A razão é virtude em extinção, neste espaço se tenta preservar essa conquista desprezada, lembrar que a vida não está resumida à frágil visão humana.
PENSE
Seja ambicioso nos seus desejos, busque sempre o que é infinito, eterno, completo e intransferível.
O maior bem que se pode conquistar é a perfeição, seja sábio e não se contente com menos.
A matéria é apenas a mina onde garimpamos nosso conhecimento, cada pedra do nosso caminho é o tesouro que buscamos ainda bruto e aguardando lapidação.
Tenha sempre em mente essa idéia e nada haverá de lhe faltar.
Venha ser alguém que acrescenta algo à existência sem exigir mais do que ela lhe dá.
SALVE O MUNDO, COMECE POR ALGUÉM!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
LIVRO II - À LUZ DA RAZÃO - 2ª PARTE Cap. I
As sociedades de todos os tempos , jamais tiveram por origem formas próprias de pensamento como um todo , isso observado desde as coletividades tribais passando pelo sistema patriarcal , dirigindo-se aos já complexos aglomerados organizados primitivos , posteriores civilizações que já apresentavam traços acentuados de cultura e, enfim , confirmando-se os mesmos efeitos nas estruturas sociais contemporâneas, elas são somente “resultado ”.
O Ser Humano só e isolado não é um “componente ” e, conseqüentemente , não há como ser induzido a resultar em síntese , vez que esta é o “composto ” dos elementos que lhe são formadores e, ser “síntese ” de si próprio , demonstra outro tipo de organização , ou seja, a que pertence ao indivíduo , logo , os “elementos ” considerados serão outros 1 e não o objeto em questão . Sendo a síntese pretendida, a sociedade , nos obrigamos reputar outro grupo que não o que venha compor o “indivíduo ”, porém , o que é constituído por vários “indivíduos ”.
O próprio conceito hermenêutico de “cidadão ” já imprime à força do termo o cumprimento das condições de sustentação coletiva , apenas é cidadão quem cumpre a cidadania e, “cidadania ” não é outra coisa , senão o exercício da vontade soberana dos preceitos que são elaborados pelos “expoentes ” sociais , na verdade , eles são até procurados e escolhidos para tal finalidade . Assim , cooperativa ou compulsoriamente, os demais se obrigam às regras , e as “regras ” produzem de uma coletividade , uma sociedade , de uma extensão de terras , um Estado ou Nação .
Do ponto de vista estritamente técnico , a constatação detalhada acima não implica em ser a “resposta ”, condicionante absoluta para a existência de uma sociedade , contudo , a História não aponta uma única reunião humana e, a rigor , nem mesmo de irracionais , onde não prevaleça a vontade de poucos ou , até mesmo , de um único dominante sendo este último destaque reservado aos “irracionais 1”.
A exposição dos fatos acima nos indica claramente dependência da sociedade , se esta for assimilada nos seus exatos contextos conjunturais , pois do contrário , falaríamos de agrupamentos sem significado estrutural no absoluto entendimento do termo , já que sociedade infere, irrestritamente , a concepção de “estrutura ”, isto é, organização .
À sociedade é inerente à dependência de quem a organiza, pela força ou pelo consenso , a História nos tem demonstrado que a primeira tem sido a tônica dos sucessivos eventos conhecidos , é sabido , no entanto , que após as ondas primárias, produtoras dos choques iniciais que impõem a ordem a ser estabelecida pelos dominantes internos ou não ao seio dos, no caso , enfocados, insurge-se um número indeterminado de entes que passam a reger ou alterar o status quo instituído. Um “número indeterminado ”, bem entendido , antes de existir um referencial histórico sobre o grupo em discussão , pois há, com freqüência regular , relatos de vários povos e civilizações que dão uma idéia suficientemente satisfatória da porção , mesmo que genérica , desses “entes ”, na verdade , pelo grau de influência exercida por um “povo ” no período estudado, se estabelece com razoabilidade o quantum correspondente aos “expoentes ” que lá habitavam, somam-se a isso , as perscrutações arqueológicas e o trabalho da antropologia e acabam até por identificar , inclusive pelo nome e tipo de influência , os agentes motores dessas sociedades .
É óbvio que quanto mais remotos forem os eventos referidos, maior será a dificuldade em tais determinações numéricas e identificadoras.
Ficou evidente , pelo exposto , que a massa social sob o enfoque da dinâmica é de tendências inerciais, se em movimento , difícil será a imobilização ; se estagnada, árduo será demovê-la.
O elemento comum pertencente à sociedade é, de fato , “comum ”, não manifesta “harmônica ” estranha ao meio , todos “vibram” na mesma sintonia, os exceptos ao sistema passam a assumir , inconteste , a condição de “entidades ” atrofiadas positiva ou negativamente em relação ao maciço humano em questão , além , é claro , que inúmeras vezes assumem posição aparentemente negativa contemporaneamente e, numa visão histórica ao longo do tempo , os observadores notam verdadeiros saltos sociais positivos em conseqüência da falsa aparência prejudicial dos entes desse período . Tais indivíduos rompem lenta , sutil e, quase que invariavelmente, os grilhões impositivos das regras inflexíveis impostas geralmente pelo poder das armas , ou ainda , da autoridade conquistada por métodos brutais , o que , afinal , deságua no mesmo . Entretanto , quando nos referimos às “atrofias ” negativas , o apontado rompimento finda por apenas mudar de mãos o controle férreo das condições reinantes , sendo que tais “condições ” se alteradas, atendem somente , os quesitos dos novos dominadores .
A referência de aspecto cruel sobre a “falsa aparência prejudicial”, tem foco apenas histórico e do ponto de vista do observador, pois é óbvio que um tirano é prejudicial contemporaneamente ao seu período de atuação, mas suas ações negativas induzem revoltas e esforços de libertação que exigem avanços sociais e instrumentais (armas, p.ex.) no sentido de elimina-lo do domínio substituindo-o por sistemas políticos ou novos poderes mais aperfeiçoados, afinal, essa é a História da Humanidade e seu crescimento intelectual, social e tecnológico.
O método eleito por eles (os intercessores ) é único e irrenunciável, não admite desvio de espécie alguma do objetivo almejado, trabalham estritamente o pensamento dos simpatizantes e adeptos assumidos, nunca demonstram pressa em obter resultados e jamais dirigem seus elevados interesses exclusivamente aos que lhes dão ouvidos , buscam incessantemente os que lhes fogem e mesmo os que estão ainda por vir à luz séculos ou milênios à frente . A abrasadora ambição que lhes consome o Ser é resgatar a evolução do Espírito com a brevidade que a eternidade lhos concede.
Há, de fato , pensadores dessa elite cultural que se exasperam em soluções globais imediatas à sua percepção acurada, sofrem a premência incontida de eliminar o jugo causticante da humanidade pelo processo brutal da ablação , ressecando o fator lesivo de uma só vez como extirpasse um sarcoma com raízes por toda a extensão nervosa social . A vontade indômita de perpetrar suas evoluídas perspectivas no âmago da humanidade , a frustração cega , que o é apenas por falta de visão dos que não o absorvem, o sentimento de impotência diante da indiferença que não nota obviedades absurdas a eles e, infelizmente , algumas das vezes , a vaidade que os atormenta conduzindo-os a utópicos píncaros que os situam acima da trama cultural humana , transformando-os em vítimas de suas próprias justificativas libertadoras, cuja contaminação se processa com tanta sutileza , que lhes passa desapercebida a infecção reinante , como o carrasco experiente que , sem notar , enlaça o próprio pescoço , coisa aliás , que , em tese , seria inadmissível , contudo , a hipnose da efemeridade, opera o irrealizável .
Contemporaneamente se constata acentuada incidência dessas exceções à regra do comedimento prudente e proverbial de Confúcio1. Notadamente, se destaca a força do marxismo originário em Marx e Engels2 e vivificado brutalmente , por Lênin e Stalin3, que materializaram o pensamento filósofo-agnóstico frio das relações humanas preconizado pelos citados pensadores que detalharam do plano ideal , as dimensões físicas da evolução positiva por meio de um “arranque 4” revolucionário , teorizaram com fundamentos imediatistas e matemáticos, entes inadequados ao comportamento humano , ainda que com teses de aprofundamento absurdamente criativo e original , conseqüência lógica da impressionante personalidade cietífico-qualitativa de ambos referidos e, sob o aspecto do presente trabalho , é dever lembrar o elevado conhecimento espiritual destes que , no entanto , serviram de exemplo mórbido neste traçado, pelas conseqüências que geraram, obviamente, por ser uma incoerência alcançar o equilíbrio por meio do total desequilíbrio, em que pese, teoricamente, tese que proponha a evolução de contrários esta, porém , refere-se à dialética quase sempre sob o enfoque da retórica filosófica e, em especial , na forma pejorativa . Notem, não se faz referência aqui aos aspectos intelectivos do raciocínio , pois é sabido este construir estruturas mentais que se arremessam originariamente do confronto de opostos e, das conclusões , extrai suas convicções .
É certo , igualmente , que almas desse quilate não valorizam seu Ser em relação à causa abraçada, eles são heróis até mesmo por vaidade , pagam o preço que lhes imputam os antagônicos e o existir sem titubear , sacrificam-se e aos entes amados até por impregnar com ênfase suas motivações interiores , são fiéis abnegados às suas convicções e isso os torna especiais e, de fato , superiores , cabendo-lhes ou não razões relativas circunstanciais. A História os satisfaz laureando-os ou condenando-os, pois suas marcas foram impressas no livro da existência , é o que lhes basta .
Devemos, no entanto , frisar que o aspecto negativo citado acima é, via de regra , a própria exceção , comumente as reações sociais são positivas, a mencionada movimentação se expressa pelas formas progressivas. Pequenos grupos de subversão da ordem estabelecida terminam por acomodarem-se através de acordos , logo , os denominados dissídios coletivos , não passam de válvulas estressadas circunscritas às áreas de esforço entre facções mais com tendências de rivalidade e competição por objetivos comuns disputados, ou meras “quedas de braço ” nas reivindicações diversas contra ofertas escassas das classes que buscam vantagens entre si .
A sociedade , de fato , é um efeito evoluído do progresso intelectual coletivo , logicamente, se esta foi criada a partir de conquistas violentas, normalmente avança a passos largos em direção ao equilíbrio , seus componentes , analogamente aos jogos de montar , tendem a amoldarem-se uns aos outros acomodando interesses comuns que propiciem a prosperidade individual e, seqüencialmente , a geral . Isso , todavia , não influi senão obliquamente nos sintomas sociais globais , resulta em uma espécie de “rampa ” suave de ascensão constante da massa total . No seio dessa “massa ” encontramos os referidos “expoentes ”, estes se manifestam desde a forma de humildes “carpinteiros 1” a eruditos culturais das mais variadas ordens , catadores de papel a ministros de justiça , são negros , brancos , orientais , ocidentais , pouco importando o corpo que habitam, o caminho que percorrem ou quem os acompanha, o discurso , contudo , é absolutamente comum a todos e, literalmente único , “induzir a humanidade ao próximo passo ”, o espírito é o alvo fundamental , e quando não o é, o objetivo é o progresso dos valores humanos , inda que pelos princípios agnósticos , pois , intrinsecamente, o crescimento do Ser Humano conduz ao aprimoramento do Espírito mesmo que inconscientemente .
A conclusão a que se chega é que toda relevância da existência das sociedades resume-se aos rumos por elas adotados e estes , são orientados pelos “expoentes ” humanos , logo , os últimos , e dentre eles os designados “pensadores ”, merecem a atenção respeitante ao significado qualitativo que lhes permite a interação com a humanidade , não apenas enquanto estão presentes entre nós , porém , por período quase sempre indeterminado , mas , sabidamente , prolongado após seu desaparecimento do nosso meio .
— Devemos ressaltar , que a ordem histórica da filosofia relata um número alarmante de pensadores , uma galeria que extrapola os limites dos territórios , do tempo e das civilizações . Curiosamente , porém , não se constata o nome de uma única mulher pertencente a esta corrente de “iluminados”. Analisados os ângulos das culturas primitivas poderíamos, por mera eventualidade , concluir pela segregação feminina , especialmente , se nos referirmos à Grécia antiga cujos padrões culturais tendiam, literalmente , a conduzir a mulher à condição de “objeto ” de reprodução e, estranhamente , a mesma civilização é conhecida pelos mais requintados costumes sociais e berço do atual processo democrático de administração do Estado . E mais , o mesmo povo que cultivou o maior número de filósofos que estabeleceram os mais elevados modelos éticos e sócio-igualitários da conduta humano-espiritual. Não seria de esperar essa anomalia cultural não fosse devida a outros fatores hoje considerados, mas , quando nos reportamos aos períodos contemporâneos essa justificativa perde totalmente o sentido , pois a mulher vem, e não é de hoje , conquistando lugares de destaque , ainda que com muita luta . Assim , fica registrada neste trabalho , a extravagante e enigmática constatação na expectativa de um esclarecimento lógico para o fato .
Contemporaneamente a filosofia é admitida por amplos modos de abrangência, é concebida sob inúmeras formas de comparecer , todavia , invariavelmente, todas direcionadas ao saber , mas .., o “saber ” do ponto de vista apodíctico, cuja pretensão seja o aprofundamento das questões e o máximo extravasamento das proposições implicadas à problemática , alvo das atenções é, por outro lado , amparada na lógica e na mais profunda crítica das formas e faces que se apresentam às teses sob enfoque , eventualmente especula, porém , de modo extremamente desenvolvido formulando premissas sob a natureza de postulados imediatamente oferecidos à erosão da realidade ou , no mínimo , ao esforço da virtualidade racional , ultrapassa, nos dois sentidos , a via do ideal e da materialidade , promove a síntese das proposituras disponíveis a legitimar a formulação de uma viável proposta final e, nesse pormenor , a força da filosofia pura se manifesta , pois “final ”, na mais refinada concepção filosófica não fecha em hipótese alguma qualquer questão .
A expressão reverencial relativa à filosofia seria vazia se, ao fazê-lo, simplesmente não nos reportássemos aos seus propagadores, homens que , carinhosa e respeitosamente , a humanidade os designa por “Iluminados”; de fato , quem , dentre nós , dispõe de qualificação competente a negar-lhes tal direito ? Somos o reflexo “embaçado” dos seus preceitos . Eles .., do mais elevado ao menos dotado, nos suplantam, inquestionavelmente, desde os mais remotos contatos com seus pensamentos , são verdadeiras “estrelas ” cujos corpos nos deixaram, em certos casos , há milênios , a luz porém , dos seus Espíritos nos são balsâmicas ainda hoje e o serão por muito mais . Mesmo os que se arvoraram em cognições responsáveis por convulsões violentas, não o fizeram sem dispor da propriedade da razão , apenas se exacerbaram na vontade impulsora do positivismo enredando-se no imediatismo da causa , onde o exemplo acima citado (Marx e Engels), foi defendido na essência do propósito , o que não apresenta novidade alguma, vez que a ciência , a quem compete à autoridade inconteste desse julgamento , releva o “acidente ” em favor do legado intelectual impregnado à humanidade.
O positivismo aludido deve ter a força , apenas semântica do termo , pois que não deve facultar o entendimento transferido ao “positivismo lógico ” que corresponde ao movimento do denominado Círculo de Viena fundado em 1924 pelo filósofo alemão Moritz Schlick1, nem mesmo com o “positivismo ” de Conte2 que elegia o empirismo experimental como fonte do conhecimento que , segundo sua fundamentação , não representava mais do que a transferência das estruturas cognitivas do plano ideal para a materialidade dos atos conseqüentes dessa origem . Entendimento , aliás , que terminou por induzir variáveis conclusivas do agnosticismo ao misticismo aos adeptos dessa ideologia , o que até seria de se prever , uma vez que em termos de filosofia a linha divisória do plano ideal ao material é delével e acentuadamente deslocável, a lógica identifica isso como um fato não como uma possibilidade exatamente porque o “material ” é, inquestionavelmente, conseqüência do “ideal ”.
É certo que se questione essa afirmativa se referida à natureza , pois esta não partiu da interferência humana , até mais , o ser humano em si é uma síntese natural , entretanto , todo ente , sob qualquer aspecto , que exista por dependência humana , apenas vem à luz após ser criado no plano ideal , é de lá que se expressa à materialidade aqui , é ilógica outra alternativa . Volvendo, no entanto , ao questionamento referente à “natureza ”, identicamente contestamos, pois é, precisamente essa, a dialética do autor em seus ensaios e, inegavelmente, este assente por premissa maior a insurgência do Universo material proveniente do Universo Inteligente ou Ideal . Admite, obviamente, o primeiro por premissa menor , clara conseqüência de um ato ou vontade do segundo , pois que o “ato ou a vontade ”, não provam existir , contudo , provam bem menos inexistir e a lógica não os repudia, bem ao contrário , é admissível o “Princípio ” das “coisas ”, a única pendência é a assimilação , de nossa parte , da manifesta “Inteligência ” no evento universal . A discussão , porém , continua em aberto em razão de tal fato ser tema controverso por excelência , vez que , entre nós , vagam duas correntes doutrinárias “avessas ”, pois uma, somente vê no Universo , um “acaso ” fortuito e outra , da qual este autor é adepto , este não é outra coisa , senão um resultado inteligente , manifestação de uma “vontade ” ou causa primordial , simplesmente , porque do “nada ” é impossível algo vir à existência .
Devemos, por outro lado , conciliar com moderação a pura crítica do ponto de vista da primeira “corrente ” citada, pois , do nada , de fato , é inaceitável qualquer surgimento , mas .., há, fundamentalmente , uma questão : – De onde veio “Quem ” ou o “Que ” manifestou a “vontade ” ou motivou a “causa primária ”? Essa conclusão conduzirá, sem dúvida , ao “fechamento ” de todas as questões e motivações filosóficas, sejam elas realistas, iluministas, positivistas, existencialistas , idealistas e tantas mais , pois é esta precisamente , a resposta que todos buscam! “Resposta ”, aliás , que trará no bojo “excesso de bagagem ”, pois , de uma só vez , informará, inclusive , quem somos e de onde viemos.
A dialética apresentada no primeiro trabalho desenvolvido por quem vos escreve, em verdade , “especulou” com a coincidência original da dúvida , pois se sabe tanto da “Causa Primordial ” quanto se conhece de nós próprios , ou seja, absolutamente nada . Entretanto , pelo fato de sermos “lugar comum ” nós e “Ela ”, o que impede postular sermos o mesmo , até porque , a natureza , como “resposta ”, demonstra a tese do “teorema ” lá proposto, pois é evidente que tudo que dela provém nela resulta. O autor , lá e aqui , não dispõe das provas e nem alimenta presunções , o argumento , contudo , é fortíssimo, a ponto de ser controvérsia com a mesma idade da humanidade . Há ainda , outra particularidade , também já levantada na obra que precede esta, sendo, identicamente, outra indagação ; – Por que o simples fato do planeta que habitamos oferecer condições de eclodir em vida , esta viria, de fato , a eclodir ? Por que evolui? Tanto quanto evoluiu para acontecer , sim ..! os cépticos hão de concordar que matéria inanimada não dispõe de iniciativa , assim , como um “punhado ” de carbono , potássio , água e outros elementos singulares vieram à luz ? Agrava-se, e muito , essa proposição quando dessa conjunção se chega a inteligência , a iniciativa e a razão que acaba por manifestar “vontade ”. E, se a terra assim o possibilitou, o que impede outras ocorrências num Universo absolutamente desconhecido ? Nós apenas o observamos, num átimo , como “moleques ” travessos , através de um “buraco de fechadura ”. É indiscutível , ao menos , uma ponderação : – Admitir o impulso inteligente nessa “evolução ” é, infinitamente , mais sensato que aceitar o acaso . É essa “sensatez ” que nos conduz à transcendência , ainda que não a expliquemos.
Neste capítulo inaugural a proposição temática versa historicamente sobre o pensamento humano , sendo, entretanto , de substancial importância assimilar o significado do que representa “quem , de fato , gera esse pensamento ” e, em segundo plano , o argumento que , ainda que no bom sentido , “a Humanidade apropria-se sistematicamente desse pensamento ”, pois , em verdade , existe implicitamente a intenção por parte do agente motor , em que ocorra a informada apropriação . Foi esse , e não outro , o motivo de promover a abertura deste evidenciando que as sociedades , as civilizações e, enfim , a Humanidade são uma resposta menos intensa às incitações ideais dos seus “expoentes ”, e dos últimos , destacam-se os pensadores ou filósofos.
De certa forma , esses homens amoldaram o gênero humano , porque a força de seus entendimentos preceituou a conduta cultural, política , moral , religiosa , ética , técnica e todas as que sabemos existir , a contribuição dos “comuns ” foi resumida a cumprir esses ditames , até por questões práticas , já que a somatória deles resultou em infinitas vantagens nos mais variados sentidos e direções do conhecimento . Logo , é relevante que se destaque alguns aspectos relacionados com esses personagens que de inúmeras maneiras protagonizaram heróis reais entre nós . Será esse o tema do capítulo que se segue.
“A sociedade organizada é a materialização de um ideal filosófico”.
1 – Os elementos considerados na composição do indivíduo terão espaço em capítulo próprio (Genética do Corpo ao Espírito , Cap. VI)
1 – Implica em desprezar a interdependência tácita ou expressa entre os componentes “consensuais”, pois não existe, obrigatoriamente, vínculo entre os agentes referidos.
1 – Isso porque é inadmissível a concepção de poder único entre racionais , ele até existe, com certas reservas , mas sempre distribuído hierarquicamente e, inegavelmente, portando no bojo, o jugo dos antagônicos ocultos ou não , pois pensar de outra forma seria admitir uns mais e outros menos “racionais ” e não apenas orientados por apatia , concordância ou temor .
3 – Vladimir Ilitch Ulianov, Lenin, russia (1870-1924) e Iosif Vissarionovitch Djugatcvilli, Stalin (1897-1953)
1 – (1882-1936)
2 – Auguste Conte (1798-1857), Positivismo Contiano. Sociólogo e filósofo que iniciou o movimento que renuncia o pensamento metafísico (transcendente ) para as conclusões que se resumem ao plano material , validando apenas as impressões sensoriais para tal finalidade .
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