A razão é virtude em extinção, neste espaço se tenta preservar essa conquista desprezada, lembrar que a vida não está resumida à frágil visão humana.

PENSE

Seja ambicioso nos seus desejos, busque sempre o que é infinito, eterno, completo e intransferível.

O maior bem que se pode conquistar é a perfeição, seja sábio e não se contente com menos.

A matéria é apenas a mina onde garimpamos nosso conhecimento, cada pedra do nosso caminho é o tesouro que buscamos ainda bruto e aguardando lapidação.
Tenha sempre em mente essa idéia e nada haverá de lhe faltar.
Venha ser alguém que acrescenta algo à existência sem exigir mais do que ela lhe dá.

SALVE O MUNDO, COMECE POR ALGUÉM!


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

LIVRO II - À LUZ DA RAZÃO - 4ª PARTE

CAPÍTULO XIII

TECNOLOGIA ESPIRITUAL?..

Uma vez admitido o conceito de espírito, é óbvio que este foi aceito como a “expressão inteligente” que se manifesta através de um “instrumento”, assim vem implícito o entendimento do Ser imaterial e usufruto, uma dualidade inerente, o sistema “bio-inteligência”, a interdependência ser/organismo.

Mesmo que a idéia remonte formas de vida primitiva como vegetais ou até bactérias, nos obrigamos a reconhecer que a essência que “comunica” a dinâmica vital não é diretamente o ser que observamos, pois se a manifestação inteligente fosse entendida apenas como conseqüência da organização biológica, ruiria a própria tese espiritualista e, continuaríamos perguntando; “... e a causa da organização biológica?..”.

Estes argumentos convocam a razão, esta, por sua vez, se concluiu em favor do espiritualismo, o fez por coerência às suas próprias convicções após avaliar as informações fornecidas para julgamento e decisão e, se assim decidiu, compreende racionalmente que espírito tem profundas ligações com “pensamento”, vai além, aceita sem contestar que os dois, se não forem exatamente uma mesma e única entidade, são intrínsecos de tal modo que não existirá um, sem o outro.

Bem, se a abrangência do tema é pensamentar tudo o que se referir ao espírito estará ligado ao pensamento e será imaterial e não poderemos admiti-lo de outro modo.

Ora!.. “Pra” que tanta insistência? Talvez, porque no mundo moderno a literatura “espírita”, ao contrário de evoluir rapidamente, resolveu dar saltos, mais do que isso, salta sem “olhar” por cima do quê.

“... —Imagina!..” desde quando o livro “psicografado” pelo “irmão YZ” fala bobagem?.. Se está escrito e é “trabalho mediúnico”, é verdade e nem se discute!

Muitas pessoas pensam e agem assim, “... —se o espírito falou é porque existe”. O fato é que, de início, “espírito” é gente igual, pior e melhor que nós encarnados, apenas não os vemos, pelo menos com facilidade não! Mas, pior do que a psicografia dos espíritos, é a psicografia do “espírito” do escritor, é fácil ver, o caro Leitor que tem esta escrita nas mãos deve ser um dos três que adquiriram este livro e dois foram minha esposa e filho, porém, se eu tivesse “psicografado” este trabalho V.S. seria o centésimo milésimo leitor só neste mês.

Uma verdade é inegável, ser autêntico é deplorável, enganar deve ser encanto das bruxas, pois o que existe de gente que adora, “ou melhor” (idolatra) ser iludido não dá “pra” contar, a ilusão é um “prato” sofisticadíssimo e muito caro, já que qualquer preço pago não vale.

Não bastasse a literatura “psicografada” nacional, hoje, essa disputa o mercado interno com as traduções importadas e um número fantástico delas, mais as estrangeiras,.. falam de um assunto novo ou talvez?.. pouco divulgado há algum tempo. “Tecnologia Espiritual”, impressionado?.. mas, não fique, pois é isso que está na “moda” espiritual!.. Espírito “Hi-Tec”. Tem “espírito garantido”, “Ok”, “Fritz”, entre outros.

O fato é que hoje os romances e algumas outras literaturas são narrados ou comentados pelo telefone, rádio, televisão entenda, não é o autor que transmite eletronicamente o que escreve, são os “espíritos” que desenvolvem e comunicam-se através dos aparelhos que eles próprios “criam”.

Veja como são as coisas, a idéia espiritualista traz no bojo a libertação da matéria, a conquista da evolução espiritual, o crescimento do intelecto, enfim a vitória do pensamento (o Ser que ele é). Ocorre que o “espiritismo Hi-Tec” para ser moderno resolveu que o “espírito” tem que se “libertar” da espiritualidade, investir na bolsa, cantar Rock e ficar rico.

Isso significa, com o perdão da palavra, “burrice da Grossa”, mas o que vende!!! dá até gosto... O fato é que quase dá “pra” acreditar no “diabo” ou, quem sabe, ele é bobinho demais para acompanhar a artimanha humana, pois, já que era difícil convencer do contrário, os que aceitam a espiritualidade como existente e natural, decidiu-se materializá-la e assim foram separados os conscientes dos crédulos, “... —nossa, mas como tem crédulo!..”.

É simples assim, antes mesmo da idéia atual de espiritualidade, os grandes pensadores já eram cientes da verdadeira vida e sabiam que esta era livre da matéria, também sabiam que o pensamento “nos” é. Sim!.. é dessa forma que se deve entender, não somos nós o pensamento, isso nos dá muita importância, e importante é o Ser que somos, por isso Ele nos é!

Por outro lado, creio que “incomodar” os “grandes pensadores” por causa desse contra-senso é demais, basta ter “faro” e o odor da “sujeira” já é notado, se nós precisássemos da parafernália eletrônica no plano espiritual ou “ideal” para que seria necessária a vida na matéria? Lá já estaria tudo disponível para sofrer o peso da existência material.

Ademais, o humor negro acima notado se justifica, pois é mesmo muito engraçado. Por exemplo, um cidadão urbano que está envolvido em profissão estressante (vamos dizer um corretor da bolsa de valores) vem a falecer de infarto, “aí,.. ele vai pro céu”, chegando lá é recebido por alguém que lhe pede para aguardar um instante porque fala ao celular, ao desligar o aparelho diz; “... —seja rápido, pois eu tenho uma entrevista na televisão em oito minutos...”, ora!.. o que acontece a ele?.. morre outra vez de stress?..

Este é o segundo livro deste que aqui escreve debatendo o tema da espiritualidade e tudo o que foi trabalhado primou pelo esforço em demonstrar a futilidade dos bens materiais e a efemeridade da existência do corpo, mas por excelência literária, se escolheu dedicar cada lição ou raciocínio exposto ao pensamento e será por ele que destruiremos a espiritualidade “Hi-Tec”.

Antes de expor o raciocínio que se segue devemos lembrar uma observação importante: — Não se desmente aqui a possibilidade de que o plano espiritual leve a efeito comunicação por meio de aparelhos eletrônicos fabricados pelo ser humano encarnado, existe mesmo vários relatos confiáveis desses efeitos, por outro lado, também são mais ou menos conhecidos alguns aparelhos desenvolvidos, até com propósito científico, que possibilitam a visão da aura ou audição de vozes vindas daquele plano, há também inúmeras apresentações em público de fotografias que registram entidades e imagens sem explicação material.

O que se contesta é a indústria eletrônica espiritual, tem livro “psicografado” que descreve até centro de pesquisas de comunicação eletrônica, cita até “espíritos” sem identificação como tal induzindo a idéia de “robô espiritual”, cujo avanço é estonteante, porém, segundo a obra, não se trata nem de espírito nem de encarnado.
Por tudo isso, volveremos ao raciocínio proposto e principiaremos pela lógica racional do pensamento. Assim, perguntamos: — Por que o ser humano inventa aparelhos de comunicação até em maior número que outros tipos de instrumentos? Na verdade isso ocorre apenas porque é impossível a comunicação telepática, a visualização mental à distância, a “palavra” do pensamento, etc... Se fosse viável a interação direta das mentes, qual seria a valia da comunicação eletrônica? Absolutamente nenhuma!

De outro norte, sabemos que tudo o que existe feito pela mão humana, foi projetado antecipadamente no plano ideal, ou seja, sem o pensamento é impossível qualquer ação, o domínio seria exclusivo da inércia e, para quem é espiritualizado conscientemente, o bom senso indica que mesmo o Universo seria inexistente sem o pensamento.

Por isso fica óbvio que precisamos pensar para trazer à matéria os projetos ideais e isso porque é impossível qualquer outra forma de comunicação fora da palavra escrita, falada, gesticulada e por fim a transmitida através dos instrumentos de comunicação, quer dizer, a matéria é dependente de meios, todavia, o pensamento não.

Contudo, uma questão é fundamental, se a finalidade é o espírito, qual será a necessidade da matéria?.. A resposta dessa interrogação, de per se, derruba a “Hi-tec Spirit’s”, o espírito é o “sopro” inteligente ele não nasce, ele é criado em essência, evolui e passa a criar, essa é a tese, mas,.. como evolui? Segundo a proposta espiritualista, pela impregnação da experiência em seu Ser e, consoante as mais refinadas teorias dos grandes e reconhecidos pensadores da Humanidade, o empirismo é dependente da razão dos sentidos que sofrem impactos dos acontecimentos práticos, ou seja, o aprendizado é “tatuado” no Ser e isso, só é possível por meio de “agulhadas” e o modo fácil de dizer isso é, você apenas sabe se algo é bom ou mau, materializando o que pensa.

Por esse motivo a matéria é o que é e o espírito, por mais que se esforce, apenas pensa e, se ele faz algo, o faz como fazemos, pensando, tudo o que idealizamos tem todas as garantias pensamentares de “funcionar”, mas, a certeza, unicamente a prática nos concede, exclusivamente isso já obriga a materialização do instrumento “pensado”, coisa que o espírito, em si, não tem meios de fazer.

Um exemplo típico pode ser apresentado grosseiramente, o crime de morte obriga o agente a pensar no que quer praticar, mas a consumação obriga a mão a agir. O preço do desejo de morte é um, todavia, o preço do assassinato é outro!

Ora,.. se toda a obra deste autor afirma que o Ser maior é o pensamento e este não é outro senão o espírito, a essência que nos habita e, se a razão nos indica com firmeza, que este Ser expõe o que é diretamente, para que faria “aparelhos”?..

Para falar com os encarnados? Ora, somos nós quem não os capta. Então, veja como ficam as coisas: se o plano espiritual produz um instrumento, ele o faz naquele plano certo? Bem, um instrumento “espiritual” não seria o mesmo “instrumento” por nós pensado?.. ele não teria a mesma dificuldade que o próprio espírito tem para nos falar? E mais, esse instrumento seria produzido com os “espíritos” do minério, dos fios de cobre, dos materiais plásticos, ora!.. tenha a “santa ” paciência!!!

Deveras, o Ser humano produz máquinas porque não converte diretamente causa em efeito, por exemplo; para obter um determinado tipo de trabalho mecânico o homem precisa de um motor, para comunicar é necessário um “comunicador”. A espiritualidade, uma vez aceita, é origem, é o próprio sentido que manifesta quando está na matéria, o fato é que o corpo é o único instrumento do espírito e, mesmo assim, não é ele diretamente quem o produz, a natureza é quem possibilita a reprodução através de um ato de vontade do ser e, até um número incontável de vezes, a reprodução é involuntária, pura conseqüência do prazer.

Em verdade, estamos diante de uma simples transposição filosófica invertida, o que, num mundo medíocre que assimila tudo passivamente sem fazer uso do filtro do senso racional, é plenamente possível; —o que se quer dizer?.. O que deveria ser óbvio: O espírito é cognição, o corpo ação! Apenas isso.

O espírito cogita, o corpo faz, de outro modo, a existência material seria desnecessária.

Quero crer que certos “espíritas” estejam criando uma nova espécie de cépticos, os “cépticos espiritualistas” e estes pensam “... —cremos nos espíritos, mas não no que eles falam”.











“A razão deveria ter olhos...”


































CAPÍTULO XIV


SUPOSIÇÕES — OUTRO CONTO
E se Jesus viesse hoje ao mundo?..

De princípio, a manjedoura teria sua versão moderna, se urbana provavelmente um viaduto ou ponte sob os quais haveria um amontoado de jornais ou caixas de papelão, se rural um casebre de sapé em algum canto esquecido, todavia, devemos lembrar que o episódio histórico ocorrera onde, nos dias que vivemos, está a palestina e o Estado de Israel (Cisjordânia, onde fora construída uma basílica sobre a gruta, suposto local de nascimento de Jesus), na verdade, os escombros de qualquer lugar bombardeado, seria a maternidade bíblica, por esse e outros aspectos, vamos tentar montar os acontecimentos daquele período, transportados para o século XXI:

Era uma vez!..

Lá pelos idos anos da década de setenta Youssef e Miriam vivem numa região pouco acima da Cisjordânia (hoje, de fato Nazaré ), um senhor e uma jovem formam um casal que conseguira sobreviver aos constantes bombardeios entre judeus (opressores) e palestinos (oprimidos), Miriam espera mais um filho (...sem essa de espírito santo ...), entre os escombros onde melhor conseguem se acomodar, a pequena família se prepara para receber o seu mais novo integrante, (...todo mundo está esperando o milagre, então lá vai), Miriam tem faculdades mediúnicas, por isso soube através de uma manifestação espiritual que seu futuro filho terá uma missão e virá preparado para tanto. Contou para o seu marido que, mesmo sem entender nada, aceitou a explicação da jovem esposa. Seu Youssef (...nada de são) é carpinteiro, mas devido a condição imposta pelos combates “Cata” papel pelas ruas ou o que sobrou delas, disputa pedaços de restos de comida e corre para receber as embalagens de alimentos fornecidos pelos heróis do momento, os países do primeiro mundo que fomentam, alimentam e incentivam os conflitos, depois mandam pacifistas, soldados e mantimentos para “ajudar” os beligerantes à beira do desespero e da morte e, com isso, ficam cada vez mais ricos e poderosos.

Corre o mês de março , Youssef e “Maria” se dirigem ao centro de recenseamento ou triagem para receberem a senha dos mantimentos que os “caridosos” que bombardeiam indiretamente seu país oferecem e o bebê é esperado por estes dias , mas, num dia qualquer, ao fim do caminho para Belém, eis que se vê no céu uma estrela brilhante e muito luminosa que viaja rapidamente para o centro da cidade e, de fato, cai destruindo vários bairros, pois a “nossa estrela” era um míssil de curta distância e, se houvesse na nossa história, os três reis magos, eles foram soterrados na explosão.

Como no mundo atual tudo anda mais rápido, e esta suposição está sendo escrita por computador, os reis só iriam atrasar a redação desta (...até porque, os reis hoje são meras figuras decorativas em países parlamentaristas e sua função é aumentar os gastos públicos...).

Mas, ainda temos “o” Herodes para resolver, bem,.. podemos dizer que ele seja um terrorista qualquer que se deu bem e atualmente é governante na região e Nobel da Paz.

Esse terr../governante tem amplo apoio e financiamento do primeiro mundo, as agências internacionais de pacificação sempre ajudam os governos “bem” intencionados, principalmente os que têm dividas externas monstruosas patrocinadas pelos próprios credores.

Com o estrondo e o tremor de terra provocados pela bomba, típicos das aparições de deus no cinema, apressa-se o menino a nascer, talvez pensando que era a sua deixa na cena!

Ele nasce em meio a um mundo extravagante, maremotos na Ásia, guerras santas no Oriente Médio, armas que servem até de bisturi cirúrgico matando os inimigos que se pretendam sem deixar vestígios, as mortes são higiênicas e denominadas baixas (muito elegante), a fome na África central e do norte é um lindo romance, onde os nossos heróis mostram os corpinhos daquelas crianças monstruosamente esqueléticos nos filmes e as finas senhoras, senhoritas e cavalheiros choram comendo pipocas e bebendo refrigerantes nas poltronas de veludo, nas Américas a fome e as doenças convivem com as fabulosas fortunas geradas pelas drogas e, por outro lado, indústrias de todos os tipos, inclusive armas de destruição em massa que o primeiro mundo vende para o “terceiro mundo” e depois acusa o último de possuir tecnologia de destruição obrigando-o a devolver as bombas tornando-se novamente um cliente em potencial, poluem-se o meio ambiente a ponto de alterar o clima de toda a terra, de fato, é um magnífico momento o escolhido para esse nascimento.

O surgimento desse messias é, nos dias de hoje, insignificante, não porque este não tenha importância, contudo, é porque na base do conhecimento atual existe a certeza implícita de que não será necessário exterminar todos os nascituros da região, até porque, eles morrem sozinhos pela fome, doenças e projéteis de todos os tipos, essa certeza nos diz que seja lá o que for que essa criatura tenha para nos falar, não lhe darão ouvidos e os poucos “idiotas” que o seguirem o farão como o fazem com qualquer astro de rock.

O mundo de hoje é, em parte, conseqüência do que o messias original criou, “... não vim trazer a paz...”, ele já o sabia à época, não o culpem, mas como o químico que separa o soluto da solução, eventualmente provoca um choque, aí se nota o sólido, aqui considerado impureza, acumulando-se no fundo (mundo) e o líquido cristalino escorre para outro compartimento, é isso que vemos no “nosso filtro” hoje, o que é bom para o espírito quase não se “vê”, o “sólido”, contudo, se concentra cada vez mais!

— “...mas naquele tempo também havia gente ruim...”, sim, mas a população da terra era de uns poucos milhões e suas expectativas médias de vida eram de vinte anos, o conhecimento disseminado era de que os deuses eram vingativos, a palavra escrita pertencia a menos de um décimo de um por cento do povo e a medicina ensinava pôr “cúspide” ou “xixi” nos ferimentos de guerra.

Mesmo com os comentários acima o nosso pequeno Yeshoua Ben Iossef veio à luz e veremos o que isso poderá produzir em termos de eventos.

A exemplo da história original, por volta dos doze anos de idade o nosso pequeno Jesus se encontra com os “santos padres” numa igreja e discute a política atual adotada pelo Clero, com sua lucidez acaba por demonstrar que os conceitos sociais disseminados pela igreja não são adequados às idéias evoluídas do conhecimento humano. José e Maria que o procuravam por três dias findam por encontrá-lo lá e ouvem a falácia de admiração das eminências aconcelhando-os a encaminhá-lo para uma escola especial para superdotados (aquelas que a gente vê no cinema, que tem o professor Xavier), mas assim que saem do templo os sacerdotes já confabulam em como não perder de vista aquela ameaça “explosiva”.

Seus pais se surpreenderam ao ouvirem dele depois da bronca por sumir de casa, “...com certeza eu estava no mundo, pois notícia ruim é rápida...”.

Após esse evento não se soube mais do nosso garoto sábio que, de fato, sendo sábio tratou de desaparecer de cena, pois ainda era cedo para ser perseguido. Ao que se sabe, é provável que seguira o conselho dos “santos” e foi se especializar em lugar incerto.

Analogamente aos historiadores divididos entre a possibilidade Daquele ter se educado com os Essênios (Terapeutas) ou gregos ou fariseus, a mídia especula se Este agregou-se aos guerrilheiros nos Andes Colombianos, ou, quem sabe?.. num templo “Chaulim” no Tibet, outros ainda, acreditam que Ele tenha ido ser aprendiz do “Spillbert” e fazer “bruxaria” em Hollywood.

Um fato é inegável, ao reaparecer, Este, já um homem apresentando por volta de trinta anos de idade, não demonstrou ter seguido nenhuma das “escolas” sugeridas acima, veio, isto sim, com umas idéias estranhas e fora de moda dizendo que Deus (o Pai) somos todos e que não devemos procurá-Lo nas igrejas de qualquer credo, mas sim, em nós mesmos e, de “cara”, já disse um absurdo “... —conheça-te a ti próprio, então sabereis quem sois...”, “deu azar”, pois havia nos arredores um repórter com um note book ligado na Internet e não se passaram vinte minutos quando o papa já excomungava quem desprezava a igreja, pastores, sacerdotes e oradores de todos os credos já denunciavam a subversão religiosa, vários presidentes e primeiros-ministros já o tinham na lista dos terroristas procurados e todos perguntavam, “... — como é possível num mundo perfeito onde as religiões, as doenças, a fome e as guerras sustentam o sistema financeiro, aparecer um doido varrido que ensina a independência e a libertação do espírito?..”.

De qualquer forma a missão deve continuar, por isso é hora de “montar” sua equipe logo, partiu para encontrar seus doze seguidores, pois é assim que deve ser e Ele sabe disso.

Sua primeira missão seria se apresentar ao mundo, para isso deveria produzir um evento no qual a atenção de todos convergisse. Assim, foi procurar o “Batista” para se batizar, este era um pregador das margens do Jordão, realmente um bom homem imbuído ainda, de conduta saudável e bons princípios, verdadeiramente amava a Deus sem fazer marketing.
E lá se presencia (com reservas ) um efeito físico de origem espiritual que a ignorância apelidou de “milagre”, de qualquer forma, o impacto provocou o resultado que se esperava. Chamou, de fato, a atenção do mundo não pela pomba branca, mas por uma bomba “barulhenta” que destruiu um quarteirão inteiro na região próxima desse acontecimento, aliás, a mídia nos países do primeiro mundo atribuiu o fato à presença daquela concentração de “terroristas” no rio Jordão, “... —onde já se viu?.. pregar a paz num mundo que vive da guerra!..”

Por isso, o nosso Jesus decide sair de cena novamente e retira-se para o deserto e, saindo às pressas, não leva alimento resolvendo jejuar em peregrinação por lá.

Quando, já por volta de quase quarenta dias, desesperado de fome e sede, encontra uma caravana no caminho e o xeique (dono dela), reconhecendo-o por causa das imagens de televisão e Internet, tenta convencê-lo das vantagens do mercado do petróleo, prometendo-lhe infinitas virgens num imenso harém e mesa farta ao que escutou a lembrança de um ótimo best-seller “... Nem só de caviar vive o homem...”, ofereceu então, um Rolls-Roice legítimo com combustível pago pelo resto da vida e ainda um cargo de secretário de estado na ONU com direito a infinitas viagens e todos os cartões de crédito sem limites e teve como resposta que “... —no meu reino a moeda é o amor e o meu cargo é maior do que a sua oferta propõe...”, imaginando então que ele fosse mais um masoquista maluco, adiantou que essas viagens poderiam incluir rotas africanas, indianas, sul-americanas, entre outras, para que ele tirasse fotos “engraçadas” das crianças esfomeadas, dos mutilados de guerra e dos infinitos viciados em drogas para uma suposta coleção e que se ele ficasse chocado poderia cometer suicídio “on-line” pela Internet para que o mundo soubesse da sua revolta e ouviu então “... —Não tentarás a ti mesmo ou à tua consciência, teu Deus,.. me ofereceis a ignorância, em troca pretendeis a sabedoria sem responsabilidade imaginando-a útil para teus deleites pueris, dou-te se quiser, o saber, sacrifica-te para mantê-lo e descarta-te dos teus brinquedos...”, silenciou então aquele.

E é claro que o virtuoso esqueceu a sede e a fome e saiu às pressas daquele lugar e só parou quando se viu já próximo de um povoado onde se alimentou recuperando-se das fraquezas físicas e do choque psicológico, então, com calma, refletiu depois o quanto o “diabo” era bom comparado àquele homem “moderninho” que encontrara e assim pensara; “... —devo me lembrar de interceder em favor do ‘capetinha’ quando ver o Pai...”.

Resolveu assim, ir até a palestina setentrional (antiga Galiléia) e lá começou a sua pregação, visitava as igrejas e sinagogas da região dava seu testemunho de fé, mas poucos o ouviam já que as bolsas de valores, o futebol, as intrigas do escritório, entre outras, eram muito mais importantes, depois tinha a novela das oito, das nove, das dez,.. o jornal que falava das bolsas de valores, do futebol, das intrigas do escritório e anunciava as novelas, além do que, se deve levar em conta que os políticos, na propaganda obrigatória, contam histórias muito mais “legais” que aquelas tais “parábolas”, prometem emprego, hospitais públicos, escolas, é claro que eles não cumprem nada que prometem, mas as falas são de um ótimo humor e o povo vota “pra” nunca acabarem essas belas comédias.

Então para melhorar o “Ibope” decidiu fazer uma cura e, “de cara”, ficou mal visto, foi logo curar uma sogra, Pedro não achou a idéia muito boa, mas, de qualquer forma, como ela logo começou servir a todos e sem reclamar, ele passou a acreditar em milagres, nem poderia ser outra coisa!..

Rapidamente sua fama cresceu, todos o procuravam para curar algum mal, nas filas que se formavam era sempre possível ouvir conversas do tipo “... — sabe,.. eu vim aqui por que uma plástica tá pela hora da morte, e o meu nariz é um nojo...”.

Meses depois só ouvindo mediocridades e caprichos, acabou atendendo um caso meio estranho, um cidadão se aproximou e perguntou se ele fazia curas, a resposta foi:

“... —sim,.. sempre que possível...”.

Então o homem disse:

— ...Eu tenho câncer de próstata, Síndrome de Parkinson, sou cego de uma vista e aleijado de uma das pernas...

— ...E você espera que eu lhe cure?

— ...Na verdade não, eu vim aqui porque a filhinha da minha vizinha foi mordida por um cão raivoso e está desenganada, a mãe não tem sequer meios de vir aqui lhe pedir a cura.

Então ouviu:

— Vá e lá encontrarás a menina curada.

E continuou:

— E para você o que quer?

— Nada!

Então Jesus lhe pergunta:
— Posso segui-lo?

Respondeu esse:

— Claro, mas por que, se nem em Deus eu creio?

— Porque desde que eu me propus a pregar você é o primeiro cristão que eu encontro!

Ultrapassado esse evento, já era hora de “contratar” seus discípulos, assim, foi atrás deles.

Lembrou-se, então, dos que lhe foram mandados por João, André e Bartolomeu (Natanael) convidou-os e estes aceitaram segui-lo, buscou depois Tiago (de Alfeu) e Tiago (de Zebedeu), logo veio João (o evangelista) e em seguida, Judas (o bom, Tadeu), depois Judas (o Iscariotis), veio também Mateus, Filipe, Simão (o Pedro) e Simão (o Zelote) e, por fim, Tomé e houve também o Matias que ocupou o lugar de Judas que não pode ou não quis segui-lo.

A História, de certa forma, é falha nesse episódio, houve sim, o décimo terceiro discípulo, o fato é que “ele” não tinha interesse em ser alvo das atenções naquele momento, aliás, é o único que ainda está entre nós, vamos trazê-lo como personagem na presente epopéia de Jesus.

Jesus descansava de um dia árduo quando alguém se aproximou e lhe disse:

— Posso segui-lo?

Respondeu, então:

— Eu não deveria pelo que se vê, mas permiti-lo-ei pelo que se verá!

Escutou:

— Sim, eu conhecia a resposta, mas devia perguntar mesmo assim.

Falou, então Jesus:

— Jamais o verão de verdade, mas serás por milênios o elo entre eu e o mundo.

E continuou:

Eu sei também a resposta, mas, ainda assim, devo perguntar; por que seguir-me se sabes o teu ofício?

Ouviu, então:

Dos que o seguirem, um em um milhão, conhecerá teu espírito, o restante apenas o corpo e este é o que eu pretendo “vender”, para isso devo conhecê-lo, deturpa-lo e idolatrá-lo, pois não se negocia bem o que não se conhece e não se transforma em produto.

Ao que foi retrucado:

Sabes, porém, o preço que lhe cabe por isso!

E respondido:

Sim, mas longo tempo haverá entre a cobrança e o pagamento e os que compram o que eu vendo, pagam antecipado, a mim ou a outro, que seja então eu a receber, em troca, mesmo deturpado, perpetuarei teu nome, se a tua mensagem é verdadeira ela sobreviverá!
Arrematou, Jesus:

A luz não se apresenta senão por meio das trevas, esse é o preço dela para os que não tem olhos de ver!

Esse foi o primeiro “sacerdote cristão ” de infinitos credos de uma dinastia que por milênios explorará a ignorância!

Quando o grupo estava formado foi operado o mais surpreendente “milagre” de Jesus, segundo informa o “décimo terceiro” discípulo; lá “pros” anos (2.000) haviam dado uma festa de Páscoa onde se “confraternizavam” judeus e palestinos e, como não havia comida suficiente, foram partidos sete pães dois peixes e de um porrão de vinho, quatro mil porções iguais para todos os participantes do evento, todavia, como Jesus dissera para que comessem do seu corpo o que era o pão e bebessem do seu sangue o que era o vinho, todos, a um só tempo, partiram “pra” cima dele de faca, metralhadora, bazuca e, alguns mais ousados, de tanque, o milagre fora o fato de ele ter saído ileso do confronto, pois hoje se entende menos do que há dois mil anos o que significa o simbolismo do espírito.

Jesus, como todos sabem, ensinava por meio das parábolas, assim, se falará aqui daquela que se refere a construção da torre, Ele dizia:

“... — Se pensares em construir uma torre deves sentar e calcular para que não fiqueis de pé olhando uma obra inacabada...”.

Mas, isso foi dito nos dias atuais, pois a nossa história é atual e, “... o homem calculou, calculou e calculou, ainda assim, ficou de pé vendo sua obra inacabada...”, nos tempos de hoje a inflação faz demolir qualquer cálculo, senão os impostos, senão os depredadores, senão os fornecedores de materiais, senão... O que não haverá de faltar serão os “senãos”! Como finanças é o tema do presente trecho, vamos a um comentário abaixo.

A farta literatura, a mídia, as religiões e mais infinitos outros fatores não produzem leigos nessa área, a história de Jesus é conhecida até pelos que não querem saber dela, mas existem fatos que são propositadamente obscurecidos pelos interessados na manutenção das “bênçãos” financeiras que essa epopéia proporciona, vamos comentar brevemente antes da continuação da história do “nosso” Jesus.

Em geral, as pessoas pensam que no tempo de Jesus os costumes produziam efeitos diferentes no que se relaciona à riqueza, o poder, a propriedade e a outros “tidos” como direitos dos poderosos, vulgar é o engano. A forma de lidar com riquezas foi-nos ensinada pelos antigos, não se discute que não haja ocorrido o aperfeiçoamento, contudo, pouco foi possível aperfeiçoar, na verdade, somente a velocidade de aplicação de regras evoluiu, pois uma alteração lançada na Europa é simultânea nas Américas, a instrumentalização teve a seu favor a tecnologia, mas a prática não se beneficiou desse fator, logo os costumes são basicamente os mesmos com certas adequações apenas.

Veja, o templo de Jerusalém era o centro de convergência dos “crentes” que eram todos, por vontade, por obrigações sociais, por imposição familiar, por conveniência, note, hoje nada mudou, isso acarretava mobilização popular de imensas proporções, todos se dirigiam ao templo por um ou por outro motivo, mas, sem exceção, deixavam lá seu “quinhão”.

O processo era simples como atualmente, os romanos dominavam a região com poder de ferro, porém com políticas de manutenção de rendas para a “Loba”, assim desmoronou a monarquia autônoma de Israel, esse poder, apesar de caído, ainda concentrava reserva de forças para fazer rebelar o povo em seu nome e em nome do “Deus” único dos judeus e isso era desinteressante para Roma, então um poder relativo e enfraquecido foi tecnicamente perpetuado na região, o imperador determinava um pretor (procurador de Roma) romano que supervisionava a administração local (Pôncio Pilatos à época da condenação de Jesus, por exemplo), ele era, em todos os sentidos, a “voz” do imperador, este escolhia, se quisesse, um “rei” que, logicamente, reunisse condições simpáticas para o cargo, ele (o rei) não deveria nem poderia amar Roma, pois provocaria revoltas judias e desconfianças romanas, ele deveria amar o poder, o luxo e ter em mente o custo desses bens para Roma (um exemplo fora Herodes à época do nascimento de Jesus).

Por definições de ordem prática e para não estimular nenhum resquício de disputa política entre o verdadeiro poder (o da loba) e um possível rei judeu, Pilatos preferiu manter o alto comando do Sinédrio (Sanhedrim, do hebraico), uma instituição secular (pouco mais de dois séculos) dos judeus que se assimilava ao senado romano, se compunha de setenta membros e era controlado por elementos de duas das mais poderosas famílias sacerdotais judias, Anás e Caifás.

O poder do Sinédrio era efetivo e o lucro era próprio, claro que designando percentual de tributos para Roma que, todavia, era ínfimo, pois a mantença do poder relativo interessava aos romanos, ademais, o povo como um todo, produzia literalmente para a “mãe” capital romana.

E somente agora se pode explicar a simplicidade do processo financeiro judeu, o Sinédrio ditava as regras legais e rituais dos judeus metropolitanos e dos que, por vários motivos, viviam fora e, inclusive distante de Jerusalém, a Palestina sofria o jugo com todo peso do poder das autoridades do templo que era, por óbvios motivos, a sede do comando judeu.

Quase todos os dias eram consagrados a um ritual religioso, essa era uma das principais fontes de renda do poder, a outra era o dízimo imposto a todo cidadão do sexo masculino com idade igual ou superior a vinte anos, o cadastro destes contribuintes era de mais de um milhão de pessoas.

A média diária de sacrifícios era alta e rendosa, mas determinados dias eram especiais, para que se tenha uma idéia, num único dia dos vários que se seguiam em comemoração a Páscoa, apenas de cordeiros, havia o abate de mais de duzentos e cinqüenta mil cabeças, veja bem, em um só dia isso era praticado, agora debite-se os que “comprovadamente” eram menos abastados e ofereciam pombos e outros animais de pequeno porte. Comprovadamente porque o cidadão declarava sua capacidade financeira de oferecer sacrifícios no templo, alguns se submetiam a sacrificar bois e outros animais maiores e exóticos.

Havia, por outro lado, um detalhe realmente extravagante a respeito desses sacrifícios, era absolutamente tão livre quanto desestimulado o abate de qualquer animal, quer dizer, o cidadão levava um carneiro e o apresentava ao carrasco do sacrifício, este o avaliava segundo as escrituras levíticas, por esse filtro nada passava, “deus” jamais receberia um animal desclassificado, quem oferecia então o que trazia deixava no templo o animal desqualificado e adquiria um com todas as especificações recomendadas por “deus” gozando de um pequeno desconto pela boa vontade de trazer sua própria oferenda, o animal recusado era depois “tratado” conforme orientações “diretas” de “deus” e vendido ao próximo da fila de oferendas pelo preço praticado no dia, os animais eram aceitos sem inspeção quando adquiridos dos fornecedores do templo, ou seja, das famílias que eram parte integrante do sistema ou as que mantinham relações de interesses com estas. O autor que voz escreve, tentou uma vaga de fornecedor lá, mas também recusaram-no, porém ofereceram-lhe o cargo de “sacrifício” humano para aquele dia num templo romano.

Outro aspecto deveras interessante era o dinheiro das negociações, a lei de oferta e procura já era natural do ambiente, nos períodos de alta demanda um singelo pombo chegava ao valor de um “denário” e isso correspondia a um dia de trabalho do trabalhador livre na época ou cem vezes o preço normalmente pago em dias comuns. Por sua vez, dinheiro impuro era recusado nas negociações, o templo não poderia ser conspurcado com moeda suja e pagã que “deus” recusava, assim, apenas recebiam o “tetradrácma tíria” dinheiro cunhado na cidade de Tiro, Fenícia, hoje o Líbano.

Contudo, ninguém contestava que essa moeda trazia impressa numa das faces a figura de Melkart deus dos tirenses e na outra a águia de Júpiter o deus soberano dos romanos e também jamais alguém lembrou de informar aos oferentes que essa moeda era estável sem a menor oscilação monetária por mais de trezentos anos o que indica que eles tinham pleno relacionamento com os sistemas inflacionários financeiros e cobravam ágio da ordem de oito por cento para exercer o câmbio monetário.

Agora, retornando ao cenário que envolve Jesus, note a sucessão dos acontecimentos pela ótica de um alto sacerdote, Jerusalém em dia de ramos com os portões abertos recebe Jesus no lombo do jumento que até hoje não se entende porque o clero não santificou , o povo aclama o homem que cumpre a profecia de Davi já ao adentrar o “seu reino”, pois o que se pretendia Dele era a libertação de “Iudá” , a visão popular era, como sempre, imediatista, jamais pensariam na perspectiva humanista com vistas a eternidade do espírito, coisa que se obtém somente a longuíssimo prazo e com sacrifícios enormes, não cogitariam também que o estopim já havia sido aceso por Ele e Judas, conscientes de que sem o martírio e um traidor não haveria força na mensagem pretendida e, de acordo com o planejado, Este frustra a multidão recusando o “cargo” messiânico dos judeus.

Assim, coerentemente com o propósito, Jesus penetra no templo com um chicote trançado às pressas e espanca os “empresários” que honestamente extorquiam o povo religioso, é claro que isso é coisa que não se faz mais , a reação não poderia ser diferente da esperada, Ele foi preso dias depois no monte das Oliveiras e essa é a história que todos conhecem, sem esquecer de dizer que é muito provável que algumas das oliveiras que presenciaram a cena podem estar por lá ainda .

Os milagres.

Como quem voz escreve não crê em milagres esta parte será “pulada”, mas não diretamente, logo:

Jesus de hoje curou, salvou e transfigurou, nada, porém, que se desconheça nos meios espiritualistas, tais práticas mediúnicas são comuns e já comentadas em capítulo próprio na primeira obra deste que aqui escreve, amparado no princípio da economia literária considera-se esta fase ultrapassada.

Não se assuste com a rispidez do parágrafo acima, Jesus mesmo frustrara-se ao perceber que procuravam-no para receber “milagres”, não para evoluir e produzir os milagres que buscavam.

O calvário é o próximo enredo, vamos a ele:
Segundo a História, os soldados da guarda pessoal de Caifás foram ao encontro de Jesus no Monte das Oliveiras.

Na nossa história, todavia, é-nos impossível precisar os soldados que foram ao encontro Dele, pois existem os da força de “paz” que atiram no primeiro que duvidar disso, os que lutam pela liberdade não se sabe de quem, os que defendem os terroristas, os que atacam os terroristas, os que são democráticos, os que são comunistas, os que são mantidos pelos sacerdotes das seitas locais, os que são pagos pelas seitas estrangeiras, enfim, Ele foi identificado pelo “beijo” e preso por alguém que, com certeza, o queria fora do caminho, até porque, Ele combatera publicamente o comércio religioso que movimentava no mundo inteiro, muitos bilhões de Dólares, tudo em nome de um “louco” que já havia pregado há dois mil anos a humildade e o desapego aos bens terrenos.

Bem,.. preso ele fora levado a julgamento e também é imprecisa a facção que o julgara, pois eram tantos os interessados em exterminar os riscos de que algum “idiota” o seguisse (de verdade) e acabasse difundindo aquelas idéias absurdas de amor verdadeiro, paz, desapego, entre outras que é impossível saber quem foi o “juiz”, uma coisa é certa, havia um consórcio internacional que reservara fundos “infinitos” para financiar a “caça” ao “cordeiro”, o maior terrorista de todos os tempos, porque sua “arma” acabaria com todas as outras, alimentaria toda a Terra, curaria todas as feridas, jamais a riqueza seria padrão de medida humano e ninguém precisaria ir em igreja nenhuma para saber de Deus, essa arma era o amor irrestrito, o verdadeiro amor, ao próximo, à natureza, ao conhecimento e, principalmente à sabedoria.

Um elemento com esse potencial de requintes de terrorismo deve ser condenado o mais rápido possível e sua “eliminação” deve ser exemplar.

Sabe?.. Caro Leitor, será politicamente correto findar este capítulo como terminam os filmes franceses, Ele foi condenado e morto, jogado em “um buraco qualquer” e pronto...

Sabe por quê?.. O décimo terceiro apóstolo é quem assume o comando daqui para frente e, como todos já sabem, é ele quem produz o sucesso de bilheteria. Assim, para não assumirmos o posto desse discípulo, deixa-se que ele conte a “premiadíssima” “Paixão de Cristo” logo, todos aplaudirão, chorarão, sentirão ódio dos que O perseguiram sem se dar conta que são eles próprios que ainda O perseguem.

Mas, com certeza, nos finais de semana estarão reunidos em seu nome para falar “das bolsas de valores, do futebol, das intrigas do escritório, da mulher ou marido do próximo, da novela das oito, das nove, das dez,.. do jornal que fala das bolsas de valores, do futebol, das intrigas do escritório e anuncia as novelas, não esquecendo da hipocrisia política da propaganda obrigatória, contando histórias muito “legais” prometendo empregos, hospitais públicos, escolas e é claro que eles não cumprem...

Jamais o mundo foi “tão” CRISTÃO...

“... Qual a diferença entre a verdade e a perfídia?.. A primeira dói!!!”


































POSFÁCIO

O nosso primeiro trabalho recebeu o “Posfácio” promovendo uma crítica sobre as dificuldades de discursar em filosofia, pois nem sempre dispomos de arrazoados suprindo o “estoque” do conhecimento ou quando estes vêm satisfatórios a “sabedoria” em aplicá-los é, muitas vezes, deficiente.

Motivo mais que suficiente, para que neste que vai às vossas mãos, o argumento seja outro.

Creio, então, que neste caberia melhor um pedido de desculpas pela agressividade contra os preconceitos que não nos abandonam.

Foi esse, e não outro, o motivo de “SUPOSIÇÕES” ser o último capítulo deste segundo trabalho, de fato, ele foi concebido antes da conclusão de vários capítulos aqui apresentados.

Contudo, foi pensado que o entendimento mais abrangente das razões que o explicariam por antecipação se consideradas as implicações da visão geral na presente obra o fariam mais brando.

Deve ficar claro, entretanto, que a preocupação existe em relação ao respeito devotado ao modo de ver do Caro Leitor, jamais à perspectiva eclesiástica adotada por mais de dois milênios ao Ilustre Personagem.

Até por que, sendo Aquele quem convictamente sabemos ser, a nossa singular opinião sequer tocá-lo-á, a idéia é, e sempre foi, “agulhar” a humanidade que desrespeita o que Ele é e louva “quem” Ele foi.

O Ser humano que nos deixou, não pretendeu ser lembrado, ao contrário, insistiu até a morte por martírio que soubessem o que Ele seria pela “eternidade” vindoura.

Segundo os inúmeros relatos, mesmos os duvidosos, Ele provou a existência que tem e não a que teve.

Ele não “voltou” da morte, demonstrou, isto sim, a inexistência desta. Devolveu o “corpo” (ferramenta) à “oficina” (Terra) para que fosse transformada em outras “Ferramentas” (corpos). Ele não porta culpa pela cegueira dos ocupantes da “oficina”.

E foi esta “cegueira” que tivemos a audácia de agredir!!

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