, achando mesmo ridícula a pergunta, dependendo da procedência; isso é instintivo, tanto a resposta quanto a indignação.

Para os gregos, sumérios, persas e outros inventores da matemática, uma resposta tão rápida a uma pergunta dessas seria assustador. O tamanho da capacidade intelectual determina o que é instinto, quanto menor o intelecto, maior o raciocínio (entendido como esforço mental), quanto maior for, menor será a necessidade de raciocinar, pois a entidade mental está pré-formada, aguardando apenas a oportunidade de intervir, encaixando-se perfeitamente a cada ocasião.

A verdadeira arquitetura mental não está propriamente na capacidade de realizar cálculos ou memorizar uma infinidade de dados, um computador faz isso e é considerado burro, essa é simplesmente uma atribuição do intelecto, suas dimensões intelectuais serão consideradas consoante suas prerrogativas gerais; lógica, discernimento, ponderação, compreensão, imaginação, criação, realização, intuição, coerência, resignação, amor, piedade, humildade, reconhecimento, consciência, senso de justiça, etc.., a este conjunto de identidades definidas e outras a definir dá-se o nome de SABEDORIA e esta é  propriedade exclusiva das grandes e verdadeiras Inteligências.

A inteligência, se entendida desde a formação que antecede o embrião espiritual, será vista, também, aprendendo a multiplicar-se celularmente (mitose), ou seja, aritmeticamente, sim..! Ela aprende a desdobrar-se e, com isso, conviverá eternamente, o resultado se nota, inclusive coletivamente, veja; observa-se o desenvolvimento humano em redor de cinco milhões de anos (idéia extrapolada por margem de aproximação), em aproximadamente cem mil anos, o homem mal conheceu o fogo, em cinco ou talvez, dez mil anos, aprendeu a caçar com armas manufaturadas, criou vestimentas, construiu casas, organizou-se socialmente, inventou alguns instrumentos complexos, trabalhou metais e outros; nos últimos cem anos, dominou grande parte das ciências e é dono de uma tecnologia assustadora e, hoje, contabilizando os últimos trinta anos, conquistou o espaço e, seguramente, viajará pelo Universo e dominará a energia em todos os aspectos. A progressão é geométrica, a ponto de hoje, se contabilizar um dia por cem ou mais anos das civilizações antecedentes à nossa.

A ação intelectual, identicamente às células, multiplica-se, abrangendo um contingente cada vez maior de identidades, fazendo-me entender melhor, isto significa que um mais um são apenas dois, porém, depois de um tempo relativamente curto, teremos que dez milhões mais dez milhões serão vinte milhões e isso ocorre de um único salto na somatória e nãomeios de parar essa evolução.

O conhecimento é a conquista experimental das nossas múltiplas vidas, nos vários planos existenciais, intelecto-espiritual e biológico-material é, entretanto, fonte inesgotável, maior que a nossa sede possa sorver, é instrumento de evolução e pode ser comparado a uma corrente de águas cristalinas onde.., quantos mais desta beberem, tanto mais a fonte jorrará.

Este busca, enquanto que oferece, projeta, ao tempo que alcança, não tem medidas, cresce sempre, no entanto, nunca se esconde, mesmo que não o encontremos, ergue-nos, ao tropeçarmos, quando não diz, intui, é a única luz na nossa cegueira.

As grandes teorias, via de regra, fundamentam-se na intuição, pesquisa e razão, a tese acima exposta tem noventa por cento da primeira, nove por cento da segunda e, talvez, um por cento da terceira, contudo, é-me impossível ver de outro modo, a Inteligência, ou a eu mesmo!


A dor é o caminho do conhecimento, a primeira coisa que aprendemos é.., gritar!


CAPÍTULO 9

FRONTEIRAS

Além dos limites
Aspectos do “Livro Segundo

Quando se conclui a leitura que se desenvolve sobre inteligência e instinto (comentada acima), na obra do professor Rivail, ocorre, imediatamente a seguir, um bloqueio de informações ponderadas, não que as que se seguem, sejam erradas ou mesmo duvidosas, trata-se, simplesmente, de se discorrer em áreas além do nosso alcance.

Adentra-se, a partir deste momento, no "Livro Segundo" e este intitula-se "Mundo espírita ou dos Espíritos", logo, se não se pretende escrever sobre ficção, praticamente, nada sobra para discussão literária e isso é óbvio ao entendimento, ou se aceita como válidas as informações recebidas dos “espíritos”, ou se teria que discuti-las.

Aceitá-las não se pode, nem se deve, pois a quase totalidade delas são impossíveis de comprovação, discuti-las, então, quiçá, onde encontrar-se-iam subsídios que amparassem uma provocação ou uma réplica questionáveis? como tomar-se-ia conhecimento das descrições ou relatos, de algo impossível de se ter qualquer espécie de contato? Afora o subjetivismo mental, com cem por cento de possibilidades imaginativas, pois, como foi descrito, é esse o único curso de acesso comunicativo entre os doismundos”, considerando a remota probabilidade da via da memória, esta foi, simplesmente, obliterada por processos provavelmente traumáticos, relativos à reencarnação, ou.., pelas atribulações cotidianas da matéria (corpo), esta deixa de ser tão importante, do ponto de vista imediatista e, portanto, persiste o bloqueio. Há, ainda, questionamentos paralelos que pouco vêm ao caso (aspectos mediúnicos, interferência de terceiros e outros), pois estes não alteram, nem para melhor, nem para pior, a situação em voga.

Existem, entretanto, algumas questões que envolvem apenas bom senso e aspectos lógicos, até mesmo para nós, "encarnados"; estas serão comentadas, como o foram as anteriores a esta fase da escrita.

O "Livro Segundo" adentra ao assunto pautado através de um diálogo sobre a origem e a natureza dos espíritos, pede a definição destes e obtém como resposta a repetição de afirmação anterior, “... os Espíritos são os seres inteligentes da criação...”, o desenrolar do questionário é apenas repetitivo até a questão 83, o parecer proposto até o ponto referido é “deles” e o modo de ver de quem vos escreve inicia esta obra (cap.1) e os dois são apenas pareceres, cada qual seguindo sua linha de entendimento, mas nunca, que um ou outro tenha visto a verdade, somente a lógica e o decorrer do conhecimento humano no tempo comprovarão a proximidade da realidade de um deles.

A seqüência nos conduz até a questão 89 e, por uma particularidade de observação, segundo as informações fornecidas pela resposta, tem-se um ponto de vista de quem observa uma ocorrência e diz o que ou entende que :

“...Sim, porém, rápido como o pensamento...”.
Respondendo sobre o tempo de percurso de uma inteligência ou espírito, completa a informação, dizendo que o pensamento e a alma estão sempre juntos, por ser, o primeiro, atributo da segunda.

Uma vez que se dispõe discutir em terreno abstrato, as conjecturas propostas podem ser colocadas à “mesa”, haverá de prevalecer aquela que estiver a “bordo” da realidade, quando esta vier à “tona”.

Portanto, será repetido um trecho do início deste trabalho, para que se teça um comentário dedutivo sobre a referida afirmação:

“...Concluindo..: ou vivenciamos dois Universos, ou a manifestação de duas interfaces se integram num único e absoluto Universo, completando-se mutuamente, ou seja, o Universo espaço-temporal energético-material manifesta a vontade do Universo inteligente-espiritual, sendo, o primeiro, subjetivo ao segundo, isto é, a inteligência espiritual não tem origem no Universo material, porém é processada neste até criar condições de gerenciá-lo, em favor das novas individualidades inteligentes geradas no Universo inteligente-espiritual a partir da Fonte, ou, como a conhecemos; ‘Deus’...”

Quando se aceita a possibilidade de existência de uma interface universal ou um paralelismo, como alguns preferem, a descrição da resposta passa a fazer sentido, entendamos..: o fator tempo não é possível de ser desligado do espaço, o Universo o tem intrínseco às distâncias, as leis físicas são daquelas entendidas como imutáveis, contudo, se for possível conter o Universo, estando a par deste, as distâncias serão apenas sobrepujadas, ou seja, muda-se o ângulo de visão, por exemplo, e se descortina outro lugar, é claro que esta é mais uma teoria, torna-se, porém, bastante plausível a tese, admitindo-se que a Inteligênciatranscende, em muito, o Universo material.

A continuação descritiva na obra do professor nos leva, ainda, até a questão 113, relacionando uma hierarquia espiritual equivalente a qualquer empreendimento empresarial ou organizacional humano, chegando até ao diretor presidente de qualquer entidade destas.

É óbvio que existem classes evolutivas, mas... basta que se entenda genericamente tais classificações (como foi hipoteticamente sugerida, uma possível escala evolutiva no capítulo II deste trabalho),  caso contrário poderíamos, também, separar todos que gostam de “azul”.

                                    Ao deparar-se com a questão 118,  chama a atenção tal pergunta: “Podem os espíritos degenerar?”, a resposta é negativa, Não,..”, o resto é “enfeite literário”, de fato, quando se pára e pensa, vê-se claramente que, se evolução degenerasse, a sua designação seria involução e isso, é inadmissível, logicamente!

Até a questão 127, as questões se desenvolvem em torno do bem e do mal que um espírito possa percorrer. A afirmação é que um ser que comete poucos erros avançará muito mais rapidamente, em sua trajetória evolutiva.

A razão não haverá de concordar tão facilmente com esta opinião:
Analisemos o fato: primeiramente, se todas as inteligências são criadas igualmente e partem de um princípio idêntico, não é possível entender-se diferenças significativas entre elas, mesmo porque isto seria até injusto, o que não se admite, por outro lado, qualquer pessoa deveria, por uma questão lógica, confiar muito mais nos espíritos que foram maus e muito sofreram, pois é óbvio que estes teriam bem mais experiência e sabedoria, por vivência em mais campos do conhecimento e contato, assim.., finalizando o raciocínio, devemos entender que a espiritualidade não é, e nem poderia ser, uma corrida, mas, verdadeiramente, é a existência natural e esta tem tempo certo para tudo e aprender exige cada passo do aprendiz. Quem sabe andar.., caiu muitas vezes!

Indo adiante no questionário, vamos nos deparar com as questões de 128 a 131, teremos, então, uma conotação fortíssima, novamente com a bíblia e, por mais que pareça uma explicação, não passa de uma adaptação em colocar nos espíritos evoluídos a condição angelical é, sem receio de enganos, um tipo de devoção religiosa de fundo místico ou contemplativo, definitivamente desnecessária.

Nota-se ainda, claramente, uma confrontação entre duas supostas potências, no sentido de entidades[8] definidas ou circunscritas, o bem e o mal, portanto.., vamos nós outra vez..!

Subjetivismo apenas.., bem ou mal, tanto quanto involução, são palavras de uso exclusivamente funcional ou prático, nós é que as apropriamos deficientemente, vejamos, a palavramal” é morfologicamente antônimo de “bem”, foi criada para isso. E “bem” é formada para exprimir o que agrada aos nossos sentidos, esta, pelo uso, extrapolou sua função e passou a tomar sentido genérico.

Conceitualmente, a razão as entende apenas funcionalmente e é fácil de se observar isto e, que estamos tecendo notas a um trecho dedicado a “demônios e anjos”; fazer uma bondade para um “capetinha” qualquer, seria “torcer o pescoço” de alguém, por exemplo, o que seria uma maldade terrível, para os “anjinhos” o que, em verdade, não passa de uma questão de enfoque.

Tanto o bem quanto o mal (desprezando aqui a palavramau”) não existem, são apenas subjetivos. O que existe, de fato, é a evolução, primária ou avançada, inicial ou plena, mas... constantemente atuante, mal, bem, mau, involução, mais, menos, sempre, nunca, etc.., são formas expressivas, apenas funcionais, relativas a situações circunstanciais, do ponto de vista de quem considera o fato, não tem validade universalista, nem mesmo perene.

Há uma expressão de cunho adjetivo, qualificando o mal aumentativamente ou superlativando este, de forma a provocar o impacto psicológico, mais negativo que seja possível, e é tão irônico saber, mas nunca questionar, que o absoluto e o relativo se confundem no abstrato; usa-se afirmar que o mal é fruto das “trevasouescuridão”, “situação negra”, infeliz dedução..! O fato, sem dúvidas, é que se está diante de um resquício do racismo.

O Universo é na sua quase totalidade escuro.

Porém, como seriam vistas as estrelas sem este magnífico pano de fundo? Onde se propagaria a energia se, para ela, não houvesse espaço? A luz, seja ela proveniente de onde for, se destaca no escuro”, é isto que a contrasta e a torna majestosa!

As trevas não são um mal e sim, um local! A nossa mente, ao que parece, é quem não tem clareza suficiente para entender isto! Ademais, negro ou escuro aponta para um limite da nossa visão, nós não temos alcance visual das ultra ou infra ondas e o Universo é praticamente resultado delas.

Estudando as indagações até a de número 199 da obra em evidência, deve-se reafirmar em, simplesmente, aceitá-las como narrativa de uma ficção visionária ou utópica, uma vez que, para compreende-las, devemos recebê-las decodificadas para o nosso padrão de discernimento, com todas as circunstâncias descritas.

Há, no entanto, um comentário abaixo da questão 188, que devemos entendê-lo como tendo sido, o Professor Rivail, vítima de uma atroz brincadeira de péssimo gosto. Pois lê-se, claramente, que este fala com espíritos que habitaram corpos em, vejam bem; “Marte, Júpiter, Saturno, etc.., afirma ainda que os habitantes de Vênus são mais adiantados do que nós na terra e, os de Júpiter, mais que os de Saturno, alguns se declararam surpresos de que os habitantes da Terra não fossem tão adiantados quanto eles.

Nada contra o adiantamento, mas, em Vênus e..? É infinitamente mais fácil concordar com a acomodação de determinados espíritos no Sol do que contrariar a ciência demonstrada. Modo absurdo de mentir!

E, se pensarmos em espíritos, tanto faz o seu lugar de atuação, uma vez que se os tenha como existentes e separados do nosso Universo.

Sim..! Mas, naquele tempo, não se sabia disto. E daí..? Novamente afirmamos, os informantes eram tidos como superiores, mas não existiam, em Júpiter ou Saturno, contudo, todos mentiram, inegavelmente, os espíritos, os médiuns[9].., “deslavadamente”, informando serem provenientes de corposque viveram e, não ”..! Não se pode, literalmente engolir”, quimeras deste teor, nem com mel. O professor, entretanto, acreditou, mas não deveria, jamais..! Pois ele próprio nos alerta contra isso!

Isso nos faz “filosofar”: - O que nos leva a aceitar afirmações tão desarrazoadas? Por que a religiosidade abre “zonas” de isenção?

Encontramos pessoas altamente qualificadas culturalmente, aceitando dogmas, rituais, cultos, estatuetas, talismãs, pedras e, também, infelizmente, informações enganosas, plenamente conscientes e passíveis ao engodo, no entanto, exercem seus conhecimentos com total convicção intelectual, em relação às suas áreas de atuação e, normalmente, estas são conflitantes com as afirmações religiosas.

É realmente muito difícil separar o adulto da criança que existe em cada um de nós.

Talvez queiramos, seja esta a esperada transição da passional para o entendimento racional e, por enquanto, as duas coisas nos partilham e se confundem.

Ao ler a pergunta 240, obtém-se uma resposta que vai de encontro ao pensamento do paralelismo ou interface universal, também se nota, nitidamente, a linguagem de dois mundos que são verdadeiramente diferentes, pois a noção de tempo se explica no nosso Universo ou mundo, porém, quando se fala de um suposto local imaterial, passam a prevalecer, segundo o que se constata da leitura, outras dimensões de medidas e o fator tempo é uma das que não parece ter parâmetros, porém, não podemos aceitar, de pronto, uma informação que denota quase desconhecimento deste, quando também, temos a informação de que, quem nos dirige a palavra, procedeu daqui e alega que tem melhor sentido da nossa vida que nós próprios, portanto, não poderia ter esquecido o tempo como fator relativístico.

Estes alegam que nós não os compreendemos, ora..! Que se façam entender então! Por que não conseguem afixar datas? Ou, ao menos, referendar passado, presente e futuro”, se foi da matéria que “evoluíram” ou pelo menos, a usaram para manifestarem-se!

Isso os tornariam mais misteriosos? E assim, mais interessantes? Ora..! Esforcem-se em facilitar um intercâmbio mais amistoso, busquem tanto quanto nós encarnados, meios para culminar este fim e serão realmente “interessantes”, pois passariam a existir, até para os céticos.

E é possível, com isso, que os doismundos” ganhem, é fácil dizer que nós dificultamos as coisas, nos também culpamos o próximo pelos nossos fracassos, isso é uma regra de sobrevivência, não muito ética, mas altamente eficiente, quase sempre tem um menos avisado que acredita.

Devemos entender que, “espíritosou não, estamos lidando com inteligências humanas (ainda que supostamente), logo, não podemos deixar de ser muito perspicazes em saber e conhecer da psique de quem nosfala” e, muito pior.., separar a mentalidade e a maneira de ser do interlocutor (médium) e mais, o grau de conhecimento de ambos deve ser próximo ou quase nada será possível interpretar pelos motivos acima expostos (o médium repassa informações personificando quadros mentais que, eventualmente, podem ser seus), se considerarmos friamente, este enfoque do “problema” haveremos de esbarrar no ceticismo.

As dificuldades são imensas, não bastassem as dúvidas de quemfala” (médium ouespírito”), na realidade, encontramos um número significativamente alto de pessoas suscetíveis aos conhecidostranses auto-hipnóticos”, conseguem isto simplesmente super oxigenando o cérebro ou, até mesmo, com um singular suspiro ou calafrio, e assim, reagem inconscientemente, sem intuito necessariamente, nesta condição, sofrem excitação superlativa de todos os sentidos físicos, podendo, assim, estimular seus próprios conhecimentos ou imaginação, produzindo efeitos aparentementeextraordinários”, porém, bastante conhecidos pelos profissionais do ramo (psicólogos, psiquiatras, etc...).
Isto não invalida a existência de um possível universo imaterial, no entanto, dificulta, deveras, a sua comprovação por estes métodos há, entretanto, por outro lado, um fator especulativo extremamente versátil e interessante que estes meios oferecem, um amplo leque de informações diversificadas, servindo de apoio para formação de bases de conhecimento para uma possível investida metódica ou científica, no sentido de se obter uma comunicação concreta e definitiva entre os dois planos existenciais. Em trabalho nosso futuro, cuja conclusão se aproxima, comentaremos os temas atuais que versam sobretecnologia espiritual”, comentário que exigiu muita leitura e uma “peneirarealmente extravagante!

Não havendo silogismo permeável entre os dois planos que nos permitam trabalhar as idéias e os argumentos na obra do professor, sem riscos de ridicularizar-se provavelmente os dois trabalhos (o dele e a proposta que aqui se vos apresenta), devemos deixar esta área de busca para outros caminhos, até menos evidentes, mas que conduzam-nos a conclusão lógica, mesmo que dedutiva, da existência da espiritualidade pois, se a aceitarmos conclusivamente, com amparo em teorias lógicas, estaremos a um passo de comprová-la definitivamente.

Até porque, prová-la é absolutamente irrelevante, uma vez que, por milênios, não se provou que a terra era redonda, mas nem por isso ela foi “quadradaalgum dia, muitas vezes se “tropeça”, literalmente nas rebuscadas comprovações, “chutamo-las” entretanto, por não termos discernimento à conhecê-las, ou seja, metaforizando, o equívoco continua sendo a nossa maiorpropriedade”.

Logo, devemos considerar que as outras obras do professor seguem o mesmo procedimento metódico desta o que aqui foi discutido observando-se ainda um acentuado pendor Cristão”, além do aspecto espiritualista no livro intitulado “O evangelho Segundo o Espiritismo, denotando neste, que uma vez queDeus” existe, provavelmente teve um trabalho imenso para encaixar um coração tão grande, em um simples corpo humano.

O sentido humanitário do Emérito Professor nesta obra é sobejamente elevado, como pouquíssimos se conhecem da história, além do que, inegavelmente se nota em todas as obras, a mais pura intenção de acrescentar conhecimento à humanidade.


O maior esforço em demonstrar a transcendência do espírito, está justamente em desmontar os trôpegos argumentos utilizados para ocultá-la.


CAPÍTULO 10

FORMA DO ESPÍRITO
Como o (ou nos) vemos ?

Sentir é o que buscamos e isso é existir, o mecanismo central do nosso Ser baseia-se em sentidos nãonada ao nosso alcance que negue esta afirmativa! E da frase: Penso.., logo, existo”! questionamos, será..? Observe bem, se não seria “Sinto.., logo, existo”.

Verdadeiramente, não é necessário pensar paraser”, como poderíamos afirmar que uma planta ou um objeto pensa..? “Do nosso ponto de vista, mas, com certeza, sente e reage,  existe lei física que garante isso (ação e reação), um choque, uma onda, uma vibração faz, com toda segurança, uma alteração do estado de coisas, micro ou macro, mas altera.

Ainda que as afirmativas expostas, sejam óbvias, nós constantemente desprezamos tais conceitos e, quando precisamos deles, para formularmos idéias mais complexas,  ficamos  como  mancos procurando a bengala.

Logicamente, a nós vem ao caso o “sentir”, partindo de uma “inteligência”. Até a formação embrionária do indivíduo, sentir significa interação (reação mútua).

O Ser certamente reage ao sentir, mas com direção apropriada e, (pedindo desculpas pelo jogo de palavras) sentir à uma inteligência tem outro sentido esta, para reagir à matéria, usa suas ligações nesta, ou seja, a audição, a visão, o tato, enfim..! seus meios sensoriais, no entanto, “sentir” no Universo material é pouco mais do que simplesmente interagir, o corpo biológico tem a característica de “traduzir” do “prazer até a dorestes sentidos ao Ser e, ..! Somente , mencionamos o “sentirque se pretende.

O “sentir” do outro Universo ou do outro plano deste. Prazer, dor, ódio, amor, cobiça, inveja, alegria, tristeza, medo, esperança, vontade, fraqueza, força, etc. são formas de sentir do intelecto, o Ser manifesta este dinamismo (mecanismo) e evolui por meio dele, se nos aprofundarmos apenas um pouco, veremos que somos a somatória destes sentidos, somos entendidos e identificados por estes, sem eles, “bonsoumaus”.., não nos manifestamos; um ato inteligente, seja qual for, representa o “sentimentoque “carregamos”, o Ser evolui diretamente por meio deles, da origem à eternidade.

A evolução é impositiva, empurra, atropela mesmo, transforma constantemente o primitivo no atual, passo a passo, inexoravelmente, faz da dor o embrião do prazer, da cobiça ou inveja, as larvas da conquista; da tristeza, o degrau para a felicidade; do medo, a alavanca para o conhecimento; do ódio, a chave para o amor. São essas transformações que amoldam o nosso Ser, dão forma mesmo.

Para o Universo proposto neste trabalho, o sentimento é, nada menos, que a forma definida da “Expressão Inteligente” (Espírito), como o invólucro que vestimos na matéria vem a ser o nosso físico biológico (corpo). E assim, é até possível entendermos o que somos de fato. Estranho..? Quem “viu” a música, no entanto, quanto mais aprimoramos nossos conhecimentos mais sabemos da sua forma”, a harmonia é o seuSer”, nós apenas a “vemos” com outrosolhos”, nós literalmente a “sentimos” com o espírito (ela nos toca) e esta é, em suma, a essência ou o “espírito” dos sons que, quando organizados pelos seus criadores, são entendidos (os sons) como suas criações e comumente chamadas de Sublimes”.

Facílimo é demonstrar que sentimento é forma espiritual, inicialmente esqueçamos os olhos da matéria e “vejamos”, intelectualmente, os personagens citados abaixo a título de exemplificação:

Jesus é amor, um e outro são o mesmo aos “olhos” de quem .

Albert Einstein é genialidade, se “sente” isso.

Socrates é sabedoria, são, definitivamente, “um.

Adolf Hitler é ódio, onde está um, se encontra o outro.

Mozart é Harmonia ele literalmente, encarnou-a.

O Espírito é, exatamente, a expressão do que manifesta, é esse  o motivo de estar nesta obra identificado por Expressão Inteligente, é esta a sua forma e não outra, é plenamente permitido compará-lo ao camaleão, do ponto de vista intelectivo (mental). Ele é o momento, é o que mostra, é o que é capaz e faz. Devemos noslivrar” dos olhos para “vê-lo”. Considerando que somos capazes de visualizar pedaços enormes do Universo quando o mentalizamos, está claro que podemos “abraçá-lo” de fora, portanto, forma”, do nosso ponto de vista (física, possível de desenhar), pertence exclusivamente ao nosso Universo ou plano (material).

Como se afirmou nesta, a inteligência é verdadeiramente concreta, nãomeios possíveis de classificá-la porabstrata”, onde estiver um único movimento outoqueinteligente, seja a quanto tempo for, fica automaticamente identificada a sua presença. É esta a sua aparência (forma) e, porque nós somos incapazes de moldá-la em seus próprios parâmetros, nós a negamos além dos nossos corpos, assim, dizemos que esta é conseqüência e não causa, sim..! Nós estamos aqui, por ela e não..; ela “é”, porque “pensamos”; eu não penso”, sou o pensamento, tanto mais refinado, quanto maior Eu for.

Deste modo, passa a ser possível admitir que sofro na “carne” o que pensei ou ainda penso, sou (penso) deformado..! Retrato-me materialmente deformado, “o ódio me corrói...”! Muito provavelmente este câncer me “corrói”; sou livre para me amoldar, “bemoumal”, pago o preço ou colho os louros e assim, sou verdadeiramente a expressão do que manifesto, ainda que pouco entendamos isso. O corpo é, por isso, a ferramenta fundamental para manifestar o Eu.

Somos bastanteflexíveis”, levando em conta a idade (do espírito) logo, conseguimos muitas vezes mudar rapidamente de atitude e acarretamos com isso alterações destas formas praticando compensações “contábeis” que consertam o que “quebramos” e, com estas práticas, conseguimos nos manter estáveis estruturalmente, trocando probabilidades do tipo “agudas”, por situações crônicas de menor monta, costuma-se dizer: “- Vai se levando” e isto é, com certeza, existir.

As imagens que mentalizamos são do tipo “sólidas” e por lembrança , ou seja, ao imaginarmos uma situação ou objeto, automaticamente o traduzimos para uma arquitetura material (figuras, quadros) nós as reconhecemos assim, porém, nota-se um flagrante contraste ao interrogarmos um deficiente visual, este traduz as imagens baseado em informações quase sempre auditivas ou através do tato sua mente então, não registra imagens e sim uma espécie de código que lhe permita comunicar-se com quem . Ele,porém, com as mãos e o seu quadro mental é outro que não o de quem enxerga.

A mente independe de formas para manifestar-se, apenas as usa por praticidade momentânea e isso provoca acomodação e logo se imagina que sem uma estrutura física dimensional, nãoexistência, o tempo escoa e nós não o vemos ou tocamos! Quem pode definirespaço”? Ainda assim, nós o ocupamos materialmente, isso é tão verdadeiro que os dois sãoarquétiposintrínsecos ao Universo, sem eles, este simplesmente não existe, a lei da relatividade garante isto, calculam-se curvas matemáticas que demonstram um verdadeiro “rasgo” provocado pelonossoUniverso, sim.., nosso, há matematicamente a probabilidade de infinitos universos (pois, o que foi rasgado? Senão outro universo), nós podemos, indubitavelmente, sermos frutos oriundos de um Universo inteligente e imaterial, por que não..? Assim, forma, deixa de ter definição dimensional!

Nós Inteligências, somos prodigiosos e criamos imagens com tanta convicção que acreditamos apenas nelas, mas a realidade é infinitamente maior, basta senti-la, caso contrário, somos qual um sonambúlico em sono profundo que briga até o “stress”, por objetos que quem observa, sabe que os mesmos, simplesmente não existem!

Os argumentos acima servem para destacar a mente do corpo e, com isso, reforçarmos a proposta da espiritualidade, ou seja, se a inteligência independe do corpo para existir (depende, no entanto, para evoluir), esta poderia, emtese”, transcendê-lo, antes e depois isso é lógico e plenamente racional.

O corpo físico veste uma vontade! Vontade de existir!


[1] - Da Obra citada “O Livro dos Espíritos” -
[2] - Designação de um corpo “semi material”, que se adota no “Espiritismo”, não se nega essa existência “corpórea” espiritual
[3] - Aproximadamente 70% água, carbono, potássio, cálcio, entre outros -
[4] - Montagem didática da constituição genética humana-
[5] - Analogia satírica, a um provável aforismo -
[6] - Sinapses -
[7] - O grifo é nosso -
[8] - efeito deformado que personifica entes abstratos.
[9] — Aos médiuns devemos conceder  o benefício da dúvida, pois encarnados naquele período desconheciam as informações que dispomos hoje e poderiam aceitar como verdadeiras as “revelaçõesque transmitiam ou imaginavam transmitir.

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