A razão é virtude em extinção, neste espaço se tenta preservar essa conquista desprezada, lembrar que a vida não está resumida à frágil visão humana.
PENSE
Seja ambicioso nos seus desejos, busque sempre o que é infinito, eterno, completo e intransferível.
O maior bem que se pode conquistar é a perfeição, seja sábio e não se contente com menos.
A matéria é apenas a mina onde garimpamos nosso conhecimento, cada pedra do nosso caminho é o tesouro que buscamos ainda bruto e aguardando lapidação.
Tenha sempre em mente essa idéia e nada haverá de lhe faltar.
Venha ser alguém que acrescenta algo à existência sem exigir mais do que ela lhe dá.
SALVE O MUNDO, COMECE POR ALGUÉM!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
LIVRO II - À LUZ DA RAZÃO - 3ª PARTE CAP. IV
“Que razões movem os pensadores ?”
Cabe-nos, de princípio , fundamentar em bases coerentes à dialética , o amplo sentido do termo “razão ”. É óbvio que para essa tarefa , devemos depender , primordialmente , de dados comparativos , pois que , em si , a razão vem presente de formas “aparentemente ” rígidas. Mas .., se falamos de rigidez , as “formas ”, jamais poderiam ser colocadas no plural , logo , havemos de considerar o que podem expressar os “aparentes ” modos de “inflexibilidade ” racional .
O senso imediato nos induz à convicção plena produzida pela solidez forte de um conceito definido e suficiente a justificar o argumento ou pela evidência fática pura e simplesmente . Nada mais lógico , não ? “Não ”..! pois apontamos, unilateralmente , o entendimento exposto . Esse enfoque justifica qualquer observador , por isso ele é frágil . ...– É certo , mas um fato é material , existente, na verdade , concreto ; nós o vemos, como negá-lo..? Ocorre que a problemática é parte do “sujeito ”, não do “objeto ”! Quem chega à conclusão ou constata um fato , “... chega à conclusão de que constatou um fato ...!”. Então ...
Fica demonstrado assim , que razão , ainda que mais sutil o sentido , pode, não que deva , ser assentida como ponto de vista , plenamente amparado, na lógica de quem exerce a razão , pois “lógica ”, tem a mesma direção , tanto que as duas caminham, invariavelmente, de mãos dadas. E a Relatividade Geral passa da materialidade ao plano ideal , por meio desse singelo argumento .
Enfrentamos o mesmo problema por um ângulo diferente , ao nos referirmos a “fé ” abstrata , isto é, aquela amparada na religiosidade dogmática , “...existe ou não tal ente ou ato sem necessidade de explicação ...”, Agostinho1, eleito santo pelo clero era defensor dessa razão , literalmente , levou à morte 2, oitocentos anos depois de sua existência , Tomás de Aquino3, também eleito santo , após atrozes perseguições dos agostinianos e dos averroistas, pois , equivocadamente, o viam como racional radicalista , quando , na verdade , estava-se diante de outro convicto religioso que , apenas se propôs, a justificar filosoficamente, os dogmas clericais, este ensinava “...que a razão pode preceder a fé , mas ..,se com esta se chocar , será a segunda que prevalecerá...”. O primeiro , depois de uma vida profana (segundo ele próprio ), fora “escolhido” e salvou sua alma , desacreditado do maniqueismo4, que se fez integrante por algum tempo , adotou os ensinamentos de Platão e Plotino, orientou-se no pensamento aristotélico adotando porém , o neoplatonismo com maior ênfase e amoldou-se, finalmente , ao cristianismo , homem dedicado a muita leitura e escrita , particularmente , a filosófico-religiosa, era grande investigador dos preceitos cristãos adotou, de princípio , a pregação da fé clerical, assumiu o compromisso de justificar a razão por meio da “fé ” e, cujo preço óbvio , foram inúmeras contradições , pois que a “fé ” sequer entende a razão , uma vez que vem a primeira , subsumida em si mesma . O pensamento agostiniano prevaleceu na igreja por quase oito séculos , até tropeçar em Tomás de Aquino o “Doutor da Igreja 5” que , ao contrário do anterior , “nasceu” aos cinco anos para o clero , admitido na abadia de Monte Cassino onde cresceu dentro da cultura monástica até a expulsão dos monges locais pelo então imperador . A partir de 1256 já graduado teólogo pregava abertamente o aristotelismo cristão provocando fúria relativamente silenciosa , entretanto , feroz dos averroistas que pregavam o dualismo da fé com o racionalismo filosófico, pretendendo, logicamente, a prevalência da primeira e, por sua vez , o ódio incontido dos agostinianos que condenavam de pronto a prática aristotélica nos seus moldes cristãos .
Usando dos dois pilares antagônicos de um mesmo princípio religioso notamos que a razão da fé é inconsistente , pois , facilmente se denota, que se extraídos os dogmas de “fé ” professados por ambos , as raízes filosóficas deles produziram uma frondosa árvore com grandes ensinamentos , todavia , sendo a “fé ” o tema da discórdia , nos defrontamos a uma aberração cultural equivalente a dois frutos diferentes na mesma planta frutífera e, apenas assim , nos é possível acreditar em “milagres ”, ingerindo maçãs contaminadas pelo “bicho ” da ignorância e uvas apodrecidas pelo imobilismo dogmático , colhidos do mesmo pé que , em si , é saudável .
A razão emite imagem de universalidade, entretanto , o objeto gerador dessa imagem é de personalidade excêntrica e, até egocêntrica , pois faz girar em torno de si toda disputa contraditória , o que se nos demonstra ilógico e insensato , uma vez que razão , se tivesse caráter universal , não causaria discórdia , seria assim , e pronto ! Encontramos exemplos impressionantes como , Hegel em relação a Marx, casos quase contemporâneos , o primeiro adota a dialética por princípio dualista entre oposições que se equilibram em forma de conclusão , ora ele descreve, exatamente , o mecanismo pensamentar , devemos tê-lo por correto , é inegável tal proposição , no entanto , encontramos o segundo afirmando ser esta, a precisa descrição do real . Mas .., é sabido pelos mais arraigados materialistas, que o “real ” não é, exatamente , real . Como se descreve o que pode não ser ? É óbvio que este adotou seu conceito , por universalizador da razão e, nesse caso , não é só a “razão ” que nos parece egocêntrica .
Ao que tudo indica, é justamente , a aparência universalista e o perfil personalíssimo que a razão exerce, que movem a iniciativa individual , o protagonista encontra-se em circunstâncias peculiares ao vir “possuído” por ela , este se vê em uma posição privilegiada ante os “mortais ”. Não que o “escolhido” pense dessa forma , acontece que em determinado momento a lucidez , literalmente , lhe assume, a mente se abre e, a cada momento , seus conhecimentos se lhe apresentam de modo objetivo , fecundo e loquaz , as idéias assumem proporções de uma cascata sem fim , amarram-se numa seqüência lógica umas as outras e fecham um ciclo conclusivo crescentemente coerente , isso porque , mesmo depois de, aparentemente concluída, a dedução acaba por se aperfeiçoar continuamente. É importante , porém , saber que esse conhecimento não aparece do nada , ele já faz parte de quem o manifesta , apenas não aflorava por algum motivo que escapa a consciência enquanto mantinha-se contraído e, no momento que se lhe aparenta favorável , vem à luz , então , muitos dos iluminados, desorientados com o fato dizem haver sido escolhidos, o que , seguramente , é inverídico, pois ninguém é, o que não “é”. E se “Deus ”, sob qualquer entendimento , contrariando seus próprios princípios , escolhesse um “asno ” ele não viria a ser um sábio , jamais .
Se, recebida como válida , a temática que concebe o amplo sentido do termo razão poderemos, então , explorar as características que envolvem o movimento dos pensadores .
O motor primordial , não há como ser outro , que não a motivação. Ela arranca do ser , o seu próprio “Ser ”, a revolta silenciosa do Espírito opondo-se ao imobilismo relativo projeta-se ao encontro do entendimento de si mesmo , transforma suas agonias transcendentais em impulsos do pensamento lançando-o à busca desenfreada das razões da autêntica “existencialidade”, não , singularmente , a existência , pois é óbvio ser ela , uma mera conseqüência , ou o existencialismo que apenas induz explicar a “existência ”. A primeira expressão vocabular exprime, de dentro para fora , o que a motivou como manifestação , implica a pergunta sem , no entanto , pontuá-la interrogativamente. Afirma que há algo por trás da ação original , que provoca a sagacidade profunda do “criado ” em direção ao Criador . O pensamento , por meios que nos são desconhecidos , rompe a barreira que parece intransponível , todavia , não é mais do que um sutil véu entre o plano ideal ou inteligente e a matéria , dependente apenas de uma chave cujo desenho da “cremalheira ” é entalhado pela motivação, ocorre ainda , que essa mesma “motivação” afasta as lâminas desse “véu ” e, maior será a abertura , quanto mais motivado vier o espírito chegando mesmo , a assustar ou impressionar , violentamente , os observadores , caso típico dos “milagres ”, é também , notável , nos Iluminados abnegados em favor da Humanidade , Jesus é exemplo vivo dessa categoria humana .
Parece-nos de extrema relevância comentar um infeliz aspecto , uma morbidez que vem, nos últimos tempos , tornando-se fator integrante dessa fenomenologia, em verdade , “nos últimos tempos ”, podemos dizer , escandalosamente , pois há muito essa prática é comum , não erramos ao informar , que os antigos egípcios, helênicos e tantos outros povos , serviam-se desse artifício . Falamos das “drogas ” em todas e quaisquer formas , desde os destilados de venenos de cobra produzidos pelos antigos , como os sofisticados entorpecentes da atualidade , que são até mais venenosos que os daquele tempo . Esse tipo de torpeza intentada contra o próprio corpo tem acentuada incidência em meios artísticos , culturais de diversas espécies , esportivos ; enfim , seria melhor dizermos, não existe em ...! e, nada teríamos para dizer .
Consta um entendimento absurdo da liberação do “Eu ” maior quando a mente “distrai” em conseqüência do efeito anestésico cerebral produzido pela droga , seria mais ou menos o seguinte , a máquina cerebral , ao mesmo tempo em que decodifica os sinais intelectivos em sentimento puro que é o estímulo do Ser que dinamiza o corpo , policia o comportamento do subconsciente que lhe é intermediário com a razão consciente , pois é íntimo do espírito que na matéria ele depende de parâmetros ou guias dimensionais para se orientar , não lhe é possível , nesta fase de vida , ser “tocado” diretamente pela matéria , pois , se assim fosse, desnecessário seria encarnar-se. Logo , a sensação de tudo poder é ilusória , mas muito marcante em face do sentido de liberdade , assim , as vítimas de si sentem-se inspiradas, imaginam-se criadoras, eloqüentes , desinibidas e assim por diante . Ocorre, de fato , que o “véu ” ao contrário de ser aberto com senso de cautela e sob controle da razão consciente que administra sua vazão com comedimento e sabedoria , é, simplesmente , “rasgado” abruptamente deixando, completamente desorientada, a mente entorpecida, seria o mesmo que soltar de dez mil metros de altura , uma ave com as penas das asas cortadas , sua natureza é voar , no entanto , momentaneamente, está impedida, porém , desprezando esse fato , a libertam nas condições citadas, obviamente, ela cairá e, depois , ficam perguntando; “...– Como pode uma ave cair sem voar ...?”. Nós somos essa ave e, momentaneamente, estamos impedidos de voar , até podemos, com cautela , dar pequenos saltos se a razão nos for baliza , no entanto , se enchermos de “gás ” o cérebro , o balão , eventualmente , pode subir , mas , geralmente , estoura quando estamos a “dez mil metros ”.
As questões filosóficas, título destas páginas , têm suas bases em dois pilares fundamentais ; explicar Deus ou negar sua existência , os observadores das doutrinas pensamentares, singularmente , desdobram-nas em dois hemisférios que acentuam de um extremo radical a outro apenas moderado, de um mesmo pensamento de cada hemisfério , ou seja, do materialista dialético racionalista ao agnóstico tendencioso ou acessível por um lado e, do idealista crítico ao objetivo por outro . Não se trata de uma “briga ” do bem contra o mal , porém , de posições assumidas em relação aos entendimentos existenciais. Nota-se, no entanto , que por mais radical , fundamentalista e arraigado idealista , o filósofo que habita esse hemisfério é moderado, se comparado ao “materialista dialético”, o último tem, por natureza de seu entendimento , não admitir a existência do que lhe escapa aos sentidos puramente físicos , ainda que a razão lhe conduza a endereços racionais do idealismo este os absorve por simples abstrações sem significado prático , resultando, por fim , em efemeridades inconclusivas.
A própria matéria evolui da energia ao ser vivo , isto é, o Universo é conseqüência direta do adensamento energético, sua expansão contínua é resultado do conhecido ponto virtual , explosão que a partir do primeiro picosegundo produz ininterruptamente espaço e matéria , logo , a energia tornou-se elemento de massa e este se condensou em agrupamentos , em moléculas , em estrelas , em sistemas , em mundos e, se somente a terra , por mais absurda que pareça a idéia , viabilizasse vida , ainda assim , a energia dependeu de “Zilhões ” de “Streplhões” de “coincidências ” para ser um único ser vivo unicelular , que , para não criarmos mais termos “excêntricos ” deixaremos de dizer o que foi preciso para chegar à Inteligência racional . Ora ..! nem o mais céptico do Universo , aceitaria que , pelo acaso , a vida existe, mormente a inteligência racional , e isso , é o puro materialismo comprovando sua dependência do ideal .
Concordamos que é muito difícil a prova material do que é imaterial , mas , extremamente fácil , será comprovar que o “acaso ” ou acidente , nesse particular , não existe; fica aqui desafiado: – não apenas os maiores estatísticos do planeta , porém , estes auxiliados pelos mais sofisticados supercomputadores existentes, a demonstrarem quais seriam as “chances ” de, casuisticamente, o Universo haver chegado ao racional .
A mais brilhante concepção filosófica existencial, partiu de alguém não menos brilhante , Immanuel Kant, numa arremetida inspirada pela mais eloqüente sabedoria , este afirmou: “...– A mera aceitação humana da moralidade é comprovação indelével da existência de ordem transcendente ao vulgar sensível , sendo seu único fundamento possível a existência de Deus ...”. Bem .., é mais fácil contestar a existência de “Deus ”, por pura insensibilidade intelectual , do que as qualificações, efetivamente constatadas pela Humanidade , de Kant. Não estamos diante de um pensador comum , este homem partiu de profundas reflexões , raríssimas vezes notadas, em outros iluminados, amparado, exclusivamente , no racionalismo puro e, negando a metafísica especulativa , mesmo quando apoiada em conceitos primordiais racionais , demonstrou, não a lógica da matemática , porém , a própria matemática da lógica , homem que ponteou o antes e o depois , com mais profundidade que “Sócrates”, fez o eixo central do equilíbrio entre o materialismo conceptivo do ponderável, com o idealismo sensato e mediador , ensinou que a moral consciente é consistente tanto quanto o é, a ciência newtoniana, são as duas, plenamente exatas, na correspondente esfera de validade de cada uma, foi quem , elegantemente , demonstrou que moral é ato de vontade não de imposição legal , pois a moralidade legal não seria jamais virtude e, sim , condição existencial, o que , nem de longe , significam o mesmo em princípio . Entre a do Ser que é e a do “Ser ” que porta , longa é a distância 1.
Seria mesmo ridículo o autor que se vos apresenta nesta, dizer que Kant tem razão , quiséramos estar ele presente , para dizer que “... é bom temo-lo entendido ...” e isso é fácil de constatar , já que tudo que veio escrito depois dele, ainda que sem sabê-lo, terminam por insistir no que , de um modo ou de outro , ele já suscitou. Podemos, quando muito , dizer que , embora sem lê-lo, repetimo-lo, isso , em inúmeras áreas do conhecimento . Superá-lo, é proeza ainda almejada.
Notamos que mesmo o idealista radical é plenamente aceitável como centrista , o que já não ocorre com o materialista mesmo , sendo este , moderado. A própria doutrina adotada pelo segundo , tem por entendimento fundamental o “tudo agora ”, pois o “amanhã ” inexiste e os pensamentos .., não seriam mais do que combinações químicas de qualquer natureza gerando corrente elétrica que resulta em raciocínio . O certo , é que , até por divertimento , seria inconciliável com a lógica , esse entendimento . Mesmo considerando que o idealismo não exponha o continuismo com toda a força que a certeza exige, sua direção é, inegavelmente, mais condizente com as evidências existenciais. Como afirmado acima , o próprio materialismo comprova a sua dependência do idealismo .
É sutil e profundamente significativa a percepção que permite contrastar a visão do kantismo a do marxismo , o virtuosismo em Kant exerce toda potência do seu pensamento quando exalta a ética , a moral , e mesmo a idéia do “comunitarismo”, totalmente desatada do compromisso , exaltação esta, que tem caráter , absolutamente universalista , enquanto que em Marx, literalmente tropeçamos na “compulsoriedade” da divisão por apropriação . Ora ..! é o mesmo que saquear e compartilhar entre os “lobos ”, é fantástica a distância entre as “ética e moral do Estado ” e o “comunismo ” idealizados pelo segundo em relação a sensibilidade do primeiro em definir as próprias características do Ser . De fato , poderíamos argumentar que os entendimentos do kantismo não conduziriam, em termos práticos , a Humanidade a lugar algum , pois , esperar da vontade comum , a iniciativa , é erro já denunciado por Nicolau Maquiavel no século XVI. Portanto , seria lógico a um pensador , não permitir essas mobilizações originarem-se inercialmente das massas . Na verdade , pensar dessa forma seria subestimar a inteligência de “Maquiavel”, ele ensinava que tentar dominar um povo pela força era diretamente relacionado com a sucumbência do conquistador , alertava, isso sim , “se”, apenas se, um povo fosse conquistado pela “força ” seria conveniente eliminar os poderosos em favor da plebe e, concomitantemente , deixar que a vida costumeira continuasse a ser desenvolvida no povoado , colonizando pacificamente os limites do território e, lentamente , ir alterando a cultura local pela atual , aí sim , estaria consolidada a “invasão ”, o povo receberia o invasor e não o combateria, pois sua condição inicial teria sido preservada e, se mudada, não notada imediatamente . Era , também , reconhecidamente hoje , defensor da república , ainda que disfarçasse esse sentimento dizendo-se favorável à sua aplicação apenas nos pequenos principados . Logo , em princípio , a condenação a Maquiavel é injusta e ingênua .
O “comunitarismo” de Kant, absurdamente diferente , do “comunismo ” de Marx, obviamente não virá pela força , será decorrente da evolução da Humanidade , por isso mesmo , ainda que lento , será duradouro e eficaz pois cada cidadão o será, o que significa muito , mas muito mesmo , mais que o praticar . O homem evoluído é a comunidade , reconhece no próximo a sua pessoa , fala-se da divisão participativa, do cooperativismo voluntário , enfim , lembrando Sócrates, do Cidadão Universal .
A conclusão muito mais sensata , do que singularmente lógica , é que , filosoficamente, não tentar justificar o imobilismo e, com isso , explicar Deus , tanto quanto não buscar , simplesmente , negá-lo é, ainda , uma posição segura , isso independe de assimilá-lo pelo Todo Universal , onde entendemo-Lo como o Espírito composto dos Espíritos que gera, incessantemente , o Espírito , pois aí , não se busca a suposta origem Deste e, se admitida a espiritualidade , será conclusão “muito mais sensata do que , singularmente , lógica ”, esperar a evolução até a perfeição e, continuará sendo sensato e também lógico , saber que perfeito é ser contínua e infinitamente acrescido. Assim , é plenamente racional “conhecer ” de Deus , mas , não explicá-lo.
É mesmo estranho que o entendimento humano adotou a mobilidade universal a partir do imobilismo absoluto para explicar Deus , idéias , aliás , que não eram afirmações de Sócrates, Platão ou mesmo Aristóteles, entretanto , defendidas pelo neoplatonismo, aristotelismo , muito adaptado em Tomás de Aquino1 e muitos outros , todos porém , adeptos do cristianismo clerical, ainda que com algumas influências árabes a exemplo de Averróis2 que ensinava o ato ser resultado da potência , e isso implicava em imobilismo na segunda para validar a ação do primeiro . O melhor do racionalismo de qualquer escola jamais ensinou que uma possível causa primária devesse ser imóvel para produzir a mobilidade do efeito . Em verdade , esse conceito tende a ser deformado por princípio , pois se algo é “imóvel ” não poderia evoluir , uma vez que o próprio sentido do termo “evolução ” é movimento , assim , mesmo que se pretendesse aceitar essa idéia , no momento que da potência veio o ato , esta assumiu nova postura ; isso é uma conhecida lei física que ensina : – “... potencial é existente até ser consumada em cinética ...”, logo , o imobilismo primordial não tem justificativas suficientes que o sustente racionalmente e, se meramente tivesse sido imóvel , hoje , a sua expressão , é o dinamismo incondicional . Há, de fato , infinitas possibilidades de atitudes prévias a existência universal ; por que haveria uma qualquer ser escolhida ao coincidente pensamento de alguns ? Alguns ainda , que sequer têm argumento lógico que demonstre suas posições e, de imediato , se conclui que buscaram derrubar os dogmas clericais com dogmas filosóficos.
Todas as derivações até aqui expostas vão de encontro ao argumento central , que desde o princípio deste capítulo , tem sido a fundamental questão em evidência , as variantes de uma única razão : Evoluir . E, em segundo plano , insistir em que não existe nada fixo ou absoluto , tudo se relaciona e que as causas são conseqüências que virão gerar conseqüências que serão novas causas e isso , torna muito possível viabilizar racionalmente a concepção de Deus , partindo do plano ideal ou inteligente para o material que retorna ao inteligente e assim por diante .”...– É, mas assim não se sai disso..!”, sim ..! a circunferência também não , mas , ainda assim , ela é “assim ”..! O dia que explicarmos o círculo , talvez venhamos conhecer o ciclo !
É da natureza humana dualizar , não foi por acaso que infinitos pensadores trabalharam e, presentemente , ainda trabalham com os opostos . Sempre se falou, por um lado ou por outro , de bem e mal , de alto e baixo ou quente e frio , mas .., a ligação do ideal ao material , extrapola em muito esse mero conceito dualístico. O ser humano , em verdade , adotou o princípio da dualidade, justamente por implicação direta desse aspecto fundamental da mentalidade humana , a singela intuição material do ideal transformou o pensamento em todas as direções do conhecimento . Sem nem mesmo se explicar , os entendimentos se concatenam em direção a materialização do “intelectualmente ” idealizado o sentimento de realização do homem é inexorável a ponto de se a notar no efeito psicológico da contenda entre as idéias “idealistas ” contra , absurdamente , as idéias materialistas. A tese é em si , espantosa ; como não notam os próprios materialistas que lutam por ideais ..? O próprio conceito materialista, não é outra coisa , que não uma resposta ao plano ideal .
O materialismo sempre foi parte integrante do ser humano , por força da natureza e, somente a falta de sensibilidade , não percebe isso . A necessidade da preservação da espécie é garantia primordial na raiz do instinto animal , sendo o homem o último elo da pirâmide evolutiva material , traz em si o desejo ardente de manter-se vivo , se considerado o ponto de vista defendido por quem voz escreve e de infinitos outros autores que lhe superam infinitamente , saberemos que a preservação lhe é muito mais atinente ao organismo que ao espírito . O corpo se satisfaz, meramente com as necessidades fisiológicas, nada mais , da simples manutenção de vida , ao mais sofisticado conforto , nada ultrapassa esse limite . O espírito sequer conjetura sobre essas necessidades primárias, seus anseios não tem limites , nada o satisfaz, o crescimento se lhe apresenta sob ângulos que a matéria nem de longe se apercebe.
Ocorre, entretanto , que o processo da vida na matéria é dependente da simbiose inerente à manifestação do espírito por meio do corpo e, por mais que se combata tal idéia , essa é demonstrável, senão a vida espiritual , ao menos a vida do corpo em simples sustentação dinâmica sem a presença da expressão do Ser , isto é, o corpo vive, mas a vida .., nele não habita. É exemplo já usado, mas vale insistir , trata-se dos atuais equipamentos de manutenção de vida orgânica , o corpo pode, em tese , ficar “ligado” indefinidamente , é inegável que o “corpo ” vive, mas .., que expressão se manifesta nele? Quem é o “ser ” que ali se encontra ? Ainda que muitos afirmem estar a mente entorpecida, o fato é que , quem lhe habitava já não se faz presente , o sangue circula, os pulmões trabalham, o coração e todos os órgãos vitais dão sinais evidentes de vida biológica em sua plenitude , todavia , na análise eletroencefalográfica , ocorre a medição das ondas cerebrais restritas ao sistema motor orgânico por correlação e parâmetros entre medidas preestabelecidas, ou seja, confirmam a vida orgânica , sem , no entanto , manifestação inteligente por estimulação. A verdade , é que a máquina cerebral e o corpo , analogamente a um “automóvel ” com o motor ligado, aguardam seu “motorista ” que está fora do veículo . Isso , de per se, demonstra um processo simbiôntico, onde encontramos dois sistemas que se completam positivamente em um par biunívoco, falamos de uma espécie de “mútuo de troca de benefícios ”, o corpo aprimora-se geneticamente com o dinamismo expressivo de vida 1, enquanto o espírito evolui por intermédio dos sentidos deste.
Ironicamente, entre todos os que participaram do movimento renascentista , sem que o soubessem, dois dos seus mais influentes precursores , encontraremos séculos antes o primeiro e já em princípios das manifestações quando nos referimos ao segundo . “Sem que o soubessem” e sem que muitos observadores tenham notado até os dias de hoje , foram, de fato , os que , se imaginassem o que seria esse movimento , o combateriam ferrenhamente , nos exatos moldes de Paulo enquanto contra os cristãos . Falamos de “Agostinho” nos séculos IV/V e “Tomás de Aquino” no século XIII. Basta que se veja as posturas desses religiosos e notaremos que defendiam bem menos do que imaginavam eles próprios , a igreja .
O sintoma fundamental do movimento renascentista nós constatamos na busca da clássica antiguidade , pensamento , ao menos na concepção , dedicado ao racionalismo objetivo , é certo que centraram no homem todo esse conhecimento e notamos isso com evidência gritante em Leonardo da vinci1 que cita “...O homem é o modelo do mundo ...”, que por sua vez , tem uma estranha relação com a mentalidade sofista contemporânea a Sócrates; “...O homem é a medida de todas as coisas ...”, sendo certo que o primeiro não parafraseou os segundos , até porque , seu argumento enfocava outros aspectos que não o dos antigos . Contudo , como o que nos orienta, é a demonstração , por ora , de Agostinho e Tomás de Aquino terem sido iniciadores do movimento que suas condutas penderiam a hostilizá-lo, vamos às observações e, veremos no primeiro , o que segue:
Agostinho buscou força no arsenal intelectual helênico-romano, em particular , no neoplatonismo de Plotino, e mesmo no aristotelismo , ainda que com menor intensidade , para justificar e defender os dogmas clericais. Ora ..! com isso , ele elegeu a razão em detrimento à fé , exatamente para salvar a segunda , é óbvio que a primeira sobrepujou a última .
É realmente de se estranhar a ausência de observações a esse respeito , como “estranha ” ficou a constatação de não ser localizada na História a existência “da filósofa”, apenas porém , dos filósofos.
Nota-se de certa forma , um caráter arrogante no surgimento manifesto da renascença , isso porque esse movimento , para poder se impor , deveria expor publicamente as feridas fétidas das idéias clericais, combatia-as com agressividade crescente e a cada passo comparando os temas racionais frios e científicos , contra as frágeis argumentações sem bases de sustentação lógica dos dogmas religiosos , destruía-os, um após outro , exaltava as artes dos homens , com ênfase evidente nas obras que estes faziam para embelezar as fábulas desenhadas nas cúpulas espalhadas por todas igrejas do mundo ocidental , ou seja, sem o próprio homem a religião não se sustentava de dentro para fora , pois não se referiam aos crentes , e sim , aos que mantinham-nos crentes . O desenvolvimento tecnológico já avançava sem tréguas , “pipocavam” em todos os lugares grandes vultos de todas as áreas do conhecimento , homens cuja única forma que ficara disponível ao clero para calá-los seria o extermínio e, este não vacilou por um único segundo , literalmente , extirpou da Humanidade um fantástico número de sábios de todos os campos do conhecimento , isso , de fato , de nada adiantou, contudo , retardou por mais tempo o avanço da ciência e do conhecimento , o movimento , afinal se impôs, mas , a que custo , só quem sabe, levou o que sabia ao túmulo .
É claro que toda a Europa foi palco da renascença , destacam-se França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, entre outros , mas não há como não notar a força da Itália nesse movimento . Não é exagero exaltar que o ocidente é a expressão dividida do “italianismo” ou “latinismo” romano ou italiano pelos aspectos artísticos , tecnológicos e jurídicos e do “judaísmo ” pelas características culturais, religiosas e políticas , mesmo quando se fala da “Democracia ” dos gregos helênicos , pois a metodologia desses últimos entes , é cientificamente disseminada pelos hábitos detalhistas do povo Judeu , considerando ainda que , filosoficamente, os guardiões da cultura clássica e do conhecimento pensamentar são , inegavelmente, os árabes que preservaram e no-lo transmitiram.
É também , dado de extrema relevância , citar que o mundo ocidental não teria, de verdade , tanta reserva do pensamento helenístico e mesmo , com certas reservas , da cultura romana , se não fossem, esses acervos culturais, preservados e, também , trabalhados pelos árabes , povo que melhor reconheceu a fantástica magnitude dos grandes pensadores , Avicena1, o persa abraçado pela cultura arábica , fora médico , filósofo, matemático, astrônomo , músico , homem de impressionante diversidade de conhecimentos , influenciou o ocidente no século XI , e, por mais de três séculos seu “Cânon de medicina ” foi livro obrigatório em todas as universidades européias de medicina . Profundo estudioso de Aristóteles, o preservou e difundiu-o no ocidente . Precedeu Avicena, Al-Farabi e, antes deste, Al-Kindi e, no século XII encontraremos, Ibn Ruchd, para nós Averróis, defendido pelos averroístas que combatiam Tomás de Aquino já no século XIII.
O certo é que a Humanidade sempre foi dividida em três compartimentos sociais e, por mais voltas que se dê , a um deles se vai, se observados de ontem para hoje , teremos: As crenças na forma de religiões , o estado de todos os modos que se apresenta e, por fim , o capital representado em espécie (propriedade ), nas mais remotas civilizações ou produção e consumo nas atuais , não devemos, contudo , nos enganar , julgando ausentar-se nessa relação , pelo menos a cultura e outras talvez . Seriam esses “compartimentos ”, de somenos importância e, que da estrutura social , são vulgares subsidiários . A “cultura ” porém , é exatamente , quem se apresenta nas três repartições apontadas. Precisamente , as três compleições interdependentes referidas, são a manifestação cultural da Humanidade que , de um modo geral , revela-se nessa tríade . Estas assumem diferentes posições consoante se manifesta a expressão social da população enfocada. Notaremos, isso sim , a falta e não , singelamente , a ausência de citação de uma delas, ou seja, uma quarta expressão . Assim , pela ordem adotada a título demonstrativo (... de ontem para hoje ...), as encontraremos; inicialmente pelos aspectos místicos, as sociedades exclusivamente religiosas, em segundo plano o Estado sob qualquer forma e, finalmente , as diversas formas capitalistas 1 sem , no entanto , nos esquecer que vem nesse último “compartimento ”, o capitalismo hipócrita e perverso sob a máscara do “comunismo ” e mesmo socialismo em períodos recente e atual . Eventualmente , existem variações, apenas geográficas, do ponto de vista da valoração social para cada face da cultura de um povo ou tempo , logo , encontramos sociedades estado-réligo-capitalistas, outras réligo-estadista-capitalistas ou ainda , capital-estadista-religiosa, com certa raridade , observamos algumas estritamente religiosas, outras somente estado , e, atualmente , muitas, absolutamente capitalistas , sendo, estas últimas, uma estruturada base do estado apoiada, exclusivamente , na economia sob todas as formas . Nota-se então , nas duas faces , agora sim , ausentes , não a ausência absoluta , porém , a presença inexpressiva dessas, o poder econômico açambarca com rigor , todo o potencial social , assim , a cultura como um todo se volta , exclusivamente , ao esforço conjugado de produzir e consumir , condicionando todo o conhecimento cultural a concentrar ..; se nos tempos antigos , a subjugar as massas , por qualquer meio , para acumular riqueza , sob todas as formas , a custo vil ou nenhum ..; se nos dias atuais , à tecnologia e às políticas opressoras ou liberais dependendo de qual se oferece melhor à finalidade pretendida. Note bem , não existe a consciência , ainda que pareça maquiavélico, de acontecer a opressão ou o liberalismo por vontade do poder , ocorre sim , a visão das vantagens que este (o poder ) nota em um ou outro sistema de exercício , somadas à força do povo que resiste ou se submete na relação direta da opção feita , o que , enfim , resulta também , em vantagem ou não ao fim objetivado.
O ajustamento se dará por tendência aparentemente inercial, mas muito , realmente “muito ”, intencional . Isso porque o processo evolutivo é inevitável e, como a “bola ” no topo da ladeira as coisas , à semelhança das peças de um fantástico quebra cabeças , rolarão encaixando-se com naturalidade parecida com o “caos ” universal , onde , somente quem efetivamente é “sábio ”, notará que o “acaso ” foi, absolutamente , proposital . Essa sociedade não notará notando que produz esse efeito , as necessidades cada vez mais complexas obrigam o desenvolvimento , os meios opressivos se tornam sempre mais violentos e aterrorizantes, ocasionam por si só o movimento contrário , que com certa rapidez se constatará ser a serenidade a pior inimiga da violência 1, a “inércia ” inteligente imobiliza com muito mais rigor o “bruto ”, que a resposta agressiva é apenas a reação natural e inexpressiva de um efeito energético oposto qualquer não , porém , o produto da inteligência que , embora nos pareça estranho , até hoje nos dói o “tapa na cara ” que Jesus deu ao nos oferecer a outra face .Esse é o resultado de um ato de extrema sensatez e evolução , quando que este , se revidasse com a agressividade esperada, o episódio não seria mais que outra “briga de rua ”. Como já demonstrado, a sociedade é ainda , uma resposta será, no entanto , um poderoso motor , quando seus expoentes , forem todos .
A sociedade , apesar de ser o reflexo dos seus expoentes , é quem produz os efeitos dos que lhes foram causa (os expoentes ), ou seja, nós apenas notamos a resposta social porque esta se materializou por meio da sociedade . Logo , é de se concluir , que esta cresce em direção aos seus agentes motores , transforma seus atos reflexos em ação eficaz , sinal idêntico ao notado no indivíduo , caso , como já exemplificado, da honestidade por necessidade de relacionamento que finda por ser virtude de quem a pratica, pois que , se deixa de estar honesto e se passa a sê-lo. E isso , nos devolve a Immanuel Kant que define a diferença do exercício para a universalidade da virtude , ele vê , quem está e quem é.
“... a perfeição é poder ser sempre melhor...”.
1 – Benjamin Franklin (1706-1790).
2 – Alessandro Volta (1745-1827).
1 – 354-430 d.C.
2 – Desgostoso adoeceu em viagem quando convidado pelo papa Gregório X a tomar parte no II concílio de Lion (morreu no mosteiro de Fossanova 07/03/1274)
3 – 1225-1274 d.C.
4 – Seita persa de Mani século III d.C.
5 – Reconhecido como tal a partir de 1567.
1 – Assimilar figurativamente, pois sabe-se que o coração somente reflete o comportamento do pensamento através do cérebro. Os sentimentos, porém, o fazem saltar.
1 – Formas do Espírito Cap.10, 1ª obra deste autor.
1 – Motivo pelo qual é designado de aristotelismo de Tomas de Aquino.
2 – (1126-1198) Pensador aristotélico de Córdoba (antiga Espanha muçulmana)
1 – À frente, em capítulo próprio, se referirá ao significado genético comentando-se sobre o genoma e à clonagem pelos aspectos materiais e espirituais.
2 – “Serviço” proporcionado pelo clero por 1300 anos sem “cobrar” nada por isso, mas, “rapidamente” em mais ou menos 500 anos, foi soltando carinhosamente as rédeas do mundo.
1 – Leonardo da Vinci (1452-1519).
1 – Pode ter certeza, foi uma tentativa de fazer graça.
2 – René Descartes, filósofo francês (1596-1650).
1 – Do latim ou italiano, não “virtuose” do francês.
1 – Avicena, cujo nome natal era; Abu Ali al-Husain ibn Abdala ibn Sina, nascido na Pérsia (Bukhara) e educado no mundo árabe.
1 – O vocábulo é, de fato, inadequado, se o registro tem direção ao poder econômico de períodos clássicos e mesmo medievais, o termo, no entanto, segundo entendimento atual é, literalmente insubstituível. O lastro de um império, ou de um sistema sacerdotal, é a riqueza dos valores contemporâneos, que para nós, significa “capital”.
1 – Figura-nos que a lei natural prevalece também racionalmente, os iguais se repelem em perpétuo desequilíbrio, os opostos, atraídos, anulam-se em equilíbrio.
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